Prefeitos, lideranças dos movimentos sociais, presidentes de cooperativas, entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e outros representantes da agricultura familiar do Litoral Sul estiveram presentes em dois encontros organizados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) nesta sexta-feira (5/5). Os representantes da sociedade civil puderam conhecer um pouco mais sobre o novo projeto Parceiros da Mata, que vai beneficiar mais de 100 mil famílias rurais nos territórios Baixo Sul, Vale do Jiquiriçá e Litoral Sul.
O novo projeto é fruto de acordo de empréstimo firmado entre o Governo do Estado, Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O Parceiros da Mata vai promover o desenvolvimento rural sustentável durante cinco anos na região da Mata Atlântica, com investimentos de R$ 750 milhões de reais.
Nas reuniões localizadas em Itabuna (9h) e Camacan (15h), nesta sexta-feira, gestores municipais e de cooperativas participaram com bastante interesse do encontro da CAR. “A nossa missão é a de unir forças para que a comunidade sinta a presença do Governo do Estado e cumprirmos o principal objetivo de fomentar o desenvolvimento e combater a fome na Bahia”, ressaltou o prefeito de Coaraci e presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), Jadson Albano.
O presidente da Cooperativa da Região Centro Sul (Coopercentrosul), José Raimundo Rocha, informou que o novo projeto vai fortalecer ainda mais a agricultura familiar da região. “Será um incentivo a mais para dar condições aos nossos agricultores e agricultoras familiares produzirem. A nossa cooperativa comercializa cacau, banana, cupuaçu in natura e temos também a produção de polpa de frutas graças ao apoio do Governo do Estado”.
A assentada do Assentamento Terra Vista em Arataca e presidente da Teia dos Povos, Solange Santos, elogiou o projeto tanto no viés econômico como ambiental e social. “É um projeto de suma importância por ser em uma área muito rica em biodiversidade, que vai beneficiar os assentados e assentadas de reforma agrária e os povos indígenas, valorizando as comunidades tanto na agricultura quanto na sustentabilidade”, aprovou.
Segundo o sub-coordenador do desenvolvimento produtivo e de sustentabilidade ambiental do Pró-Semiárido, Carlos Henrique Ramos, que conduziu as atividades junto ao sub-coordenador do Capital Humano e Social, do Pró-Semiárido, Samuel Lyra, o balanço dos encontros realizados esta semana nos territórios que serão atendidos foi extremamente positivo. “Como o Fida prevê uma gestão participativa das ações do projeto, foi um primeiro contato que nos rendeu, verdadeiramente, um banco de dados muito importante tanto para as primeiras missões marcadas para o fim de maio como para a posterior para a elaboração do projeto.
Nesta semana, aconteceram encontros também nos territórios Vale do Jiquiriçá (Amargosa) e Baixo Sul (Valença). São, no total, 61 municípios envolvidos no Parceiros da Mata, sendo eles 15 no Baixo Sul, 20 no Vale do Jiquiriçá e 26 no Litoral Sul da Bahia.