O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou, na manhã desta quinta-feira (10) a data e o local em que irá se encontrar com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Esse será o primeiro encontro na história entre líderes desses dois países – e ocorre após meses de trocas de farpas entre o magnata e o ditador.
“O antecipado encontro entre eu e Kim Jong-un vai ocorrer em Cingapura, no dia 12 de junho. Nós dois vamos tentar torná-lo um momento muito especial para a paz mundial!”, disse o presidente Donald Trump. O anúncio do norte-americano, como de costume, foi feito por meio do Twitter.
Apesar da data escolhida para o encontro mais esperado do ano – no Brasil, ironicamente, a mesma em que se comemora o Dia dos Namorados –, mundialmente, não há expectativas apenas positivas sobre a reunião.
Afinal, embora ambos os líderes tenham tomado atitudes que combinem com um discurso de paz, seus posicionamentos seguem divergentes. Por isso, um encontro pode não ser o suficiente para que os EUA e a Coreia do Norte alcançam estado de consenso para diversos assuntos – como a pauta balística e nuclear, por exemplo.
“Nunca houve uma relação como esta”
Mesmo com um notável receio a respeito do resultado da reunião, não é possível negar que o diálogo entre os dois líderes, mais do que nunca, esteja avançando.
Nesta quinta-feira (10), por exemplo, Trump recepcionou pessoalmente os três prisioneiros norte-americanos que foram libertados pela Coreia do Norte e aproveitou para agradecer ao ditador Kim Jong-un.
Acompanhado pela primeira-dama, Melania, o republicano se encontrou com o trio na porta do avião que aterrissou na base de Andrews da Força Aérea, em Maryland. O vice-presidente, Mike Pence, também participou do encontro.
Kim Hak-song, Kim Sang-duk e Kim Dong-chul foram libertados da prisão na última quarta-feira (9), em meio ao encontro entre o secretário de Estado, Mike Pompeo, com o líder norte-coreano. Na ocasião, ambos acertaram os últimos detalhes sobre a reunião histórica com Trump.
O trio havia sido preso sob a acusação de atividades anti-estatais. Dois deles foram detidos em 2017 e o outro em 2015.
“Acho que isto será um grande êxito. Nunca se chegou tão longe, nunca houve uma relação como esta. Eu realmente acredito que (Kim Jong-un) quer fazer algo e trazer seu país para o mundo real”, disse Trump.
‘Great again’?
Dong-chul, um dos libertados, afirmou, em um comunicado, que estar no Estados Unidos “é um sonho”. A respeito da prisão, o ex-prisioneiro afirmou que teria realizado trabalho forçado, mas que recebia tratamento médico.
“Gostaríamos de expressar nosso profundo apreço ao governo dos Estados Unidos, ao presidente Trump, ao secretário Pompeo, e ao povo dos Estados Unidos por nos trazerem para casa”, disse.
“Agradecemos a Deus e a todos os nossos familiares e amigos que rezaram por nós e pelo nosso retorno. Deus abençoe a América, a maior nação do mundo”, escreveram os ex-prisioneiros em um comunicado em conjunto.
Há quem defenda que toda essa movimentação de Donald Trump a favor do diálogo com Kim Jong-un seja um dos fatores que levariam o magnata a receber o Prêmio Nobel da Paz deste ano. “Dizem que eu mereço”, é o que Trump se limita a comentar a respeito do assunto.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br -* Com informações da Agência Ansa.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 10/05//2018