Os executivos Hugo Ramos e Jonathas Carrijo descobriram a fórmula de sucesso para faturar mais R$ 7 milhões em 2015 – mesmo com a crise financeira. Ambos, com atenção aos movimentos e necessidades do mercado, criaram a Oobj com o objetivo de criar de soluções tecnológicas que pudessem auxiliar as empresas a entrarem em conformidade com as normas legislativas.
A história de empreendedorismo da dupla começou há 10 anos, quando participaram de um projeto piloto para as Secretarias da Fazenda do Estado de Goiás e do Amazonas. O projeto era a criação de um software receptor de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), ou seja, uma solução para receber documentos fiscais em formato online, já que na época ocorriam em torno de 60 milhões de emissões de notas em papel.
A concepção do projeto em Goiás e Amazonas marcou o início da NF-e, que também chegou a outros estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia. Mas em 2008, quando os então bacharéis em ciências da computação Hugo e Jonathas estavam com 27 e 25 anos de idade, começaram a sonhar com a criação de uma empresa que pudesse atender as necessidades do mercado, pois com a chegada do software receptor de NF-e muitos contribuintes precisariam do inverso: uma solução para a emissão de seus documentos fiscais.
“A partir dessa necessidade, a Oobj surgiu com um propósito definido, que era ser uma empresa especializada em soluções de emissão, armazenamento, transmissão e validação de documentos fiscais”, conta Jonathas. Ele relata que apesar de terem começado do zero, diversas foram as oportunidades de ganhar espaço no mercado, já que criarem uma solução inovadora e que atendia a todas as exigências do cliente e do governo, tornando a Oobj pioneira no desenvolvimento de soluções para o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), especialmente Nota Fiscal Eletrônica e Conhecimento de Transporte Eletrônico.
Antes mesmo que NF-e entrasse em produção em qualquer estado, iniciou-se o desenvolvimento do Oobj NF-e, sistema emissor de NF-e para empresas. Hugo e Jonathas se beneficiaram de toda a experiência e conhecimentos acumulados no desenvolvimento do sistema receptor de Goiás e seus primeiros clientes foram do setor de combustíveis, já que o Estado de Goiás possui um polo forte de distribuidores do meio.
Logo no início das operações, os dois executivos tiveram oportunidades de vender a empresa, mas não estavam dispostos a aceitar qualquer tipo de proposta. Contudo, em agosto de 2008, o grupo E-Sales adquiriu 50% das cotas da Oobj, a partir da oferta de ampliar a presença das soluções dos empreendedores para todo o território nacional e ampliar sua oferta de produtos e serviços. Como resultado, a empresa ganhou fôlego para alçar novos vôos para atingir a atual marca de 20 milhões de documentos fiscais emitidos mensalmente e uma base de clientes composta por mais de 7 mil CNPJs.
DNA inovador e senso de oportunidade
Atentos às constantes evoluções do mercado, Hugo e Jonatas perceberam na lei federal que criou o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos uma nova oportunidade de abrir mercados para a Oobj. Sancionada em 2009 como medida para o combate à falsificação de medicações, a nova legislação exige que toda a indústria farmacêutica implemente sistemas de rastreamento nos produtos produzidos e comercializados.
Após um período de pesquisas e um investimento de mais de R$ 1 milhão, sendo R$ 400 mil provenientes de edital público de fomento à inovação, a empresa lançou em julho de 2015 o Noov, solução para o rastreamento dos medicamentos de toda a cadeia da saúde.
Para Hugo, a ferramenta será responsável por um impacto positivo no sistema de saúde por ser uma tecnologia com baixo custo de implementação, um diferencial frente aos concorrentes. “Nosso preço é, em média, 70% mais barato que as outras soluções do mercado destinadas à indústria farmacêutica para permitir a rastreabilidade de medicamentos”, conta.
Além disso, a solução contará com uma versão sem custo, destinada às farmácias. “Por se tratar de um segmento composto também por pequenos comerciantes, que não podem arcar com investimentos estratosféricos, decidimos oferecer um módulo gratuito do Noov especialmente voltado para as farmácias”, explica Jonathas.
Com o novo lançamento, a expectativa da Oobj é atingir um faturamento de 14 milhões em 2016 – o dobro do valor previsto para este ano. E mesmo com a crise financeira, os dois empreendedores contam que é importante continuar buscando inovação e novas oportunidades de negócios. “Com o Noov, pretendemos ganhar mais espaço no mercado brasileiro do segmento de saúde, onde estão concentrados 400 fabricantes e importadores de remédios, 300 distribuidores, 50 hospitais federais, 500 hospitais estaduais, mil hospitais municipais, 40 mil postos de saúde, 20 mil clínicas e 50 mil consultórios”, finaliza Hugo.
Blog do Florisvaldo – Informação com Imparcialidade 30/07/2015
Florisvaldo Ferreira dos santos
Consultor de Seguros e Benefícios