É impossível assistir às Olimpíadas 2024 e não dedicar palavras de admiração e exaltação, ao fantástico e exemplar desempenho vencedor das mulheres atletas de todo o mundo e, em particular, às atletas brasileiras! O brilho da conquista de cada uma tem um valor que transcende o tipo da medalha conquistada, seja de Ouro, Prata ou Bronze. Muito mais significativo é o exemplo de determinação, coragem e força desse ser muito especial diferente e diferenciado que é a MULHER!
Tudo começou com a fantástica Maria Esther Bueno, que se profissionalizou no Tênis, em 1950, aos 11 anos de idade, e conquistou 589 títulos ao longo de quase 30 anos de carreira. Durante anos foi o orgulho internacional do Tênis brasileiro, e um modelo exemplar para os jovens do Brasil.
Segundo o jornalista esportivo José Nilton Dalcim: “Maria Esther Bueno é a maior atleta feminina brasileira de todos os tempos. Seus feitos são incríveis e seu reconhecimento internacional, imenso. Sem falar que foi um exemplo de como superar dificuldades para obter sucesso”.
Ganhou a alcunha de “A Bailarina do Tênis” por conta da elegância do estilo de jogo. Uma outra marca registrada era a sua potência no saque. Uma de suas grandes tristezas foi não ter podido representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, já que o tênis deixou de ser esporte olímpico na década de 1930 e voltou apenas em 1996. Parecendo até uma marcação do esporte, pois, certamente ela alcançaria a glória em qualquer olimpíada. No entanto, nos principais Torneios de Tênis de maior destaque pelo Mundo, como Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open, não só participou como conquistou inúmeras medalhas. Esse fenômeno nacional nos deixou em 2018, aos 79 anos!
Outra brasileira que muito nos orgulhou foi a Daiane dos Santos, conquistando em 2003 uma Medalha de Ouro no Campeonato Mundial de Ginástica Artística, de Anaheim, nos EUA. Tanto nos esportes, quanto na vida, a gaúcha Daiane dos Santos é uma dessas personalidades que inspiram outras pessoas a serem mais fortes. Daiane recebeu o convite para ser Embaixadora da “ONU Mulheres” e hoje é comentarista esportiva da Rede Globo. Sabiamente, ela declarou: “Somos espelhos para os próximos. Hoje eu posso devolver um pouco da oportunidade que recebi do esporte. Os jovens são nosso legado”. Que bela forma de pensar!
Achei esta mensagem bastante expressiva, contida numa matéria do site https://ge.globo.com/olimpiadas/: “O brilho de Rebeca Andrade como uma das estrelas da ginástica artística mundial foi alimentado pela luz de muitas ginastas brasileiras, que saltaram alto para que a multimedalhista olímpica pudesse voar”.
Sim, falar da capacidade atlética, classe e habilidade dessa maravilhosa Rebeca Andrade, Medalhista de Ouro da atual Olimpíada 2024, além da grandiosidade de sua história de vida, será sempre mais do que fazer jus ao seu mérito, é um dever de todo o brasileiro! Mas, obviamente, não podemos desprezar de fazer justiça àquelas atletas que lhe serviram de exemplo nessa trajetória, como: Luisa Parente, Cláudia Magalhães, Daniele Hypólito (cinco Olimpíadas), Jade Barbosa, Ethiene Franco, a própria Daiane e tantas outras!
Todas elas não somente precisaram superar enormes dificuldades para criar uma tradição no esporte e conquistar não só resultados e a admiração mundial, mas espaço, confiança e investimento. Louve-se a boa ideia do Ministério dos Esportes, que em 2005, durante o Governo do então Presidente Lula, criou uma Bolsa Atleta, que vem contribuindo positivamente para a formação de atletas, inclusive a Rebeca Andrade fez menção de reconhecimento desse incentivo que ela recebe.
Queremos parabenizar às guerreiras do Ouro Olímpico: a grandiosa Rebeca pela conquista de seis medalhas, inclusive o Ouro; a brilhante Bia Souza, pela Medalha de Ouro no Judô; e nessa sexta-feira a extraordinária dupla do Vôlei de Praia, Duda e Ana Patrícia, garantiu a terceira Medalha de Ouro.
Assim, uma ressalva especial precisa ser feita, quanto ao fato de que a maioria das Medalhas conquistadas deve-se às MULHERES, essas fantásticas guerreiras, além do fato relevante e especial de serem, na grande maioria, da cor negra! Ou melhor, pérolas negras, por que assim não chamá-las!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
14 Comentários
Um Artigo oportuno e repleto de verdades onde as mulheres, verdadeiramente fizeram a grande diferença pela grandiosidade dos seus feitos!!!
Bom dia!
Independentemente das modalidades, do número de medalhas e a cor do metal, todas as Brasileiras (nossas pérolas negras) são dignas do nosso respeito, admiração e carinho, por tão bem representarem o nosso país lá fora.
Os nossos aplausos!
Parabéns, Agenor!
Crônica nota DEZ. Abraços! (Maracás-BA).
Obrigado! Parabéns. Viva as mulheres. (Salvador-BA).
Merecida homenagem às atletas brasileiras, Agenor. Parabéns pela crônica. (Salvador-BA)
Sábias palavras, Amigo. (Uauá-BA).
Linda homenagem, amigo!
Um forte abraço para você, que sempre foi um paizão! (Rio de Janeiro-RJ).
Oi, querido, não poderia deixar de parabenizá-lo p/ essa bela crônica e tantas outras, carregadas de sabedoria, conhecimento e emoção. Você me passa, às vezes mais, o prazer de ler e sentir o tema descrito, tal o Rubem Braga, o Fernando Sabino e todos eles que admiro muito.
Já pensou em juntar num livro essas ” pérolas ,” p/ que fiquem perpetuadas, mais pessoas se deleitem
dessa riqueza, motivo de muito orgulho p/ sua família, amigos e colegas?!!!
Essa crônica de hoje deveria ser lida e estudada em salas de aula, em escolas p/ que a geração de hoje pudesse conhecer a nossa história.
Obrigada pelos ensinamentos. (Salvador-BA).
Parabéns. Que mulheres guerreiras! Que venham muitas vitórias. (Salvador-BA).
PARABÉNS pela Crônica, especialmente, por esse trecho “crônica-jornalística” :
“…Tudo começou com a fantástica Maria Esther Bueno, que se profissionalizou no Tênis, em 1950, aos 11 anos de idade, e conquistou 589 títulos ao longo de quase 30 anos de carreira. Durante anos foi o orgulho internacional do Tênis brasileiro, e um modelo exemplar para os jovens do Brasil.
Segundo o jornalista esportivo José Nilton Dalcim: “Maria Esther Bueno é a maior atleta feminina brasileira de todos os tempos. Seus feitos são incríveis e seu reconhecimento internacional, imenso. Sem falar que foi um exemplo de como superar dificuldades para obter sucesso”….”. (Salvador-BA).
Bela crônica “negro-feminina”, Agenor… Parabéns! (Salvador-BA).
Linda homenagem amigo!
Um forte abraço para você, que sempre foi um paizão! (Rio de Janeiro-RJ).
Excelente homenagem às nossas guerreiras. Merecem nossos aplausos, elas pelas conquistas e o autor desta crônica pela sensibilidade exposta. (Maceió-AL).
Boas lembranças de Maria Esther Bueno! (Salvador-BA)