Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana, o Marcelo Yuka, fundador e ex-baterista do grupo O Rappa morreu no final da noite desta sexta-feira (18) aos 53 anos, no Rio de Janeiro. O músico estava internado no hospital Quinta D’Or, zona norte da capital fluminense, desde o dia 4 de janeiro, quando uma notícia falsa sobre a morte do músico viralizou nas redes sociais. Em seguida a família não divulgou mais informações sobre o estado de saúde de Yuka. A causa da morte foi uma infecção generalizada. Em agosto do ano passado, o músico havia sofrido um AVC, no entanto, em seu perfil no Instagram, mostrava que estava ativo com seus projetos pessoais. Marcelo Yuka foi um dos fundadores da banda carioca de reggae-rock O Rappa, em 1993 e após do grupo F.UR.T.O. (Frente Urbana de Trabalhos Organizados).
Em novembro de 2000, ficou paraplégico após um assalto, quando foi baleado nove vezes ao sair de seu carro para tentar proteger uma mulher que estava sendo assaltada. A tragédia impossibilitou o baterista de continuar na banda de reggae-rock. No entanto, Marcelo Yuka continuou com projetos no mundo da música, além de ser filiado ao partido político PSOL desde 2010.
O último trabalho do músico foi o disco “Canções para depois do ódio”, lançado em janeiro de 2017, produzido enquanto Yuka estava internado num quarto de hospital, onde passou boa parte do ano. O fundador e ex-baterista do O Rappa deixou sua marca na música brasileira através das letras que escreveu para a banda em canções como “A feira”, “Minha alma (A paz que eu não quero)” e “O que sobrou do céu”, nos anos 1990.
Em seu trabalho, Marcelo Yuka sempre abordou questões da realidade brasileira como desigualdade social e racismo. Com a banda F.UR.T.O. (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), criou ainda uma ONG epônima, através da qual lutou em prol das pesquisas com células-tronco.
Além da música, Yuka atuou como ativista, participando de entidades como a FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional do Rio de Janeiro), em parceria com o AfroReggae, e a B.O.C.A. (Brigada Organizada de Cultura Ativista), que tem como objetivo levar atividades culturais para a população carcerária.
Fonte: https://gente.ig.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 19/01/2019