Duda (Gloria Pires) será pega de surpresa com a atitude de Henrique (Emilio de Melo) em “O outro lado do paraíso”. O diplomata se declara e a beija, durante viagem ao Rio para encerrar o processo de ausência dela. Quando tudo está resolvido, ele insiste em um jantar. “Você ainda guarda o mesmo ar de mistério do passado. Sempre teve algo que me atraiu. Não só a beleza, mas algo especial”, diz Henrique.
Mas antes do jantar, eles partem para a audiência. E o diplomata pede a mulher que não conte a verdade sobre o tempo em que ficou desaparecida. Tudo para proteger Natanael (Juca de Oliveira). “Na audiência terá que dizer por que ficou desaparecida tanto tempo. Eu quero pedir para…preservar a memória do meu pai”, pede Henrique. Duda se revolta: “Depois de tudo que ele me fez?”. “Mas ele morreu. Foi um grande advogado, homem respeitável. Quero preservar a memória de meu pai. Vai viver com esse ódio dentro de você a vida toda?”, insiste o marido.
A ex-dona do bordel afirma que a vida que teve foi consequencia do que o sogro lhe fez. “O que ganha se disser que meu pai inventou uma morte fraudulenta? O que temos é somente um processo por ausência. Amanhã você irá comigo, passará por um reconhecimento de vida, colherá digitais, e esse processo será encerrado. Poderá continuar sua vida. Então diga que após a explosão da lancha, perdeu a memória por um tempo. Demorou para recuperar e… “, simplifica. “Isso é o tipo da coisa que seu pai gostaria que eu dissesse. Será que vocês são tão diferentes assim?”, indaga Duda.
Henrique, então, dispara: “Mas não me compare com meu pai. No passado, eu fiz muito por você. Temos uma filha. Ela já não se dá bem com você. Se destruir a memória do avô, que ela idolatrava, como será? Então, o que decide?”, pressiona. Duda, então, decide acatar a proposta do marido e não conta a verdade sobre a armação de Natanael. “Farei o melhor para minha filha. Não quero que a Dri se torne minha eterna inimiga”, decreta.
Quando tudo está resolvido, Henrique a convida para jantar em um restaurante em que costumavam ir. “Eu tinha saudades do Rio de janeiro. Este é o Rio que conheci, com você. De certa forma, é como voltar à minha antiga vida, quando a Dri era menina, e você…”, diz Duda. “Seu marido? Viemos muitas vezes a este lugar. No passado. De certa forma, também quis reviver aqueles tempos. Agora, Bete? Que vai acontecer? Você não morreu. Nunca pensei em passar por uma experiência dessas na vida. Nós não separamos, você simplesmente sumiu…eu casei com outra”, enumera o diplomata.
A mãe de Clara e Adriana alfineta dizendo que ele se casou depressa. “Fiquei muito frágil. Bete, você ainda guarda o mesmo ar de mistério do passado. Sempre teve…algo que me atraiu…não só a beleza, os traços físicos. Mas algo especial. Único”, elogia. Duda pede que ele pare, mas o diplomata continua. “Não podemos terminar assim. Com uma interrupção, uma lancha que explodiu, não podemos”. A ex-dona do bordel, então, pede que ele a leve embora. No hotel, o diplomata afirma que nunca esqueceu tudo que tiveram. “Agora, podemos nos divorciar”, brada Duda. “Você quer realmente o divórcio?”, indaga Henrique. “Por que não ia querer?”, rebate a mãe de Clara e Adriana. O diplomata, então, puxa a mulher para si e a beija. Ela se deixa beijar por uns instantes e o afasta. “Eu quero o divórcio. Faça o favor”, pede Duda, abrindo a porta da suíte. “Nossa relação foi interrompida. Mas quando eu a revi, foi como se o tempo não houvesse passado”, responde Henrique.