O suspeito de matar a jovem de 19 anos e enrolar o corpo dela em um tapete confessou o crime à polícia de São José do Rio Preto (SP). Em depoimento, ele disse que viu uma conversa da vítima no celular onde afirmava que iria se mudar e o ofendia.
“Ele [o suspeito] confessou o crime, falou que pegou uma conversa dela [vítima] no telefone, ofendendo ele, chamando de otário e idiota e ocorreu o fato”, afirma o delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior em entrevista ao G1.
Jully Ane Esteban Martins foi encontrada morta em uma casa no bairro Jardim Soraia no dia 29 de novembro, depois que vizinhos reclamaram do cheiro forte que vinha da residência.
Como não havia ninguém no local quando o corpo foi encontrado, policiais chamaram um chaveiro, abriram a casa e encontraram o corpo enrolado no tapete. Quando a polícia encontrou o corpo, a vítima estava sem documentos e foi reconhecida pela avó e uma amiga no Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com relato do médico legista à polícia, no corpo da vítima foi encontrado papel higiênico dentro do órgão genital. Além disso, havia uma camiseta enfiada na boca dela, que também estava amordaçada por um saco plástico. A vítima estava com os pés e as mãos amarrados com cadarço.
“Ele disse que esganou a moça, ela começou a gritar e então ele colocou um pano na boca dela. Ele não lembra de colocar um saco na cabeça dela. Disse que amarrou mãos e pés da vítima e que o material encontrado na vagina dela foi a própria Jully Ane quem colocou. Depois, ela foi enrolada no tapete, mas ele afirma que não lembra disso e que acredita que fez isso para a vítima não ser achada”, diz o delegado.
Ciúmes e mudança
Ainda segundo o delegado, o suspeito viu uma conversa no celular da jovem onde ela dizia que se mudaria para São Paulo com a avó e que, até a viagem, faria o suspeito dar presentes a ela. Em seguida, Jully Ane se mudaria e trocaria o número do telefone para que o suspeito não a encontrasse.
Ao G1, uma amiga da vítima disse que a mudança da jovem pode ter provocado ciúmes no suspeito e ele praticou o crime.
“O suspeito fugiu e disse que pensou em se matar. A família entrou em contato com a polícia e convenceu ele a se entregar. Já tinha prisão temporária contra ele e agora ele continua na carceragem da DIG”, afirma o delegado.
“Ele é complicado, não é um cara normal. Ele chegou a se gabar por ser o homem que tratou ela melhor na vida e eles se relacionavam há uns 20 dias, pouco tempo.”