Em meio a um clima de comoção que tomou os quarteirões ao redor da Escola Estadual Professor Raul Brasil, pais e alunos se emocionam ao relembrar como teria ocorrido o massacre dentro da instituição. Encostada em um dos muros localizados na esquina do colégio, uma mulher chora copiosamente. Ela teria ficado frente a frente com um dos atiradores.
Abalada, ela leva as mãos na boca para tentar conter a tristeza. Minutos depois se identifica com uma das funcionárias da escola em que dois atiradores mataram oito pessoas na manhã da quarta-feira (13), em Suzano. Em voz baixa, conta a um amigo que ficou diante do atirador mais novo, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e que ele a poupou por ter “um carinho especial” por ela.
Sem conter as lágrimas, a funcionária da sala de leitura da escola, que não quis se identificar, disse que Guilherme era ex-aluno da escola e tinha diversos problemas psicológicos, sem entrar em detalhes. Vizinhos da escola também chegaram a comentar que a mãe de Guilherme era usuária de drogas e que ele vivia com um avô. Uma das alunas, que se escondeu na cantina durante os tiros, os atiradores teriam disparado para se vingar de práticas de bullying contra ele.