Esse tema já foi objeto de enfoque um ano e meio atrás, mas vale reiterá-lo visto que o cenário nacional atual continua impregnado dos mesmos problemas, das viagens presidenciais inócuas e das “narrativas” que nada constroem de positivo para o País.
Já dizia na ocasião que “uma coisa acho que a nossa sonhada Reforma Política deveria estabelecer: é a urgente limitação a apenas dois mandatos por Presidente, a exemplo da prática existente nos EUA. Sim, porque cumprida a missão nos oito anos de Poder, vai usar da experiência adquirida para as suas palestras nacionais e internacionais, assessorar o seu partido e ajudá-lo na formação de novas lideranças, coisa que não vem acontecendo com os Partidos, principalmente o PT, hoje literalmente dependente de um único comando. Ou seja, renovação zero! Pior: os medalhões, e os donos desse partido, não tem a mínima disposição ou pensamento de renovação. E vai aqui um desafio: podem discordar citando exemplos concretos, caso essa afirmativa não esteja correta.
Vários são os fatores determinantes, e que inspiram novas convicções durante um terceiro mandato: a) O convencimento de que não houve interesse ou empenho para o surgimento, no Partido, de uma nova liderança capaz de substituir o “ex-Presidente”; b) A falsa imagem de “mito”, que não é eterna; c) Geralmente, o terceiro mandato prima mais pela projeção da imagem própria do que o interesse da Nação, numa exibição da vaidade pessoal comum aos mortais.” E aí, quem paga por isso? O povo, lógico!
A propósito do contido na situação “c”, estamos vivenciando esses fatos durante a experiência com o atual terceiro mandato do Lula, que durante os 644 dias de governo tem administrado em torno da sua imagem exclusivamente externa, deixando a gestão interna para os discursos tradicionais de palanque após cada retorno. Imaginava-se que, pela experiência, seria um governo mais eficiente no encaminhamento da solução dos problemas internos e não somente preocupado com os acontecimentos bélicos pelo mundo, como se fosse o estadista de uma grande potência militar e econômica, condição que faria a diferença na mesa de negociação.
Não parece um País de Terceiro Mundo, tal a forma como não há limite para os gastos públicos! Cada viagem presidencial é um verdadeiro cortejo de celebridades, o que não acontece com estadistas de outras Nações, onde cada um fica cuidando do seu País, enquanto o Ministro de Relações Exteriores faz o corpo a corpo e orienta o seu Presidente a não dizer bobagens sobre litígios complexos, que, às vezes, só prejudicam as tradicionais relações diplomáticas internacionais.
Que fique claro, naturalmente, que não há objeção à visita oficial a países para o fortalecimento das relações diplomáticas ou comerciais, mas, uma contestação à falta de comedimento nos gastos sem limite e a formação de comitivas com exagerado número de convidados.
A propósito, as relações diplomáticas entre Brasil e Israel ficaram abaladas, após as declarações infelizes e tendenciosas do Presidente do Brasil, situando os terroristas do Hamas e do Hezbollah como vítimas e, os israelenses como Genocidas, além do absurdo de comparar o que está acontecendo em Gaza com o Holocausto, em que morreram seis milhões de judeus!
Ao invés de se posicionar junto aos seus Ministros, no firme combate às criminosas queimadas de nossas florestas, contrariamente, o que estamos assistindo no Brasil, é o seu governante nas suas andanças pelo mundo dando palpites a torto e a direito sobre todos os temas internacionais, da guerra Rússia x Ucrânia ao litígio histórico entre árabes e judeus, demanda étnica que vem dos tempos bíblicos de Abraão, Isaque e Jacó, a milhares de anos, e não será o palpite do Lula do Brasil que vai resolver ou mudar alguma coisa.
Muito se questionou no ex-presidente Bolsonaro a atitude de descontrole verbal, em determinados momentos, exagerada contundência na defesa dos seus pontos de vistas ou por defender a ditadura militar de 1964. Esse pecava pela loquacidade!
O espaço que o Brasil deseja ocupar na América Latina e no Mundo deve ser conquistado pelos seus méritos e valores nunca pela vaidade e a ambição política dos seus líderes e governantes. É preciso colocar “os pés no chão e a mente no objetivo”, e através dessa sintonia ficará mais fácil alcançar o equilíbrio desejado.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador – BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Co Imparcialidade
3 Comentários
Caro Agenor,
Um texto lúcido e que mostra que o Brasil está sem rumo. Sem uma liderança efetiva e responsável. Triste vermos nosso país nesse rumo errático! (Brasília-DF)
O Brasil sob o governo do presidente Lula saiu da 12ª para a 8ª economia, justamente pelo presidente entender a importância de se criar novas parcerias e investimentos para o Brasil.
As viagens internacionais do presidente Lula já renderam mais de 115, 5 bilhões em investimentos diretos para o Brasil.
Só os Emirados Árabes Unidos destinaram R$12, 5 bilhões para a produção de combustíveis renováveis e não houve escândalo de recebimento de joias, conforme o governo anterior. Além de investimentos da indústria de alimentos(R$120 bilhões até 2026), setor automotivo(R$95 bilhões) e tantos outros investimentos.
Infelizmente, a grande mídia empresarial a serviço do império somente ataca os avanços do governo, mas os dados estão aí comprovando a eficiência da boa gestão, como a queda da taxa de desemprego no trimestre de junho a agosto de 2024 para 6,6%.
O presidente Lula classificou como genocício os bombardeios militares do governo de Benjamin Netanyahu no território palestino, e também criticou os gastos dos países europeus com armamento para produzirem mortes, principalmente de inocentes.O genocídio de Israel agora se estende, além da Faixa de Gaza, ao Líbano, Síria, Iêmen com a desculpa de matar terrorista.
Não podemos admitir de forma alguma esse genocídio cometido por Israel, pois amanhã se tiver um jogo no Maracanã e Israel bombardear o estádio e matar todos os torcedores com a desculpa que havia um terrorista do hezbollah no estádio, creio que a imensa população brasileira não aceitará.
Entendo que o governo Lula está contribuindo com uma nova ordem geopolítica mundial, e o Brasil voltou a ser respeitado internacionalmente.
Artigo dentro totalmente da realidade. Colocar os pés no chão é o mais difícil. Mas a dica está dada!