Uma agência de relacionamentos britânica foi condenada nesta quarta-feira a pagar 13,1 mil libras (cerca de R$ 65 mil) de indenização a uma cliente por não ter oferecido a quantidade prometida de possíveis parceiros românticos.
No entanto, o juiz também tomou uma decisão em benefício da empresa, lhe concedendo 5 mil libras (aproximadamente R$ 24,8 mil) por difamação relacionada a um relato da mulher postado em 2016.
“Este caso é sobre uma mulher que procura felicidade romântica, que diz que foi levada a ‘fazer compras’ no lugar errado, pagando uma grande quantia a uma agência de namoro que, segundo ela, fez promessas, mas ‘não conseguiu produzir as mercadorias'”, afirmou o juiz Richard Parkes em seu veredicto.
Segundo o jornal britânico “The Guardian”, a divorciada Tereza Burki, de 47 anos, procurava um “cavalheiro sofisticado”, que trabalhasse no setor financeiro, tivesse um estilo de vida rico e estivesse “aberto a viajar internacionalmente”. Outro importante requisito era que o pretendente quisesse ter um filho, pois Tereza, que já era mãe de três, sonhava em ter mais um.
Em 2013, a mulher se inscreveu na agência de relacionamentos Seventy Thirty, com sede em Londres, pagando o valor de 12,6 mil libras (aproximadamente R$ 62,5 mil). Na indenização, o juiz determinou que a empresa a indenizasse pelos danos e sofrimento causados pelas falsas promessas.
Parkes afirmou que havia apenas cerca de 100 homens ativos nos serviços oferecidos pela agência, o que não correspondia a uma quantidade descrita como “substancial” pelo diretor administrativo da empresa, Lemarc Thomas, na época quando Tereza se inscreveu.
Susie Ambrose, fundadora e diretora da Seventy Thirty, disse ao “Guardian” que as expectativas da cliente eram “elevadas e irrealistas”.
“Somos uma agência exclusiva de nicho, não um serviço de encontros online dominante e de mercado de massa. Nós não vamos ter milhares de membros porque simplesmente não existem milhares de homens solteiros, ricos e de alto nível por aí”, disse Ambrose.