Em resposta às manifestações que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou que o governo anunciará nos próximos dias o pacote de medidas de combate à corrupção.
De acordo com Cardozo, além dessas medidas, o governo chamará novamente ao diálogo, movimentos sociais, e ainda setores da oposição para discussão sobre combate à corrupção e sobre a reforma política.
De acordo com o ministro, o governo observou a intolerância com atos de corrupção como ponto comum dos protestos, tanto os que ocorreram na sexta-feira (13), chamados principalmente pelas centrais sindicais, quanto os que ocorreram neste domingo (15), convocados pela internet entre opositores.
“Faz parte do ser democrático o diálogo e busca permanente de construção com pessoas de pensamentos divergentes para que possamos encontrar o melhor caminho. Dento deste contexto, é importante ter claro, seja na sexta ou no domingo, um ponto de convergência que é o desejo de todos de combate firme e rigoroso a corrupção e a impunidade”, disse o ministro.
“É necessários dar continuidade a este diálogo e dotar o Estado brasileiro de mecanismos que possam efetivamente dar conta de ações rigorosas e rápidas para punir atos de corrupção”, disse o ministro em entrevista coletiva, ao lado de seu colega da Secretária-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto.
Os dois ministros estiveram reunidos durante a tarde com a presidente Dilma, no Palácio da Alvorada, enquanto, em Brasília, mais de 40 mil pessoas se concentraram em frente ao Congresso Nacional pedindo, entre várias outras reinvindicações, a saída da presidente do poder.
Além de Cardozo e Rossetto, também estiveram no Alvorada o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o chefe da Secretaria de Comunicação do Planalto, Thomas Traummann, além do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas.
Rossetto, por sua vez, disse que o volume das manifestações deste domingo não surpreendeu o governo e reconheceu que até agora o governo não foi capaz de estabelecer o diálogo com setores da oposição, intenção expressada pela presidente em sua posse.
“Nós acabamos de sair de um processo eleitoral muito acirrado. Seguramente, nesta participação aparecem eleitores que não votaram na presidente Dilma Rousseff. O que não é legítimo é o golpismo, a intolerância, o impeachment infundado, que agride a democracia”, disse Rossetto.
IMAGENS: Veja fotos das manifestações contra Dilma pelo Brasil:
Blog do Florisvaldo – Informação com imparcialidade – 15/03/2015
Florisvaldo Ferreira dos Santos
Consultor de Seguros e Benefícios