Ficar sentado por muito tempo durante o dia pode prejudicar o coração, além de aumentar os riscos para outras dezenas de doenças relacionadas, como o diabetes. Entretanto, pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts revelaram que há um tempo limite em que as pessoas podem ficar sentadas sem fazer mal ao coração.
Os cientistas analisaram dados de rastreadores de condicionamento físico que capturaram movimentos ao longo de sete dias de quase 90.000 britânicos e mostraram que, no geral, o tempo médio de sedentarismo foi de 9,4 horas por dia.
Segundo o estudo, passar mais de 10 horas e meia sentado, reclinado ou deitado durante o dia pode aumentar o risco de morrer de insuficiência cardíaca, ataque cardíaco ou derrame, mesmo realizando os níveis recomendados de exercícios semanais, ou seja, 150 minutos de exercícios moderados a vigorosos por semana.
“Nossas descobertas apoiam a redução do tempo sedentário para reduzir o risco cardiovascular. 10,6 horas por dia marcaram um limite potencialmente importante associado a maior insuficiência cardíaca e mortalidade cardiovascular. Ficar muito tempo sentado ou deitado pode ser prejudicial à saúde do coração, mesmo para aqueles que são ativos”, afirmou Shaan Khurshid, coautor sênior do estudo.
As descobertas foram publicadas no Journal of the American College of Cardiology (JACC) e apresentadas nas Sessões Científicas de 2024 da American Heart Association.
A equipe disse que futuras diretrizes de saúde pública devem enfatizar a importância de reduzir o tempo sedentário, aconselhando as pessoas a evitar ficar sentado por mais de 10,6 horas por dia.
Charles Eaton, diretor do departamento de medicina de família da Universidade Brown, afirmou que as pessoas tendem a superestimar a quantidade de exercícios que fazem e subestimar o tempo que ficam sedentárias.
Ele disse que substituir apenas 30 minutos de tempo excessivo sentado por dia por qualquer tipo de atividade física pode reduzir os riscos à saúde cardíaca.
Por exemplo, adicionar atividade moderada a vigorosa reduz o risco de insuficiência cardíaca em 15% e de morte por ataque cardíaco ou derrame em 10%.
E mesmo atividades leves, como uma caminhada, reduziram o risco de insuficiência cardíaca em 6% e de morte por ataque cardíaco ou derrame em 9%.
Fonte: https://oglobo.globo.com – Por O GLOBO – São Paulo
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