Estudos preliminares feitos por especialistas em vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) apontam para a probabilidade de erro nas análises que identificaram casos de Zika Vírus na Bahia, realizadas por pesquisadores da Ufba.
Durante as investigações, os técnicos da Sesab descobriram que o material biológico usado nos testes – conhecido no jargão como sonda, que funciona como um tipo de imã para determinar micro-organismos causadores de doenças infecciosas – foi importado dos Estados Unidos sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que contraria a lei.
De acordo com um infectologista do órgão ouvido pela Satélite, como o Zika faz parte da mesma família da dengue, febre amarela e chikungunya, há suspeitas de falhas na manipulação da sonda que podem levar a diagnósticos errados.
“Dependendo da parte extraída (da sonda), é possível que ela reaja na presença de um vírus ‘irmão’”, explicou. A Sesab recolheu as amostras analisadas pelos pesquisadores para reavaliação em laboratórios credenciados pelo Ministério da Saúde. (Jairo Costa Júnior/Coluna Satélite/Correio24Horas)