Por mais que ainda haja muitos tabus envolvendo os vibradores, não é de agora que esse produto sexual está presente em nossas vidas. Atualmente, se fala mais abertamente sobre seus modelos e funções, mas antigamente, estava relacionado com a histeria, uma doença atribuída a uma disfunção uterina.
De certa forma, ainda vemos muito esse impacto nos dias atuais em assuntos relacionados com masturbadores, como por exemplo, associar o vibrador feminino como, “falta de homem”, “não ter parceiro”, entre outras frases preconceituosas e machistas que as pessoas sofrem por ter esses produtos eróticos. Para entendermos essa história e entendermos a importância que tem para homens, mulheres e até mesmo casais, é preciso deixar de lado qualquer preconceito.
A história do vibrador
Por muitas vezes, ter um modelo de vibrador em casa era sinônimo de chacota e piadas, mas hoje é considerado até mesmo como empoderamento feminino e a salvação de muitos casais.
Segundo pesquisa do portal MercadoErotico.Org, houve um aumento de 50% na venda de vibradores no período de isolamento social. Mulheres casadas na faixa de 25 a 35 anos foram as que procuraram o item, ou seja, mais uma prova de que os dizeres acima não condizem com a realidade. O vibrador foi inventado no século 19 para ajudar no tratamento de sintomas atribuídos a uma doença conhecida como “histeria”. Podemos perceber, que a espécie de pênis de borracha não tinha ligação nenhuma com erotismo ou prazer sexual. O vibrador para mulher era um instrumento médico que ajudava na doença que causava sintomas como irritabilidade, ansiedade, choro, falta ou excesso de apetite e outros altos e baixos tão conhecidos do público feminino.
A doença chamada histeria, que a comunidade médica acreditava ser causada por deslocamentos no útero, era tratada através de uma massagem no clitóris até que a mulher atingisse o orgasmo.
A evolução dos vibradores
Para facilitar o orgasmo feminino durante o tratamento nos consultórios, o médico americano George Taylor criou e patenteou, em 1869, o primeiro vibrador. O aparelho foi batizado de “The manipulator”. Até os dias atuais, passamos por muitas evoluções até que fosse considerado um produto sex shop.
- Em 1880, o médico inglês Joseph Mortimer Granville inventou o vibrador movido à manivela;
- Em 1902, foi lançado o primeiro vibrador elétrico, pela empresa americana Hamilton Beach.
Foi somente em 1920 que os vibradores começaram a ser vistos como objeto sexual na sociedade. Foi muito utilizado em filmes de conteúdo adulto e só voltou a ser aceito na década de 60, com a revolução feminina. Atualmente, médicos e sexólogos recomendam vibrador clitoriano, vibrador bullet, entre outras variações para autoconhecimento, estimulação e até mesmo para casais que querem sair da rotina!