Morreu, aos 65 anos, na tarde deste sábado (16) o jornalista Marcelo Rezende. A informação foi confirmada pela Record no fim da tarde. O óbito foi atestado às 17h46. O jornalista lutava há cerca de quaro meses contra um câncer no pâncreas e outro no fígado.
Marcelo Rezende estava internado desde a última quarta-feira (13), com um quadro de pneumonia, no hospital Moriah em São Paulo, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, mantenedora da Record. O jornalista deixa cinco filhos, de cinco relacionamentos diferentes e cinco netas.
Rezende afastou-se da TV em maio e anunciou que estava com câncer em entrevista ao “Domingo Espetacular” exibida no dia 14 daquele mês. “Eu não tenho medo da morte, porque o homem com fé não tem medo, ele sabe que irá vencer”, disse o jornalista na ocasião.
Marcelo Rezende causou polêmica ao abandonar a quimioterapia e aderir a métodos alternativos. O apresentador apareceu cada vez mais magro e abatido em vídeos publicados por ele no Instagram. Sua última aparição pública foi justamente nessa rede social. Ele postou um vídeo, com aparência bem abatida, dizendo estar confiante para curar o câncer.
“Muita gente vive de boato, e no meu caso até entendo, porque não é toda hora que temos uma informação. O câncer que eu tenho tem altos e baixos, é como uma montanha-russa, mas o importante é que eu estou firme. E aí a cura vai chegar. Eu tenho certeza dela porque deus está comigo. Deus está comigo”, disse o jornalista.
Carreira
Nascido em 12 de novembro de 1951, Rezende sempre foi confessadamente avesso aos estudos. O jornalismo esportivo surgiu em sua vida de maneira acidental, quando ajudou um amigo enquanto fazia um curso de mecânica. Foi a porta de entrada para a grande paixão de sua vida. Rezende trabalhou na Rádio Globo e no Jornal O Globo, antes de ser contratado pela revista Placar. Ele chegou à TV em 1987 como repórter do “Globo Esporte”.
Nos anos 90, consagrou-se no jornalismo policial no “Jornal Nacional”, o que lhe deu envergadura para que bancar o policialesco “Linha Direta” em 1999. Em 2002, deixou a Globo e foi contratado pela RedeTV!, onde apresentou o “Repórter Cidadão” e o “RedeTV! News”. Também passou pela Band, com o programa “Tribunal na TV”, em 2010.
Na Record comandou o “Cidade Alerta” em dois períodos: entre 2004 e entre 2012 e 2017. Criou-se uma rivalidade com José Luis Datena que também se capitalizou à frente de programas do mesmo perfil como o próprio “Cidade Alerta” e o “Brasil Urgente”.
Marcelo Rezende levou humor para o programa e deixou o noticiário frequentemente sanguinolento, mais palatável para a audiência e até mesmo criou um bordão, o famigerado “corta pra mim”.
Fonte: Gente – iG @ http://gente.ig.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 17/09/2017