Que gostoso é o período natalino! Os sorrisos abertos e espontâneos; os abraços cheios de calor humano; e um agradável aperto de mão a completar o gesto de carinho, não importa se de parentes, de amigos ou até mesmo de pessoas antes desconhecidas. As brincadeiras de “Amigos Secretos” complementam com muitas alegrias a noite festiva. No papo da noite predomina o comentário sobre o “velhinho” de vermelho e o quanto ele trás de alegrias para as crianças, os jovens e até mesmo para os adultos.
Mas, logo no dia seguinte já não se fala mais no Papai Noel, porque as conversas mudam de direção e passam a ser sintomáticas de que as eventuais tristezas vividas ao longo do ano que chega ao fim, já são coisas do passado, e que um universo de esperanças se abre para uma nova vida. E ai de nós não fosse a esperança…!
Nos poucos dias que faltam para a “virada”, o ano velhinho passa a ser bombardeado de todas as formas, em razão dos fatos e acontecimentos nos quais demonstrou fragilidades e provocou insucessos. De repente, eclode um visível e desigual conflito entre o “VELHO 2024” que não mais pode se defender, e sem chances de produzir algo para melhorar, contra um “NOVO 2025” que chega exibindo as suas grandes possibilidades, e enchendo de sorrisos e esperanças bilhões de pessoas pelo mundo a fora. E é nesse momento, que a esperança se renova com mais força!
Após os 365 dias futuros, ocorrerá a transferência do bastão para o Ano de 2026, e o agora NOVO ANO poderá estar passando pelos mesmos vexames que o ano de 2024 estará vivenciando no próximo dia 31, diante dos seus possíveis insucessos. Em outras palavras, nesse dia, ninguém mais se lembrará do Ano que está passando, mas daquele que chegará…
Naturalmente, que os desejos mais evidentes a partir do próximo dia 1º de janeiro de 2025, é que os sonhos se transformem em realidade na vida de todos. Que a fé e a confiança sejam os estimulantes presentes na luta de cada um.
Quero acreditar, porém, que acima dos interesses individuais, haja uma ansiedade natural, e de caráter coletivo, presente nas expectativas de cada brasileiro: a urgente mudança moral e ética no caráter do cidadão. Isso porque é grande o elenco das distorções nas atitudes e no caráter dos indivíduos. Mas, ainda muito maior, é o volume de regras institucionais divergentes dos padrões e características vigentes para um Estado no conjunto das Nações.
Já é tempo de alcançarmos o amadurecimento político-institucional, restabelecendo o conceito de País sério e preocupado com a formação do seu povo dentro de princípios de trabalho, honestidade e honradez. A nós brasileiros, resta-nos não somente o direito de continuar sonhando, mas a obrigação de “voar, correr, andar ou rastejar, mas continuar em frente de qualquer jeito”, como bem definiu o saudoso líder americano Rev. Martin Luther King.
Esse jogo de palavras desta crônica – expressado de maneira irônica e jocosa -, tenta amenizar os efeitos comparativos entre o VELHO (2024) e o NOVO (2025). Cada qual tem os seus motivos para curtir as alegrias ou tristezas com as quais conviveu no último ano, assim como abrir os braços e acolher os bons presságios anunciados pelo NOVO ANO. Mas, BATER NO “ANO VELHO”… É COVARDIA!
Que os sonhos multicoloridos, como a ilustração acima, sejam alcançados por todos os leitores, para a glória e felicidade de toda a família. Com os meus votos de um FELIZ ANO NOVO para todos!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
8 Comentários
Caro Agenor, bom dia!
Coitado do ano velho!
Ao ler este editorial, refleti sobre como muitas pessoas, na euforia das comemorações, acabam se esquecendo do ano que passou. Não agradecem pelas conquistas, pelas lições aprendidas e, principalmente, pela oportunidade de estarem vivas, construindo o futuro no ano que se inicia.
Essa reflexão me trouxe à memória uma anedota que meu pai costumava contar, mais ou menos assim:
Certo dia, um homem foi preso por agredir uma criança. Na delegacia, o delegado lhe deu uma bronca, dizendo:
– Você não tem vergonha de bater em uma criança?
O homem saiu dali visivelmente aborrecido e, ao encontrar um idoso na rua, partiu para a agressão. Novamente foi levado à delegacia. Ao vê-lo, o delegado exclamou:
– Outra vez você aqui? Não tem vergonha de bater em um idoso?
Calmamente, o homem respondeu:
– Doutor, o senhor poderia me dizer claramente em quem eu posso bater?
Muito bom!
Parabéns meu amigo!
Como diz o ditado popular; “A esperança é a última que morre” Feliz 2025 para você e toda sua família! (Rio de Janeiro-RJ).
Bela crônica.
Um belo Artigo cheio de verdades. Mas acima de tudo, cheio de vontade para que venham dias melhores com o NOVO! Que assim seja, para todos nós que estamos sempre aqui nos comentários aprendendo uns com os outros tendo o Grande Agenor como nosso professor.
Meu caro amigo Agenor,
Mais uma vez você brilha, o que não surpreende este seu admirador.
Leitor contumaz, desde a juventude, sempre acompanhei os grandes articulistas e cronistas brasileiros, também alguns internacionais que aqui tinham suas obras traduzidas e publicadas. Não à toa, fui assinante durante muitos anos de
VEJA, ISTOÉ, ISTOÉ SENHOR, CARTA CAPITAL – acompanhei sempre o Mino Carta, deixando de fazê-lo quando ele perdeu o senso crítico, sob minha visão, transformando-se num petista e lulista radical.
Hoje sou assinante só do UOL, O GLOBO e FOLHA DE SÃO PAULO, muito mais pra acessar os artigos e crônicas dos que me merecem a credibilidade.
Nunca pense que coloco isto aí pretendendo mostrar capacidade intelectual, tenho nítida noção, reconheço bem meus limites. Fiz só porque quero mostrar o tamanho do entusiasmo e empolgação que sua crônica me causou. Então, tenho absoluta convicção em afirmar que nunca li um texto, sobre o tema de que você trata, de nenhum consagrado autor, que me impressionasse como este seu, objeto desta minha postagem aqui. Ninguém produziu algo tão contundente, objetivo e certeiro.
Que dádiva seria pra a humanidade se os grandes mandantes do mundo parassem poucos minutos, lessem seu artigo e, refletindo bem, reconhecessem seus erros e passassem a uma nova atitude, no propósito da construção de uma nova sociedade, onde o mérito fosse realmente contemplado e premiado, mas que se erradicasse essa brutal desigualdade e miséria que presenciamos.
Particularmente, tenho até uma certa birra com o Natal. Participo dele, afinal tenho família e amigos de cuja companhia e apreço faço questão. Mas não nego que até me constrange o quadro persistente – quase todas as pessoas se transformando em sensíveis e tolerantes, benfeitoras e até caridosas, mas, no fundo, com uma inconfessada intenção de “comprar” um lugar futuro junto ao aniversariante. Então, é só passarem as festividades pra a “guerra” voltar, logo aos primeiros dias do novo ano.
Então, amigo, efusivos parabéns por sua obra, minha reiterada admiração e meus votos de que em 2025 você continue nos brindando com tantos belos textos.
Grande abraço, (Salvador-BA).
Nossos parabéns p todas as crônicas produzidas ao longo deste ano. Que o Criador nos permita desfrutar deste banquete literário ao longo do próximo ano. Qto ao velho e o novo, o futuro e o passado, ambos são presentes. Um qdo é lembrado e o outro quando chega . Um deixa aprendizado, o outro oportunidades de refazimento. Fica c Deus. (Salvador-BA).
Bom dia, caro amigo e “Poeta das Crônicas”.
Parabéns pela leveza do texto, a departamentalização (parte histórica, séria, reflexiva, bem humorada… etc).
Como faço questão sempre de ressaltar – o amigo é, sem sombra de dúvidas (nem sol escaldante) – um legítimo POETA DAS CRÔNICAS! kkkk
De sorte que, tudo considerado, “adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo” pra Vosmicê e toda sua família, amigo!
Um @braço. (Salvador-BA).
Vou começar a me deleitar com mais esta sua crônica!
Desta feita, com mais esperança no Grande Arquiteto do Universo, mas, com desesperança nos Governantes que pensam que são DEUSES.
Na realidade, devíamos respeitar o VELHO (2024), conquanto tenha nos trazido decepções, a partir de sua passagem aprendemos que não foi ele (2024) que nos decepcionou, pois não nos prometeu coisa alguma, apenas criamos expectativas, agora frustradas.
As decepções vieram daqueles que nos prometeram muito e nada fizeram, não cumprindo suas promessas revestidas de engodo, e insistem em nos ludibriar, à Pinóquio, com mentiras deslavadas e embustes.
Com certeza, a nação continua sem expectativas de melhoras vindas com o NOVO (2025), porquanto são os mesmos VELHOS embusteiros que irão determinar o que o NOVO (2025) deve oferecer à nação.
Reporto-me, agora, a dois tópicos da crônica, onde foram consignados temas alusivos à governança brasileira:
1 – No primeiro, consta: “Mas, ainda muito maior, é o volume de regras institucionais divergentes dos padrões e características vigentes para um Estado no conjunto das Nações.”. Divergências que foram criadas e perpetradas por aqueles que deveriam manter essas “regras institucionais” incólumes, mas, desrespeitam-nas.
2 – Concordo que “Já é tempo de alcançarmos o amadurecimento político-institucional, restabelecendo o conceito de País sério e preocupado com a formação do seu povo dentro de princípios de trabalho, honestidade e honradez.”. Aliás, já passamos do tempo… Eis que, desde há muito, o Diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza Filho dissera que “O Brasil não é um país sério”. Logo falta desfazer este epíteto, – pensamento verdadeiro, mas não tão oportuno – porém falta-nos “homens” para o mister. Como disse o irreverente Juca Chaves, deturpando as palavras de Monteiro Lobato, “Um país se faz com homens e livros… Os livros já temos…”
Também, é certo que ‘A nós brasileiros, resta-nos não somente o direito de continuar sonhando, mas a obrigação de “voar, correr, andar ou rastejar, mas continuar em frente de qualquer jeito”, como bem definiu o saudoso líder americano Rev. Martin Luther King.”‘ Porém, com cautela, para HADDAD não descobrir. Pois, se isso acontecer, os brasileiros correm sério risco de serem taxados porque estão sonhando. Porque, por enquanto, ainda não se é tributado ou taxado, pelo fato de “voar, correr, andar ou rastejar, mas continuar em frente de qualquer jeito”.
Feliz domingo, meu Irmão, para você e para minha amiga-irmã Adélia! Que deus nos proteja, sempre!!! (Maceió-AL).