O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), neste sábado (10/4), ao comentar sobre as medidas restritivas para contenção a Covid-19. Em visita a São Sebastião, no Distrito Federal, o mandatário disse que Doria é “patife” e que proibir cultos é um “absurdo”.
Segundo Bolsonaro, o político quer quebrar o estado e o país e depois culpar o Governo Federal. “Viver num país que um governador como o de São Paulo faz um decreto que fecha tudo. O comércio de São Paulo está todo à venda ou passando o ponto. O pessoal da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo me falou que não plantam mais tomate porque não estão vendendo, os bares, restaurantes fecharam… Quando voltar a abrir, o preço do tomate vai estar caro, aí o governador vai culpar a inflação para cima de mim. Então esses, como esse patife, querem é quebrar o estado, quebrar o Brasil para depois apontar o responsável. Esse patife que usou meu nome para se eleger”, disse Bolsonaro.
Nas redes sociais, Doria rebateu com ironia às críticas de Bolsonaro. “Caaaaalma, Jair Bolsonaro. Pelo jeito, a primeira dose da vacina antirrábica não foi suficiente. É muito amor pela minha calça apertada”, escreveu.
A expressão “calça apertada” faz referência ao apelido atribuído por Bolsonaro ao governador paulista. Em dezembro de 2020, o presidente chamou Doria de “calcinha apertada“. Doria já havia usado o termo “calça apertada” para responder usuários da rede social em março de 2021.