Mesmo com a inflação mais baixa, que atingiu 6,29% em 2016 – dentro do teto da meta estipulada pelo governo – o período econômico ainda é de instabilidade e é preciso muita cautela na hora de avaliar gastos em geral. Planejar e organizar as finanças de acordo com o orçamento atual não é tarefa fácil, porém pensando em como facilitar a estruturação financeira e diminuir os custos das despesas do cotidiano, o Brasil Econômico entrevistou o consultor financeiro, Rodrigo Bussab, e a economista comportamental, Flávia Ávila, a fim de dar dicas práticas que te ajudarão a se livrar de gastos desnecessários e ainda economizar ao longo do ano.
De acordo com o consultor econômico, Rodrigo Bussab, trocar as comprar em supermercados por atacados é uma boa opção para quem deseja economizar. Segundo ele, abrir mão do conforto dos mercados por lojas menores e mais rústicas pode gerar muitos benefícios no orçamento familiar.
Aumente a quantidade
A queda da inflação torna o momento propício para comprar em grande quantidade e estocar os produtos em casa. De acordo com Bussab, trocar as compras semanais por compras mensais é ideal para o período que estamos vivendo, assim como comprar em maior quantidade e em locais que ofereçam descontos e vantagens financeiras.
Faça compras compartilhadas
Outro método pouco utilizado pelos brasileiros, mas que pode auxiliar na economia e no controle dos gastos é fazer compras em conjunto. Convide amigos e parentes para organizar uma lista e divida os custos e a quantidade de itens que deve ser estocada na casa de cada um, assim a compra será em maior quantidade e o valor será menor.
Use as redes sociais a seu favor
Planeje e pesquise bastante. As redes sociais permitem uma ampla visão para análise de preços, para o planejamento e utilização de seu dinheiro. Coloque no papel tudo o que pretende gastar e busque opções que caibam no seu orçamento. É importante incluir todos os tipos de gastos que envolvam o processo de compras, desde o dinheiro usado para o descolamento até o que será utilizado no mercado ou em lojas de sua preferência. Com isso, você terá um maior controle, sabendo onde e com que está gastando.
Cuidado com as armadilhas da promoção
Fique atento com as armadilhas embutidas nas promoções. Analise os preços de diferentes locais e veja se realmente aquele desconto é real. Outra dica dada pelo consultor financeiro é consumir em diferentes mercados e lojas, porém sempre tomando cuidado com os custos adicionais, como por exemplo, a gasolina utilizada para ir até o local, entre outros pequenos detalhes que podem fazer a diferença e assim diminuir seu orçamento.
Busque por descontos
Muitos estabelecimentos estão se tornando adeptos à medida que oferece 5% de desconto para consumidores que pagam suas compras em dinheiro. De acordo com Rodrigo Bussab, encontrar esses locais é uma ótima saída para quem deseja economizar, já que assim como em 2016, o cuidado com os gastos deve continuar sendo uma preocupação presente para a maioria dos brasileiros. “Entramos em mais um ano onde o cuidado com os gastos deve ser levado a sério. Não podemos extrapolar em nenhum segmento, o momento econômico ainda é muito delicado e por isso, economizar e cortar gastos e serviços dispensáveis se tornou ainda mais importante”, afirma o consultor.
Pense nos impactos de suas escolhas
De acordo com a economista comportamental, Flávia Ávila, quando entramos em situações de interação social, tendemos a agir impulsivamente, não pensando nas consequências futuras de nossas escolhas. E na hora de comprar isso não é diferente. Para prevenir decisões precipitadas, uma boa opção para se planejar financeiramente e consequentemente se conhecer melhor, é desvendar os padrões de escolhas previsíveis e prejudiciais que cercam o cotidiano dos brasileiros e agir de acordo com a sua situação atual. Avaliar decisões passadas e como impactaram sua vida financeira também é uma medida para não se deixar levar pelo momento e acabar gerando gastos abusivos.
Pagar em dinheiro, por exemplo, é uma forma de trazer os gastos para o presente e diminuir os impactos e um possível endividamento futuro. Assim como criar um planejamento financeiro com calma, adaptando-o com o seu padrão de vida e com as suas demandas mais importantes. “As pessoas não querem perder o padrão de vida que tem e continuam consumindo desenfreadamente, mesmo com a situação delicada em que a economia se encontra. Isso de fato é uma armadilha, pois ao jogar os gastos presentes para o futuro, o impacto tende a ser maior e o consumidor não consegue economizar como pretendido”, afirma Flávia.
Fonte: http://economia.ig.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 11/01/2017