O Brasil, embora reconhecido como uma nação de grande potencial em recursos naturais, uma potência agrícola e uma das maiores economias do mundo, ainda enfrenta problemas complexos no cenário global.
Isso se deve a desafios internos, como a desigualdade social e uma notável instabilidade política. Esses obstáculos estruturais interferem no processo de concretizar mais rapidamente as suas aspirações de ser um dia uma grande potência.
Ainda assim, o país mantém sua posição como um dos maiores exportadores de produtos básicos, também conhecidos como commodities, de origem primária (agrícola, mineral ou energética), produzidos em larga escala e que são facilmente substituíveis uns pelos outros devido à uniformidade de qualidade e composição.
Com isso, desempenha um papel central importante no abastecimento de algumas demandas do planeta. São produtos que servem como matéria-prima para a fabricação de outros bens e serviços e são negociadas globalmente, com seus preços definidos pela lei da oferta e da demanda. Exemplos comuns incluem petróleo, minério de ferro, soja, milho, café e ouro.
Além de sua contribuição para a segurança alimentar global, é fundamental destacar o relevante papel do país na preservação do clima e do meio ambiente. Considerada o pulmão do mundo, a Amazônia coloca o Brasil no centro do debate sobre as mudanças climáticas, exigindo uma diplomacia que equilibre a soberania nacional com as responsabilidades globais.
A intensa fragmentação política e a polarização ideológica no país interferem negativamente na formulação de uma política externa clara e consistente, com efeito de longo prazo. Ações diplomáticas podem ser questionadas e revertidas a cada ciclo eleitoral, deteriorando a credibilidade do Brasil no exterior.
As convicções político-ideológicas do Presidente Lula, a priori, não deveriam assumir postura que afetem os interesses comerciais do Brasil, visto a necessidade de reconhecer a importância de ser preservada a relação estratégica com os Estados Unidos, seu parceiro histórico e um dos maiores investidores no País.
É evidente a importância da China, que se consolida como seu principal parceiro comercial e tecnológico. Sem dúvidas, é de se imaginar o quanto é grande a dificuldade de transitar entre essas duas superpotências, que passa a exigir do Brasil uma diplomacia cada vez mais sofisticada e hábil. E esse quesito não é nada fácil, principalmente, para governos extremistas, ou donos da razão na maioria das vezes, que são convidados ao diálogo. Diga-se de passagem, que o Brasil não era assim!
Já passou o tempo em que, por uma acomodação patriótica, o brasileiro se conformava com a repetida frase de que “o Brasil é um país do futuro”. Ao lado de Nações com uma vasta trajetória histórica, obviamente que somos um País ainda jovem. No entanto, isso não deve ser justificativa para uma vida dominada pela inércia ou falta de pressa em buscar o desenvolvimento. Pelo contrário, pode refletir um padrão de insegurança e incerteza.
Diante de todo o universo de complexidades que uma Nação enfrenta para vencer os seus desafios, a confiança e a energia do seu povo são fatores fundamentais para a superação dos obstáculos e alcançar os seus objetivos.
O que não pode estar dissociado desses propósitos de cidadania de um povo é o desempenho integrado dos agentes governamentais, cuja sintonia é impositiva que esteja presente em todas as suas ações, visando o bem comum da sociedade. Somente pelo exemplo de responsabilidade coletiva, e uma ação integrada povo e governo, a Nação brasileira alcançará o desejado equilíbrio perante o CENÁRIO GLOBAL. E que isso não demore!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
5 Comentários
Caro escritor, bom dia!
O editorial com o título “O Brasil e o Cenário Global” traz uma análise lúcida dos limites e possibilidades do país em sua projeção internacional.
Ele aponta dois entraves centrais: a desigualdade social e a instabilidade política, que enfraquecem a capacidade brasileira de transformar riqueza em poder. Ressalta também o papel estratégico do Brasil como exportador de commodities e como guardião da Amazônia, lembrando a tensão entre soberania nacional e responsabilidades globais.
Voce observa com clareza, como a polarização política compromete uma política externa estável e coerente, além de destacar a difícil tarefa de equilibrar relações entre Estados Unidos e China.
Por fim, sabidamente, recusa a ideia de que o Brasil seja apenas “um país do futuro”, defendendo que o progresso depende da confiança do povo, da coesão social e da maturidade diplomática.
Seu texto, crítico e propositivo, é uma contribuição valiosa para pensar o Brasil no mundo de hoje.
É NÍTIDA A REALIDADE AQUI SABIAMENTE DESCRITA. NUM MUNDO ALTAMENTE GLOBALIZADO, PENSAR OU TENTAR VIVER FORA DESSE CONTEXTO É NO MÍNIMO NÃO QUERER SAIR DA CAIXA… E UMA MÁXIMA IGNORÂNCIA DA REALIDADE ORA VIVENCIADA NO MUNDO TODO!
Bem enfatizado professor. O Brasil ainda está à procura de sua democracia plena e segura. A diferença é que o seu povo ainda não tem a sabedoria para exercer o seu voto com a consciência e fazer uma boa escolha no congresso e na Câmara. O país está desnorteado devido a isto. (Uibaí-BA).
Excelente artigo, amigo Agenor. Parabéns! (Salvador-BA).
Parabéns uma vez mais, por suas excelentes crônicas. Para mim o grande problema está mais do que claro: CORRUPÇÃO. As instituições foram aparelhadas novamente pelo PT. O país enfrenta novamente a corrupção sistemática institucionalizada pelo Presidente atual e seus aliados. Uma vergonha que denigre a imagem dos brasileiros e do país. A classe política que deveria exercer o seu papel e evitar chegarmos ao ponto em que estamos hoje, O CONGRESSO, não faz corretamente o seu papel, salvo uma mínima classe de políticos que lutam arduamente para tentar barrar essa pouca vergonha que vemos diariamente acontecer.
Oxalá a gente consiga reverter essa tragédia que se instalou com a volta do PT ao governo. Para isso, contamos com o apoio do governo americano, porque se depender de ações internas, estaremos lascados. (Salvador-BA).