O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desistiu oficialmente de disputar a Presidência da República em uma carta, na qual confirma a sua decisão de apoiar o nome de Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições de 2018. O documento foi lido pelo presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador ACM Neto, durante o ato em Brasília no qual o grupo conhecido como Centrão aderiu à candidatura do tucano.
“A decisão conjunta que tomamos, hoje anunciada formalmente para o país, foi a de unir nossos esforços e nossos ideais em torno do nome de Geraldo Alckmin, do PSDB. A biografia de Alckmin saberá honrar os projetos, os anseios, a experiência e o espírito público e republicano que nossas legendas reúnem como patrimônio político de rara força e coesão no Brasil”, escreveu Maia.
Ele agradeceu aos partidos que participaram da construção da sua pré-candidatura, as quatro demais legendas do Centrão (PP, PR, PRB e Solidariedade) e aos nanicos PHS e Avante. Os dois últimos ainda não anunciaram se vão também apoiar a candidatura de Alckmin.
Na mensagem, Rodrigo Maia ressaltou a “oportunidade” que teve de viajar pelo país e “constatar de perto avanços e retrocessos em todo o nosso território”. Maia confirmou que, diante da retirada da pré-candidatura ao Planalto, vai disputar a reeleição como deputado federal. Parte do acordo do Centrão com Alckmin é a articulação para o apoio de um futuro governo do tucano à recondução dele como presidente da Câmara em fevereiro do ano que vem.
“Centro democrático”
O deputado do DEM esteve ausente do evento em virtude da viagem do presidente Michel Temer (MDB) à África do Sul para a cúpula do bloco dos Brics. Como ele é o primeiro na linha sucessória do Planalto, se assumisse a Presidência, mesmo que de forma interina, se tornaria inelegível para disputar um novo mandato no Legislativo.
Rodrigo Maia defendeu o bloco ao qual o DEM se incorporou nas últimas semanas e argumentou em favor da denominação de “centro democrático”. Segundo ele, é centro porque é “o ambiente em que políticos de todos os matizes podem sentar e dialogar para construir consensos”. E é democrático, pois “jamais deixou-nos fugir a certeza de que não há outro caminho que não seja a política”.
Fonte: https://veja.abril.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 26/07/2018