Beto Falcão (Emilio Dantas) vai tomar uma grande decisão e decidirá contar que não morreu em Segundo Sol. Ele irá até o show do cantor Djalminha e o abordará em meio aos seus fãs no camarote. Lá, o artista perguntará: “Quer tirar foto comigo? Tem que ser rápido”.
E ele pergunta: “Não tá lembrado de mim, Djalminha?”. “Sinceramente, não”, responde o músico. “Sou eu, Beto. Beto Falcão, Djalminha”, dispara. “Meu Pai Nosso Senhor Jesus Cristo”, responde ele, pasmo, no final do capítulo que irá ao ar no dia 4 de julho.
No dia seguinte, a novela começará com Djalminha em estado de choque, perguntando: “Não é possível, Beto, é você mesmo?”. “Sou eu mesmo, Djalma”, diz o cantor. “Será que eu tô vendo fantasma… Tô ficando maluco…”, dispara, e ouve: “Sou eu mesmo, amigo. Eu tô vivo”.
“Vem comigo…”, chama ele, que o leva até o camarim e começa a conversar sobre o que aconteceu. “Eu não acredito, é muita loucura! Você ficou todos esses anos escondido do mundo”, dirá. “Há dezoito anos que eu engano o Brasil inteiro que acha que eu morri”, revela Beto.
“Eu chorei muito sua morte, Beto”, lamenta Djalminha. “Me perdoa, por mais que uma coisa dessas não tenha perdão…”, lamenta. “Como é que você teve coragem…”, questiona, iniciando uma revolta por dentro, mas Beto tenta se explicar.
“Eu mesmo não sei. Fiz isso pra pagar as dívidas de minha família. Você sabe, só com a minha morte é que eu fiquei famoso e comecei a ganhar dinheiro de verdade. Mas a cada ano que passa fica pior. Me sinto um tratante, um mentiroso, um truque”, dispara.
Naquele show que você deu em homenagem aos dezoito anos da minha morte, eu tentei subir no palco e anunciar que eu tô vivo… Comecei a gritar que era Beto Falcão no meio da platéia… Ninguém acreditou em mim. É como se o morto vencesse o vivo…”, conta.
“E o que é que você quer de mim, Beto?”, pergunta. “Quero que você me ajude a matar de vez Beto Falcão. Quero que me esqueçam. Quero destruir o mito. Você foi meu parceiro, compôs Axé Pelô comigo, eu quero lhe pedir que vá aos jornais, conte que Axé Pelô é sua”, implora.
Ele quer que ele diga que Beto Falcão roubou essa música, e Djalminha afirma: “Desculpa, Beto, mas eu não posso fazer uma coisa dessas”. “Tem vergonha de Axé Pelô? É uma porcaria de música mesmo”, questiona. “Não é nada disso. Axé Pelô é uma música linda”, diz o homem.
“Eu pouco lhe ajudei, Beto. Dei uma sugestão ou outra na melodia, propus uma palavra ou outra na letra, mas não, Axé Pelô é sua. E foi o seu talento que fez a música bombar naquele verão. Eu tenho tantos sucessos, não preciso disso”, continua.
“Sabe o que eu acho, de verdade? Que Beto Falcão não tem que morrer, não. Muito pelo contrário, ele tem que continuar vivo na memória do povo, desse povo sofrido do nosso Brasil que ama tanto ele! Ninguém aguenta mais decepção. Nem eu, nem ninguém quer saber que foi enganado”, diz.
“Já que você sustenta essa farsa há tantos anos e nunca teve coragem de assumir o que fez, que continue com isso. E você precisa continuar compondo, cantando, ou aí sim vai morrer de verdade”, aconselha. Beto então começa a cantar a música que fez recentemente e recebe elogios.
“É maravilhoso, Beto. E é totalmente diferente daquele Beto Falcão de dezoito anos atrás. Sabe o que eu faria se fosse você? Começaria uma nova carreira, com pseudônimo”, dispara. “Quando eu era moleque eu pensei em me lançar com o nome de ‘Marçal’”, revela.
“Taí, gostei. ‘Marçal’. Tá rebatizado, Beto. De agora em diante eu vou acompanhar a carreira de Marçal. No dia de hoje ganhei de volta um velho amigo meu que eu achei que tivesse partido. Estamos aqui. E não esquece nosso segredo. Beto Falcão morreu. Pro bem do Axé”, finaliza o músico, e Beto sai.