Mais uma vez o Brasil se aproxima de um novo ciclo eleitoral, um momento em que o poder do voto volta às mãos do povo, mas, também em que velhas práticas ressurgem travestidas de generosidade social. Na verdade, trata-se do momento em que as velhas raposas vão buscar as suas presas da forma mais vil que se possa imaginar.
No próximo pleito eleitoral ocorrerá a oportunidade da eleição de novos representantes ou, quem sabe, a repetição de muitos, para: Presidência da República do Brasil, deputado federal, deputado estadual, dois senadores e governador/vice. Esse é o momento de maior importância no processo democrático, visto a grande expectativa do eleitor no exercício do poder de escolher os seus governantes, além dos parlamentares do Poder Legislativo Federal e de todos os 27 Estados da Federação.
É nesse momento que surgem discursos de todos os tipos, alguns pautados em propostas sérias, outros sustentados pela mentira e pela manipulação. Ou seja, deslavadamente e descaradamente eles prometem “mundos e fundos” quando, na verdade, às vezes falta-lhes vergonha!
Essa é o momento em que discursos de toda natureza emergem para convencer o eleitor do melhor e mais sério projeto político, ou daqueles que claramente usam da mentira e da falsidade para envolver esse mesmo povo.
Dentre os conceitos de reconhecimento do poder reservado ao povo que perduram há muitos anos ao longo da história, existem duas frases emblemáticas muito conhecidas, e o Brasil está presente numa delas. Na declaração do Príncipe D. Pedro I, em 9 de janeiro de 1822, no “Dia do Fico”, ele deixou uma expressão de respeito e valorização do seu povo, ao afirmar: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto! Digam AO POVO que fico”.
E entre as muitas belas frases deixadas pelo grande Presidente americano Abraham Lincoln, uma se internacionalizou e hoje é sempre citada como mote de definição da democracia: “A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo”. Nada mais enfático para definir o poder que o povo representa, visto que a eleição livre é a clara configuração do principal instrumento democrático. E se o povo decide, decidido ficará por quatro longos anos.
As eleições se apresentam como a oportunidade ímpar dos políticos oferecerem ao grande debate a clareza dos motivos que inspiram as ideologias partidárias que tanto defendem e pelas quais tanto se digladiam. O que se vê, no entanto, é a manipulação dos projetos sociais como troféus de campanha e promessas de usos mais adequados nos palanques.
Na prática, ao assumirem seus mandatos viram as costas para o povo, evitando-o a qualquer custo. Que desmintam essa verdade as senhoras secretárias e assessorias. Mas, como desmentir a verdade?
As políticas sociais, concebidas para reduzir desigualdades e garantir direitos básicos da população e que deveriam ser incorporadas no conjunto das conquistas da sociedade, passam a ocupar o centro do debate político. Assim, Programas que representaram avanços significativos – embora já exigindo um processo de aperfeiçoamento -, como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Auxílio Brasil, deixam de ser apenas instrumentos de inclusão social para se tornarem bandeiras partidárias. Cada candidato tenta reivindicar para si a paternidade das ações e, com isso, transformar políticas públicas em capital eleitoral.
O que deveria ser política de Estado, permanente e impessoal, torna-se instrumento de chantagem eleitoral. O benefício social, em vez de libertar, aprisiona o cidadão na dependência política de quem o concede. Quando a solidariedade se transforma em estratégia eleitoral, a justiça social dá lugar ao marketing político.
Enquanto o voto continuar atrelado ao favor e não à consciência, o custo social da democracia seguirá alto – e pago pelo próprio povo que, infelizmente, ainda não se deu conta disso.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
3 Comentários
Bom dia, caro Agenor!
O editorial desta semana serve como um alerta – especialmente para uma parcela da população mais desavisada.
Afinal, 2026 está logo ali!
Parte do título me fez lembrar de uma história que, talvez, não se encaixe exatamente neste contexto, mas me permita contá-la:
Certa vez, presenciei um candidato em campanha, todo empolgado no palanque, dizendo ao povo:
– Gente, não vendam o seu voto!
Então, um senhor, lá no meio da plateia, levantou a mão e respondeu:
– Doutor, eu nunca vendi meu voto, não. Mas sei que ele vale muito! Com certeza, se o senhor ganhar, vai trocar ele com o deputado e o governador… e vai ganhar um bom dinheiro!
O candidato travou.
O povo riu.
E o discurso acabou virando lição.
UM ARTIGO PONTUADO DE VERDADES E FATOS QUE ELES DEVERIAM TER CONHECIMENTO, PARA SABEREM QUE A POPULAÇÃO ASSIM COMO O AUTOR, ESTÃO ATENTAS A ESSAS MAZELAS DESCABIDAS QUE SALTAM AOS OLHOS TODOS OS DIAS. UM DIA QUEM SABE, ESSE MAL POSSA SER CORTADO, MAS TOMARA NÃO SEJA TARDE.
Vamos nos preparar para assistir durante as campanhas eleitorais do ano vindouro, o verdadeiro estrago que a IA- Inteligência Artificial /Avassaladora, com certeza vai aprontar na aplicação das velhas e das novas estratégias pelos supostos candidatos na busca dos votos . Essa IA vai ser o grande instrumento de campanha para a conquista dos votos pelo numeroso número de candidatos(as). A baixaria vai ser tão grande, que só Deus na causa.
COLABORAÇÃO E COMPLEMENTOS DE:
José Deusimar Loiola Gonçalves
Técnico em Agropecuária- Funcionário Publico Aposentado do Governo do Estado de nossa linda e extensa Bahia ; Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental, Graduado no Curso Superior de Tecnologia em Apicultura e Meliponicultura.
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