O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (27) que a taxa de mortalidade infantil caiu 65% nos últimos 25 anos, período de gestão de governadores do PSDB e do PMDB. A queda da taxa é uma tendência em todo o país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) aponta em 2015 foi atingido o menor nível de mortalidade já registrado no estado. Em 2014 foram 11,4 óbitos por mil crianças nascidas, enquanto em 2015 foram 10,7 mortes por mil crianças nascidas.
A região de São José do Rio Preto apresentou o melhor índice no último ano, com 8,4 óbitos por mil nascidos vivos, seguida por Ribeirão Preto, com 8,6, Campinas e São João da Boa Vista, ambas com 9,1.
O maior índice foi verificado na Baixada Santista, com 14,6 óbitos, em Sorocaba, com 11,7, e em Araçatuba, com 11,5. A Seade informou ainda que dos 645 municípios paulistas, 178 não registraram mortalidade infantil.
O governador Geraldo Alckmin e o secretário da saúde David Uip explicaram os dados em visita ao Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, no Belenzinho, na Zona Leste da capital.
“Nós tínhamos a meta de atingir o número 10 nesse índice. Hoje estamos em 10,7. Do ano passado para este ano caiu 6%. Se cair 6% no ano que vem, a gente ainda não atinge um único digito. Precisa cair uns 8% para chegar a 9,8 ou 9,9”, reconheceu Alckmin. “O fato é que estamos em uma curva de queda”, continua.
Sobre o maior registro de mortes na Baixada Santista e o menor na região de Rio Preto, o governador afirma que o fator econômico é determinante. “É dinheiro. Onde tem dinheiro tem mais saúde, onde tem pobreza tem menos. Não vamos melhorar saúde só com médico, hospital e remédio. São políticas públicas para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, explica.
Redução da mortalidade infantil no país
Em novembro de 2015, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o número de mortes de crianças até 5 anos caiu 90% no Brasil de 1974 a 2014 e explicou que o processo de redução teve inicio na década de 1940 devido a melhorias nas condições de vida, de higiene pública, acesso e a medicamentos e aperfeiçoamento da medicina preventiva.
A pesquisa ressaltou também a influência de outros fatores, como o aumento da escolaridade feminina, a elevação do percentual de domicílios com esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo, e maior acesso da população aos serviços de saúde.
Fonte: G1 São Paulo/Vivian Reis
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 27/10/2016