Já se vão dois anos desde que estourou um dos maiores escândalos empresariais da história. Em 2015, a Volkswagen admitia aquilo que nenhum dos seus clientes, parceiros ou investidores queria ouvir: grande parte dos seus carros, fabricados entre 2009 e 2015, tinham as informações relativas à emissão de gases poluentes manipulada.
Seguiram-se meses a fio de queixas, problemas de reputação, e ações nos tribunais. De tudo isso resultou uma ordem judicial sem retorno: a fabricante tinha de conseguir comprar de volta 350 mil carros a diesel. Para isso, já foram gastos mais de 7,4 bilhões de dólares (quase 6 bilhões de euros). A este montante acrescem ainda os custos com reclamações de proprietários, distribuidores e reguladores ambientais, com um custo total de 25 bilhões de dólares (cerca de 20 bilhões de euros).
Do universo de carros recolhidos, a Volkswagen já revendeu 13 mil dos que recuperou e destruiu outros 24 mil carros. Contudo, até o final de 2019, a Volkswagen vai continuar a readquirir veículos fabricados pela marca. E para onde têm ido tantos carros? Para um espaço superior à dimensão de vários estádios de futebol, uma fábrica de papel e um descampado juntos.