Queda de avião matou dois empresários na Grande São Paulo – Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
Benedito Aparecido da Silva, de 59 anos, e Ricardo Falarini, de 60 anos, estavam no avião de pequeno porte que caiu na Região Metropolitana de São Paulo (SP) nesta quinta-feira (25). A reportagem conversou com um amigo de Falarini, e ele explicou detalhes da viagem – Foto: Reprodução
Os empresários Benedito Aparecido da Silva, de 59 anos, e Ricardo Falarini, de 60 anos, que morreram vítimas de um acidente aéreo nesta quinta-feira (25) na Região Metropolitana de São Paulo (SP), pretendiam passar o fim de semana em uma pescaria no Rio Paraná, em Presidente Epitácio (SP), na divisa entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Junto aos destroços da aeronave foram encontradas varas de pescar que seriam usadas pelos ocupantes durante o passeio.
NOTA DO EDITOR: Benedito Aparecido da Silva, carinhosamente conhecido como Benê e, Ricardo Falarini, ambos pertenciam ao Rotary Club do Brasil, associados do Rotary Club de São Paulo Vila Alpina. Na qualidade de Primeiro Secretário do Rotary Club São Paulo Vila Matilde Centenário, me solidarizo aos familiares, companheiros, companheiras e amigos pela perda irreparável. Florisvaldo F. dos Santos.
Eles pousariam no Aeroporto de Presidente Venceslau (SP), onde deixariam o avião de pequeno porte no qual viajavam.
A reportagem do g1 conversou com um piloto de avião, amigo de Falarini, e ele explicou detalhes da viagem.
“Ele estava vindo para Presidente Epitácio para pescaria. Presidente Venceslau seria apenas um apoio que iríamos dar a ele para hangarar a aeronave dele porque a região já é de costume dele vir pescar na nossa região. Então, já não é a primeira vez. É a terceira vez, quarta vez que ele vem pescar aqui. E, infelizmente, ocorreu esse acidente, que não tem nada a ver com a manutenção. Tanto é que a aeronave dele é totalmente regularizada, tudo certinho. E eles eram empresários, somente vinham aqui pescar”, disse o amigo, que pediu para não ser identificado “em respeito à família”.
O avião pertencia a Falarini, que o pilotava no momento da queda.
Os empresários atuavam em diferentes atividades econômicas em São Paulo (SP). Ricardo tinha negócios no ramo imobiliário, enquanto Benedito era dono de uma rede de farmácias.
“A gente se conheceu em Campo de Marte e algumas vezes ele veio para Presidente Epitácio. A gente até já ficou junto, pescou junto. Mas a afinidade que eu tenho com ele é coisa de pescaria mesmo, já que ele vem todo ano para cá. Já estava programado, ele me ligou ontem, dizendo que viria para cá para a gente estar fazendo essa pescaria e eu disse que não poderia estar com ele, mas que poderia auxiliá-lo até mesmo no deslocamento local de Presidente Venceslau para Presidente Epitácio. Então, o momento que ele foi de São Paulo para Presidente Venceslau era para deixar o avião guardado no hangar de um amigo nosso, que ia ceder o hangar até domingo para que ele pudesse retornar, no domingo, para São Paulo”, contou o amigo ao g1.
Avião usado pelos empresários Benedito Aparecido da Silva e Ricardo Falarini ficaria no Aeroporto Artêmio Pereira de Godoy, em Presidente Venceslau (SP), durante o fim de semana – Foto: Vinicius Alonso/TV Fronteira
O amigo, que também é piloto de avião e mora em Presidente Prudente (SP), ainda disse que Benedito e Ricardo eram “pessoas boas, de bom relacionamento em qualquer lugar do Brasil”.
“É uma fatalidade. Mas, nós, como piloto, nós temos que não aceitar, mas se conformar e pedir a Deus que dê o conforto à família, tendo em vista que morreram na queda, então, não sofreram. Quem vai ficar um pouco sentido é a família. Mas isso, infelizmente, faz parte do nosso dia a dia. Só que, infelizmente, tudo o que sabemos é isso. Não sabemos as causas do acidente, não sabemos quais foram os motivos, está sendo investigado. Mas tudo o que eu posso falar é que eram pessoas boas, de bom relacionamento em qualquer lugar do Brasil”, salientou ao g1.
O amigo enfatizou também que a manutenção da aeronave estava em dia, conforme a regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e que o piloto era habilitado.
“Infelizmente, a gente não sabe as causas do acidente. A manutenção da aeronave estava em dia, o piloto era habilitado, então, tudo estava conforme a regulamentação da Anac. Acreditamos que isso que aconteceu foi uma fatalidade, ou uma pane ou até mesmo um mau tempo. Não sei como estavam as condições no momento, mas não tem como apontar as causas”, concluiu.
O empresário André Luiz Souza de Almeida Castro, dono de uma pousada em Presidente Epitácio, contou à TV Fronteira que Benedito e Ricardo sempre vinham à região para atividades de pesca.
A última vinda de Benedito, segundo Castro, foi no ano passado.
O dono da pousada ainda lembrou que Benedito já havia sido candidato a deputado federal por São Paulo, em 2022, pelo partido Republicanos, mas não se elegeu e ficou como suplente.
“Inclusive, estava negociando uma aeronave com ele”, contou Castro à TV Fronteira.
A queda do avião
Um avião de pequeno porte caiu e deixou dois mortos entre Rio Grande da Serra (SP) e Ribeirão Pires (SP), na Grande São Paulo, na manhã desta quinta-feira (25).
Segundo o Corpo de Bombeiros, a queda foi registrada por volta das 10h, em uma área de mata.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que os dois homens, de 59 e 60 anos, morreram na queda da aeronave, no bairro Vila Oásis, em Rio Grande da Serra.
“De acordo com informações apuradas, o avião de pequeno porte modelo PA 24-260, tinha decolado do Aeroporto Campo de Marte com destino ao Aeródromo de Presidente Venceslau, quando caiu na Rua Pedro Ripoli, em Rio Grande da Serra. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia militar foram acionados e encontraram os destroços e as duas vítimas já sem vida. A perícia e a Força Aérea Brasileira (FAB) também foram acionadas”, pontuou.
O caso foi encaminhado à Delegacia de Rio Grande da Serra.
Na aeronave, de prefixo PTDKA, estavam Benedito Aparecido da Silva e Ricardo Falarini. Uma moradora do bairro Barro Branco, em Rio Grande da Serra, narrou ao g1 que, no momento da queda da aeronave, chovia muito no local e a visibilidade era muito ruim.
“Minha mãe ouviu um barulho muito alto de motor e logo veio um estrondo enorme. Liguei para os bombeiros imediatamente. Ao sair pra fora, os vizinhos contaram que havia acabado de cair um avião dentro da mata”, disse a técnica em patologia, Edna Mariano.
Segundo dados da Anac, a situação de aeronavegabilidade do avião está regular.
Fonte: https://g1.globo.com – Por Júlia Guimarães, Vinicius Pacheco, g1 Presidente Prudente e TV Fronteira
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