Um grupo de pesquisa da Faculdade de Medicina e Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) está animado com os testes de uma vacina brasileira, em formato de spray nasal, para imunizar as pessoas contra o coronavírus. Os últimos resultados da fórmula desenvolvida pela USP, em parceria com o Instituto do Coração (InCor), foram positivos e, se tudo correr como planejado, a vacina pode estar disponível já em 2021.
O diferencial da terapia de imunização brasileira em relação a outras vacinas que estão sendo criadas no mundo, como a desenvolvida na Universidade de Oxford, no Reino Unido, ou a produzida pelo laboratório chinês Sinovac, é que a vacina nacional não será aplicada em forma de injeção. Em vez disso, será administrada com o uso de um spray posicionado no interior das narinas. A ideia é permitir uma ação mais rápida do composto imunológico.
Quando estiver pronta, o que pode acontecer no segundo semestre de 2021, a vacina deverá ser administrada em quatro doses (duas em cada narina) com um intervalo de alguns dias entre as aplicações. Isso permite que o composto de nanopartículas possa permanecer tempo suficiente no organismo do paciente, ao ser acoplado na mucosa nasal, para fortalecer o sistema imunológico no combate ao vírus SARS-CoV-2.