O empreendedorismo está na moda no mundo, e não poderia ser diferente no Brasil. De acordo com levantamento do Instituto Data Popular divulgado na última semana, cerca de 38,5 milhões de brasileiros têm vontade de empreender, um crescimento de cinco pontos percentuais em comparação a 2013. Mas empreender não significa somente abrir uma empresa para atingir a independência financeira, como muito se divulga.
Há algum tempo e, atualmente impulsionadas pela crise econômica, inúmeras empresas brasileiras das mais diversas áreas – incluindo gigantes e líderes de mercado – buscam se reinventarem internamente para se adaptarem e sobreviverem ainda fortes. É aí que entram os empreendedores, com suas startups, ideias e novas propostas.
No entanto, o que se observa são diversos obstáculos na relação dessas novas mentes com a antiga cultura empresarial. O iG conversou com Marcelo Nakagawa, diretor de empreendedorismo da FIAP e professor nas principais escolas de negócio do Brasil, para entender o porquê da dificuldade de as empresas, e seus funcionários, conseguirem empreender com sucesso. O especialista, que faz consultoria a diversas corporações no desafio de inovar, listou cinco dos que considera ser os erros mais constantes que fazem o empreendedorismo naufragar.
VEJAM DICAS DO QUE NÃO FAZER
1 – Não desapegar da cultura de grandes projetos
“As empresas precisam aprender o processo de lidar com startups, que não é trivial. Muitos dos executivos que estão aí hoje não aprenderam na universidade a testar e validar ideias com poucos recursos. Eles ainda estão presos naquela ideia de grandes projetos com inúmeras mensurações, entre outras coisas.”
2 – Não ter paciência para erros
“Em todos os projetos de empreendedorismo corporativo a gente erra muito, mas quando acerta, compensa. Às vezes é necessário ter mais erros que acertos para que a inovação seja viável.”
3 – Acompanhar obsessivamente os movimentos do mercado
“Tem várias empresas hoje fazendo chamada para o empreendedorismo somente porque o concorrente está fazendo. No entanto, não sabem exatamente como gerir esse departamento. É preciso criar o processo empreendedor antes de criá-lo em si.”
4 – Não colocar a startup na estratégia empresarial
“A startup tem de estar na agenda do presidente. Os resultados no primeiro ou no segundo ano podem ser pequeninos, mas a presidência e a diretoria devem proteger aquela ideia ainda frágil para que ela possa prosperar.”
5 – Ouvir demais o cliente
“Quando se ouve demais o cliente, a empresa não consegue grandes rupturas de paradigma, o que é a base do empreendedorismo. O retorno disso são pequenas mudanças, cai na velha ideia da caixinha de sugestões.”
Blog do Florisvaldo – Informação com Imparcialidade 05/07/2015
Florisvaldo Ferreira dos santos
Consultor de Seguros e Benefícios
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