Como disse na crônica anterior, a realização da Copa do Mundo deixa a todos em estado letárgico, cuja prioridade do tempo passou a ser unicamente para o acompanhamento de todos os jogos, com ênfase especial para os jogos do Brasil. Tenho certeza de que o leitor ao ver esse título, deve ter dito: “de novo Eleições!!”.
A verdade é que a magnitude de um evento esportivo como a Copa, exerce o poder de dominar as paixões numa dimensão que supera todas as expectativas. Mais trágico e dolorido para esses corações apaixonados, contudo, é ver que os sonhos de conquistar o título pela 6ª vez, bruscamente se desfez numa cobrança de pênaltis! E a ansiedade que provocava risos de alegria, repentinamente se transformou em choro, lágrimas e frustração! Triste desfecho!
Em consequência, é fato que todo esse universo de emoções do antes e depois da tragédia, não poderia deixar de envolver também o autor, que se depara com o total alheamento com relação a outros temas da atualidade.
Assim, alternativamente, e para melhor compreensão de tudo isso, nada mais interessante que buscar na memória do tempo algum registro histórico como o contido na crônica com o título acima, editada em 11 de dezembro de 2013 que, pela importância das informações, vale a pena recordar, haja vista que, recentemente, saímos de uma eleição em dois momentos, ou em dois turnos.
“O sistema eleitoral vem sendo submetido a notável processo de evolução e aperfeiçoamento, desde os primórdios de 1532, quando o Donatário português Martim Afonso de Souza realizou a 1ª. eleição para Vereadores do Brasil, na Capitania de São Vicente. As condições iniciais fixadas eram que os votantes deveriam ser “homens bons”, o que evoluiu depois para exigir que também os votados o fossem, regra essa que parece ter sido corrompida na trajetória, salvo raras exceções!”
“O sistema progrediu cheio de restrições ao longo da história, tanto na extensão do poder de votar, ampliado com o reconhecimento pelo Código Eleitoral de 1934, ao pleno exercício do voto feminino com a eliminação do impedimento até então existente, e somente consolidado na eleição de 1946 – pós Ditadura de Getúlio Vargas -, como pelo processo criativo que conduziu à introdução das novidades da tecnologia da informática a serviço de uma prática mais moderna de votar”.
“Assim é que no início das eleições, da velha chapa ou cédula com o nome e o partido do candidato, evoluiu para a cédula de votação contendo os nomes de todos os candidatos aos vários cargos em votação naquele pleito, em que permitia que o eleitor marcasse com um “x” o nome da sua preferência”.
“A modernidade dos novos tempos, com a introdução da Urna Eletrônica, veio estabelecer uma profunda e revolucionária transformação na forma tradicionalmente existente, situação em que o Brasil passou a ser o primeiro e único a dar velocidade à forma de votar e apurar os resultados com extraordinária rapidez. O cidadão foi conduzido a teclar números e com um leve toque na tecla “CONFIRMA” encerrar a manifestação da sua vontade eleitoral”.
“É evidente que o progresso atingido pelo nosso sistema eleitoral deixa o brasileiro muito feliz e orgulhoso, visto que o avanço tem sido objeto de estudos, pesquisas e visitas de técnicos de outros países, curiosos em conhecer essa grande novidade. Contudo, vez por outra surgem insinuações maldosas, geralmente de perdedores dos respectivos pleitos envolvidos, alegando supostas fraudes eleitorais introduzidas nessas máquinas coletoras de votos”.
“Não obstante a confiança que o sistema me inspira, quando vejo as notícias da ação criminosa dos “hackers” que interferem nos sites e computadores de grandes empresas, organizações, sistemas de defesa e governos (leia-se: Governo Federal, Banco do Brasil, Sistema de Defesa Americano, violação do painel eletrônico do Senado, etc.) e, justamente numa sociedade em que honradez, integridade, dignidade e honestidade não são virtudes encontradas com muita frequência, prefiro sugerir que é melhor ir “COLOCANDO AS BARBAS DE MOLHO”. Isso porque, como diz o ditado popular: “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – (Salvador-BA).
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 11/12/2022
6 Comentários
Bom dia, Caro Agenor!
Já refeito da ressaca do “não hexacampeão”, eu não disse ou pensei, pois tinha absoluta certeza de que viriam outros argumentos que justificassem o título do Editorial. E veio.
Concordo plenamente.
Parabéns! Belo texto. (Salvador-BA).
Top demais! (Feira de Santana (BA).
Muito bom! Parabéns, Agenor.
Concordo em parte de colocarmos a “barba de molho”, mas pelo visto haverá cumprimento a CF/88. Principalmente porque as Forças Armadas, através de um dos seus comandante,s já parabenizou os futuros ministros das armas. (Salvador-BA).