Uma vez que a atmosfera política não mudou o seu foco desde a semana passada, nada melhor que continuar na abordagem do tema que favorece algumas reflexões, além do título de hoje vir complementar o ditado popular e trazer compreensão ao título anterior: “se correr o bicho pega… e se ficar o bicho come”!
O ditado, na realidade, significa dizer que o eleitorado que votará nesse 2º. Turno está diante de um grande impasse e tendo de assumir uma posição de votar em um ou outro candidato, mas com um grande peso na consciência, por ambos os concorrentes não representarem o perfil do Estadista que se deseja para uma Nação tão importante no contexto mundial como a nossa. Como disse um leitor em comentário à crônica anterior, “estamos perdidos num mato sem cachorro”! E tantos outros ditos populares que é melhor nem citar aqui.
É revoltante assistir ao horário político ou aos debates, e concluir o quanto é vazio e baixo o tom das palavras, sempre centradas em acusações de ordem moral desprezíveis para um que é o Presidente da República e o outro que é ex-Presidente, sem a observância de qualquer ética na defesa de suas posições.
Estamos diante de um cenário em que um deseja continuar no Poder, e o outro com uma sede exacerbada em voltar a gerenciar os recursos do BNDES a serviço da esquerda dominante na Venezuela, Bolívia, Cuba, Equador, República Dominicana, Argentina e Angola, nos quais foram investidos quase 10 bilhões de dólares, entre 2007 e 2015. E quando há inadimplência, como já ocorreu com Venezuela, Moçambique e Cuba, quem assume o pagamento ao BNDES? O Tesouro Nacional! Ou seja, o Povo brasileiro, com quem eles menos se preocupam!
Como seria interessante se após cada debate ou propaganda eleitoral no Rádio e na TV, os ouvintes se sentissem estimulados a comentar entre si: “você viu que ideia bacana e extraordinária do Bolsonaro, ou do Lula, que anunciam um novo e revolucionário modelo para a nossa Educação e pretendem fazer grandes investimentos no setor de Saúde do País! Você viu, também, aquele projeto novo e fantástico para a geração de empregos”! Inversamente, no entanto, um acusa o outro por erros e corrupções cometidas, mas não apresentam as possíveis e viáveis soluções para que a esperança da população seja fortalecida e a credibilidade dos candidatos seja recuperada. Diga-se de passagem, ninguém assume seus erros, quando sabemos que ambos não são nem nunca serão os santinhos que se julgam.
Um outro detalhe bastante presente na campanha atual e que vem contribuindo negativamente para a formação do cidadão brasileiro, é o discurso paternalista de querer conquistar o voto mediante a promessa de “dar o peixe ao invés de ensinar o homem a pescar”. Cada qual busca distribuir bondades e ser aquele de melhor coração e o pai da criança dos projetos sociais, oferecendo o melhor valor mensal de doação, seja como “Bolsa Família ou Auxílio Brasil”. E agora a “Bolsa Presença”, prometida pelo candidato Jerônimo, na Bahia. Essas atitudes circunscrevem as Políticas Públicas e Sociais ao universo restrito dos benefícios individuais e não da população em geral.
E diante dessa benesse já institucionalizada, os governantes e legisladores quase brigam por oferecer um agrado mais diferenciado, desconstruindo na cabeça dessas pessoas o sentido do amor ao trabalho. São muitos os casos que se tem conhecimento, de alguns que não querem viver de salário, enquanto outros recusam a Carteira de Trabalho assinada para não perderem o direito ao benefício mensal do governo. E, às vezes, falam isso entre sorrisos de felicidade!
Não obstante, esses percalços são naturais e inerentes a toda disputa política, principalmente quando o pleito leva os principais concorrentes para o recurso da decisão eleitoral definitiva no 2º. Turno. Que o desfecho final, tanto na eleição dos Governadores de Estado, como a importante disputa para a Presidência da República, tenha o conveniente acolhimento do resultado dentro dos princípios do Sistema Democrático que rege a Nação brasileira. Que a vontade do povo brasileiro seja respeitada. Afinal, o Poder emana do Povo!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Salvador).
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 23/10/2022
8 Comentários
Prezado: verdade pura o contido no seu comentário. Agora, acho que se o atual Presidente for reeleito, nosso País estará ou continuará num caos nunca imaginado. Eu votei nessa “praga” que aí está, Bolsonaro, mas, jamais pensei que fosse tão incompetente, irresponsável e inconsequente. E seus ministros seguem as suas ordens: “um manda e outro obedece”. Finalizando, gostaria que tivéssemos outras opções, mas… votarei para tirá-lo do poder, porque pior do que esse que aí está não será possível. É como vejo a coisa. (Miguel Calmon-BA).
Grande Francisco! Como dizia nossos antepassados “verdade verdadeira”. (Salvador-BA).
Ótima reflexão amigo, análise perfeita da situação real, estamos sem opção e um deles irá comandar este país nos próximos quatro anos, que Deus nos proteja. (Salvador-BA).
Realmente estamos num mato sem cachorro, os nossos políticos só olham para o umbigo e não pensam na população brasileira só querem tirar proveito e encher seus bolsos que cada dia estão mais cheios. Pior que não vemos nenhuma luz no fim do túnel. Parabéns pela crônica.(Salvador-BA).
Muito oportuno a sequencia do Artigo anterior. Fechou o ditado se CORRER O BICHO PEGA SE FICAR O BICHO COME. Que eles tenham dignidade de não continuar enganando o povo, mas, fazendo a obrigação que lhes cabe. E que o Povo não dê descanso em fiscalizar o nosso dinheiro e nosso suor. Que o bicho pegue literalmente para o lado deles…!!!
Nunca votaria no candidato “pintou um clima” com meninas 14 e 15 anos. (Salvador-BA).
Parabéns Agenor!
Faltam apenas sete dias para saber se o BICHO VAI PEGAR OU SE VAI COMER. Lamento informar que, na altura do campeonato, não temos outras opções. Vamos aguardar. Florisvaldo
Como sempre, preciso e coerente com a análise da situação atual que estamos vivendo. Tenho comentado sempre com Tinel, que está difícil assistir ou ouvir os programas eleitorais pois não se aproveita nada. (Salvador-BA).