Estamos a um ano e meio – outubro/2026 -, de mais uma data significativa para o povo brasileiro, quando o calendário eleitoral oficial oferecerá ao eleitor mais uma oportunidade de manifestar a sua aprovação ou não aos seus principais governantes e legisladores. Essa será a ocasião de analisar com a consciência, se estão corretas as atitudes, princípios e práticas colocadas a serviço da gestão dos serviços públicos.
Tudo aquilo que ouviu nos noticiários da televisão, que viu nas revistas e jornais, e que foi objeto de amistosas conversas ou mesmo discussões acirradas entre amigos nos intervalos de um jogo de dominó nas praças das cidades, chegou a hora das suas convicções serem testadas, da sua própria honra e integridade serem submetidas à prova e até mesmo de ver se eram verdadeiras as suas eventuais manifestações de revolta ou, apenas, um jogo de cena. Ou seja, chegará a hora do acerto de contas!
Ao eleitor, não importa o tamanho da sua estatura física ou o seu poder econômico, visto que ambos se igualam no grau de importância e agigantam-se diante daquele pequenino ser eletrônico, o qual detém o poder de captar durante a votação os anseios e vontades de cada eleitor: a URNA ELETRÔNICA! Interessante é que, pela frequência de alguns erros históricos, após o eleitor concluir a sua votação, a maquininha, ainda parecendo não acreditar no que viu, lança a tradicional pergunta: CONFIRMA? É nesse momento que você faz a opção por melhorar ou piorar a situação de um povo!
Mas, voltando ao tema de forma menos folclórica, é bom ressaltar que não se trata apenas da mudança de nomes ou partidos, de serem de esquerda ou direita os atores principais da cena política nacional. O que se deseja que venha a acontecer no pleito é algo muito mais profundo e duradouro para a reformulação da nossa história, visando restabelecer objetivos pátrios perdidos nas últimas décadas.
Mesmo que conquistas sociais tenham sido alcançadas, elas terminaram sendo obscurecidas pela vergonhosa hecatombe de tantos assaltos aos cofres públicos. Muito mais poderia ter sido realizado para a educação, saúde, transporte e segurança, se tão absurdamente não houvesse uma sede insaciável em partilhar dos investimentos públicos, como se cada projeto fosse um manjar dos deuses para cada participante da operação. Vergonhoso citar isso, mas é a plena verdade escancarada…
Tenho dito aqui, com frequência, que não importam os nomes ou os partidos envolvidos nos milhares de escândalos que, vergonhosamente, se multiplicaram nos últimos tempos, no atual ou em governos anteriores. As siglas não mais significam tanto porque estamos chegando ao tempo de ter de fazer a opção entre CORRUPTOS e NÃO CORRUPTOS. Essa é a verdade verdadeira, caro eleitor!
Não pretendo, de forma nenhuma, descaracterizar a importância ou minimizar a existência dos Partidos políticos, visto que eles representam a pluralidade de idéias e pensamentos e, legalmente constituídos pelo sistema eleitoral, dão sentido ao próprio processo democrático. Todavia, faz-se urgente uma reforma política que estabeleça alguns limites, disciplina e responsabilidade na fundação de novas agremiações partidárias neste País. Porque a realidade é a existência de um balcão de negócios, e não me digam o contrário.
Ainda que para o eleitor não seja uma tarefa das mais fáceis, é preciso considerar que não podemos retardar esse processo depurativo de combate às pragas que atualmente infestam e corroem as estruturas básicas da moralidade, da honestidade e da ética, e que transformaram a boa prática da arte política em algo sem credibilidade junto à população votante. Uma falta de respeito gritante para com o eleitor.
Nesse momento, cabe uma reflexão prévia do eleitor sobre os candidatos antes da chegada diante da maquininha. Que não troquemos “gato por lebre”, mas que saibamos separar o “joio do trigo”…
NOTA DO AUTOR: Por me encontrar participando de uma bela excursão pelas “Cidades Históricas de Minas Gerais” (Tiradentes, São João Del Rei, Brumadinho (Inhotim) Diamantina, e Belo Horizonte), tive de atualizar e fazer alguns ajustes a uma crônica editada em setembro de 2014. Na próxima semana o foco central será sobre esse giro mineirinho, uai…!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
5 Comentários
Muito bem postas suas palavras professor, justamente e tudo isto o que está acontecendo no nosso país, que é tão vasto e cheio de riquezas, mas aí é onde mora o perigo: ” a corrupçao”. Quem dera um dia a gente ter no país pelo menos 80% de políticos honestos para que tivéssemos um país mais visto pelo mundo como uma nação muito rica e próspera. (Uibaí-BA).
Obrigado amigo! Acho que a indecisão será entre: CORRUPTOS E OS MENOS CORRUPTOS –
Enquanto isso, você só no tropeiro, aquela linguicinha e uma cachacinha mineira…muito bom amigo!
Ótimo final de semana para todos vocês! (Rio de Janeiro-RJ).
País afundando e o povo calado, vamos viver uma verdadeira ETIÓPIA.
AGUARDE.
O ROMBO TÁ AÍ E NINGUÉM SE MANIFESTA.
BRASIL PAÍS DA PESTE.
EITA PAÍS DA PESTE QUE SÓ PARIU LADRÃO.
(Uauá-BA).
Bom dia, mestre Agenor!
A cada domingo em que leio suas crônicas, reforço a percepção de que elas não envelhecem. Digo, com convicção: o tempo pode lhe trazer mais idade e experiência, mas suas palavras permanecem atuais e necessárias. Hoje, ao reler a reedição de um texto seu escrito há mais de uma década, isso se confirma de forma ainda mais evidente.
Não é preciso formação em sociologia para compreender que o que foi diagnosticado lá atrás se manifesta cotidianamente entre nós — e, infelizmente, com sinais de agravamento. Sua análise transcende o momento histórico em que foi feita e permanece viva, porque toca nas estruturas profundas de nossa sociedade: a normalização da corrupção, a fragilidade da consciência cidadã e a tolerância com práticas políticas nocivas.
Sua crônica de setembro de 2014, que ilustrava com tanta precisão o cenário político, trazia uma frase emblemática: “Votar em fichas sujas é fazer gol contra.” Esta expressão, carregada de senso crítico, explica exatamente porque seus textos continuam tão atuais: eles capturam as dinâmicas sociais que, sem a devida intervenção coletiva, tendem a se perpetuar ou até se agravar.
Parabéns, mestre, pela lucidez atemporal e pela coragem de sempre!
ESSE TEMA COMO SE DIZ É DESAFIADOR. SUA PREOCUPAÇÃO
PREZADO AUTOR, É MUITO
PERTINENTE. NÃO BASTA VOTAR
COMO TÃO BEM FOI MENCIONADO, MAS TEMOS QUE DEBELAR ESSE MAL MAIOR ABORDADO NO CONTEXTO. PELO O ANDAR DA CARRUAGEM VAI DEMORAR BASTANTE PARA INFELICIDADE DE MUITOS., INFELIZ REALIDADE.