As inquietações que já começam a desenhar o mapa político nacional, são os sinais preliminares das eleições que se aproximam no próximo ano de 2026. Embora publicamente as discussões ainda sejam discretas, é perceptível que, certamente, os movimentos subterrâneos da política já configuram cenários e disputas em estado de efervescência. A escrita é clara, com boa cadência e uso de argumentos que ajudam a construir a ideia central: a formação dos perfis presidenciáveis é gradual, estratégica e cheia de detalhes.
Obviamente, que ainda é prematuro citar nomes específicos para concorrer a esse ou aquele cargo, a fim de evitar imprecisões ou amarras políticas desnecessárias. A prioridade que começa a ganhar expressão, no momento, é a grande expectativa quanto aos tipos de perfis que estão começando a se apresentar na corrida presidencial de 2026, tendo em vista ser o cargo de maior destaque e relevância!
A sucessão presidencial já começou muito antes do calendário eleitoral. Ainda que os discursos não estejam oficialmente lançados e antes mesmo que a máquina partidária se mova com força total, a política brasileira evidencia, aos poucos, os contornos dos personagens que despontam na disputa pelo maior cargo da República.
Como em todo processo de transição democrática, a construção desses perfis é lenta, feita de gestos calculados, aproximações discretas, testes públicos e, acima de tudo, da capacidade de cada ator político de interpretar o espírito do tempo. Assim, os perfis em formação para 2026 refletem, cada qual à sua maneira, essa combinação de urgência, ansiedade e desejo de renovação.
Todo ciclo eleitoral produz candidatos de matizes diversificados, configurados de um lado por aquele que se apresenta como defensor da continuidade, pretendendo oferecer estabilidade e segurança institucional. além da manutenção de programas e políticas já implementadas.
Em momentos de incerteza, esse discurso tende a conquistar parte importante do eleitorado, que teme rupturas bruscas ou mudanças desordenadas. Sua fraqueza é a possibilidade de associação com eventuais insucessos e possíveis desgastes naturais de qualquer governo, que podem limitar seu potencial de expansão.
Do outro lado vamos nos deparar com o perfil que se apresenta como alternativa de mudança. É a pregação reformista que promete redesenhar prioridades, rever pactos políticos, reduzir desigualdades e modernizar o Estado.
Esse tipo de candidato costuma atrair parcelas urbanas e setores produtivos que se frustram com o ritmo lento das transformações nacionais. Seu êxito depende da capacidade de formular uma narrativa convincente de futuro: uma combinação de modernidade, eficiência e sensibilidade social. E esse tripé de boas qualidades nem sempre é o que se apresenta para o eleitorado!
Num resumo menos dramático, quero dizer que o eleitor brasileiro embora esgotado de tanto esperar as mudanças, ainda alimenta a expectativa de que um perfil de candidato dotado de honestidade e integridade possa vir a surgir.
Entre opções voltadas à continuidade e alternativas alinhadas à mudança, caberá ao eleitor avaliar qual tipo de liderança melhor responde às expectativas e desafios do momento. E verdade seja escrita: o eleitor tem, no momento, uma gama de incertezas e total desconfiança com aquilo que se tem apresentado.
Embora ainda seja cedo para projeções definitivas, o cenário indica que o país caminhará para uma escolha baseada menos em nomes e mais na leitura que cada candidatura fará das demandas sociais e econômicas em evidência. Em resumo, esse é o quadro do momento: A BUSCA DE UM PERFIL…
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador – BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade

1 comentário
SE PARA OCUPAR QUALQUER CARGO É NECESSÁRIO CERTAS CREDENCIAIS, IMAGINEM PARA OCUPAR O CARGO QUE CONDUZ UMA NAÇÃO DENTRE OUTROS. INFELIZMENTE A FORMA DA ESCOLHA MUITAS VEZES SEGUE PELO CAMINHO INVERSO, E AI FICA DIFÍCIL QUERER EXIGIR DEPOIS… O PRESENTE ARTIGO NOS LEVA A UMA REFLEXÃO, E QUE BOM QUE AS ESCOLHAS FOSSEM MENOS PELA EMOÇÃO E MAÍS PELA RAZÃO.