Apesar da nossa tradicional escola “Nenê de Vila Matilde” não ter sido a campeã e ainda ter descido para o Grupo de Acesso do Carnaval de São Paulo, os habitantes da Zona leste estão felizes, pois o titulo veio para a nossa vizinha “Acadêmicos do Tatuapé” para quem rendemos as nossas homenagens.
A Acadêmicos do Tatuapé se consagrou a campeã do carnaval de São Paulo, na tarde desta terça-feira. Vice-campeã do ano passado, a escola celebrou a África com o samba-enredo “Mãe-África conta a sua história: Do berço sagrado da humanidade ao abençoado menino da terra do ouro”.
Com uma homenagem ao Zimbábue, país africano, a agremiação levou o título inédito, pois teve quatro notas 10 no quesito Samba-Enredo. Com 269,7 pontos, ela ficou com a mesma nota final que a Dragões da Real, que ficou na segunda colocação, pois teve notas piores no último quesito. O critério de desempate era o quesito samba-enredo, que foi definido pela Liga das Escolas de Samba de SP por sorteio realizado na segunda-feira.
Logo depois da confirmação do resultado da apuração, após gritar com seus colegas de escola, o presidente da Tatuapé, Eduardo Santos, disse que a vitória foi “com um gol de pênalti aos 47 do segundo tempo”.
Para levantar o troféu da Liga das Escolas de Samba, Eduardo precisou da ajuda de mais três diretores da escola, tamanho era o peso do prêmio. Instantes antes, funcionários da Liga quase quebraram o artefato ao tentar colocá-lo em um local diferente no palco onde era feita a leitura das notas.
Segundo colocado, o presidente da Dragões da Real, Rafael Regoita, também comemorou o resultado, inédito para sua escola, que saiu de uma torcida organizada do São Paulo Futebol Clube. A Dragões da Real, que homenageou “Asa Branca” tomou a frente na disputa durante a leitura das notas do sétimo quesito, Evolução, de um total de nove. Como a pior nota de cada quesito é descartada, a agremiação só soube que ficou na segunda posição quando foi revelada a nota do quarto jurado do último critério.
– Estamos muito felizes. É motivo de muito orgulho ser vice do campeonato mais disputados dos últimos anos – disse Regoita.
A apuração foi disputada voto a voto. Durante a maior parte da leitura das notas, a Império da Casa Verde liderou a disputa.
Após comemorar muito com os seus companheiros de agremiação, Eduardo Santos agradeceu o empenho de todos os integrantes da escola:
– Várias escolas foram merecedoras, mas nós fizemos muito por merecer e fomos premiados. Esse troféu serve para coroar o trabalho maravilhoso de um ano inteiro. Exaltamos, no nosso desfile, o povo africano, que sofre como a gente, mas também tem alegria, com muita cor e dança.
A quadra da escola, localizada na Zona Leste de São Paulo, está em festa na noite desta terça-feira.
A Acadêmicos do Tatuapé foi criada em 1952, com o nome de Unidos de Vila Santa Isabel, em 1964, com a mudança de sua sede para a Rua Antonio de Barros, passou a chamar-se Acadêmicos do Tatuapé.
A escola da Zona Leste da capital paulista foi a quarta a entrar na avenida na madrugada do último sábado, com seus 3,2 mil componentes em cinco alegorias e muitas cores, e completou seu desfile com 61 minutos – a 4 minutos do limite.
Aos 72 anos, Leci Brandão, madrinha da Acadêmicos do Tatuapé, foi responsável por abrir o desfile, sambando e cantando à frente da comissão de frente, composta por 14 guerreiros protetores da árvore do Baobá, símbolo da força e da resistência do povo africano.
MUSA E MUSO
Sabrina Boing Boing, que é umas das musas da Acadêmicos do Tatuapé, comemorou muito o título da escola. Durante o desfile na madrugada de sábado, ela chegou a prometer que desfilaria nua na Avenida Paulista caso a escola fosse campeã e sangrou na concentração.
– Vou pagar a promessa, vale a pena tudo pela Tatuapé. Dei o sangue na avenida e vou desfilar pelada na Paulista, sim! – garantiu ela, referindo-se ao desfile, após o qual chegou literalmente sangrando por conta de machucados feitos pela fantasia.
As informações são do site Ego.
Uma curiosidade da escola é que ela é a única do Carnaval paulista que possui, há 9 anos, um rei de bateria: o educador físico Daniel Manzioni, que foi acompanhado na Avenida da rainha Andrea Capitulino.
As escolas rebaixadas no Carnaval 2017 foram: Águia de Ouro e Nenê de Vila Matilde, que desfilam no grupo de acesso no ano que vem.
Fonte: http://oglobo.globo.com – Por Tiago Dantas
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 28/02/2017