Assumindo interinamente o comando da Presidência da República, a partir desta quinta-feira (12), o vice-presidente Michel Temer é o terceiro peemedebista a comandar o país sem ser cabeça de chapa na disputa eleitoral. Ele responderá pelo Brasil até que a presidente Dilma Rousseff (PT) seja julgada definitivamente pelo crime de responsabilidade no processo de impeachment que tramita contra ela no Congresso Nacional.
Doutor em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Michel Temer iniciou a carreira pública em 1983 quando foi nomeado procurador-geral do Estado de São Paulo. No ano seguinte, assumiu a Secretária de Segurança Pública da mesma entidade federativa e logo depois, em 1989, foi eleito deputado federal, onde cumpriu seis mandatos consecutivos. Na Câmara dos Deputados, Temer foi eleito para comandar a Casa nos anos de 1997, 1999 e 2009.
Aos 75 anos e com o rompimento entre o PT e o PMDB já declarado, Temer passou os últimos dias articulando as principais medidas da sua gestão e pretende, ainda na tarde de hoje, anunciar os nomes que vão compor a equipe durante o período de afastamento da presidente Dilma e, talvez, até 2018, caso ela seja condenada.
O corte de dez ministérios e medidas para reverter a situação econômica do país são as principais promessas do vice-presidente. Apesar disso, o presidente em exercício terá um desafio ainda maior, conquistar a população brasileira, principalmente os que compõem as classes C, D e E, principais defensoras da manutenção dos programas sociais dos governos petistas, com o Bolsa Família.
“Michel Temer vai ter uma tarefa difícil para executar, a situação economia do país que é extremamente delicada, apesar de não parecer ainda. Ele vai ter uma missão de corrigir os caminhos da economia e ao mesmo tempo debelar a instabilidade constitucional entre o Congresso e o Executivo. Isso se faz como muito conversa e articulação”, ressaltou o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ernani Carvalho.
Vinte dois anos sem candidato – Considerado como a maior sigla do Brasil, o PMDB não lança candidato a presidente desde 1994, quando Orestes Quércia recebeu apenas 1,24% dos votos, ficando em sexto lugar. Desde então a legenda se concentra em eleger o maior número de parlamentares para o Congresso Nacional, o que tem conseguido com sucesso.
Fonte: http://www.leiaja.com Por Giselly Santos
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 12/05/2016