As mortes de três pessoas de uma mesma família está deixando, no mínimo, intrigados, alguns moradores do povoado de Nagé, no município de Maragogipe, localizada no Recôncavo da Bahia. Com o mau súbito e falecimento de uma mulher, ocorrido na noite desta segunda-feira (13), a concretização de uma infeliz coincidência passou a chamar atenção de muita gente na cidade. Isso porque a vítima, Adryane Ribeiro, estava convivendo com a perda recente de duas filhas, que tinham morrido nas duas segundas-feiras anteriores. Em todos os casos, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez o primeiro auxílio às vítimas.
No dia 30 de julho, Gleicy Kelly Ribeiro dos Santos, 5 anos, foi encaminhada ao Hospital de São Félix, onde, segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Maragogipe, teve sua morte relacionada com problemas de diabetes. Na segunda-feira seguinte (6/8), foi a vez de Ruthy Ribeiro dos Santos passar mal. Acriança, de apenas um ano de idade, foi levada para a UPA local e, também faleceu. Segundo o site Berimbau, este segundo caso começou a despertar curiosidades e, de ainda acordo com a assessoria da prefeitura, agentes da Polícia Civil iniciaram uma investigação. O pai das jovens, quando o segundo caso aconteceu, chegou a desabafar no Facebook. “O mundo não quer entender que o caso das minhas filhas é Jesus que está voltando”, resumiu. Também pelas redes sociais, moradores da região e pessoas próximas da família se manifestaram com relação às ocorrências.
Suspeita de envenenamento
A polícia ainda espera o laudo que deve apontar as causas da morte de Adryane Ribeiro e suas duas filhas, Gleicy Kelly Ribeiro dos Santos, de 5 anos, e Ruthy Ribeiro dos Santos, de apenas um ano, no município de Maragojipe, Recôncavo da Bahia. As três morreram em três segundas-feiras, entre os dias 30 de julho e 13 de agosto. A informação foi dada na tarde desta terça-feira (14/8) pelo titular da delegacia local, Adeilton Pereira. O delegado contou ainda que os depoimentos dos familiares foram recolhidos. O conteúdo não foi revelado.
O tio das crianças, conhecido como Didi da Avenida, contou que Ruthy, primeira menina morta, não apresentou sintomas antes da fatalidade, mas chorava bastante por não conseguir falar. A segunda, Gleicy, se queixou de vistas escurecidas e de que “estava ficando cega”, até morrer. A mãe, no entanto, passou mal. “Foi um mal estar, ela estava na igreja rezando na hora e aí levamos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região. Não demorou muito e ela veio a óbito”. Didi revelou, ainda, que há suspeitas de que as três tenham sido envenenadas. Por nota, a Secretaria Municipal de Saúde explicou os precedimentos adotados para cada vítima.