Imagens dos encantos do Rio e o resultado da sua força produtiva
Em meio de tantas notícias desagradáveis dos últimos tempos, que entristecem e deprimem, seja pela perda de alguns entes queridos ou pelas dores e sequelas causadas por um certo vírus maldito, nada mais sugestivo e acolhedor do que me dirigir ao recolhimento ao longo de alguns dias, respirando a pureza do ar que enriquece a vida rural, e me deliciando com a beleza do canto dos pássaros.
E, em complemento de tudo isso, nada mais encantador do que a contemplação diária de um idoso de 520 anos de idade que passa à minha frente, e desfila pujante e altaneiro, exibindo beleza e riqueza, força e energia, para o deleite de quantos queiram bater palmas ao seu eterno poder. Então, palmas para: O VELHO CHICO!
E para quem não sabe, outros também o chamavam de RIO DOS CURRAIS. Em 04 de outubro de 1501, o navegador genovês Américo Vespúcio, ao se encantar com o tamanho da foz daquele belo rio, batizou-o com o nome do Santo do Dia, ou seja: SÃO FRANCISCO. E foi ao seu lado que nesta semana desfrutei das delícias de um São João totalmente familiar, aqui na Região.
Sim, é mesmo o histórico e poderoso Rio São Francisco, que um dia nasceu na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, no Centro-Oeste de Minas Gerais e na sua trajetória até a foz em Sergipe cruza por cinco Estados e 521 Municípios, e que desde a nascente percorre 2.814 km, majestosamente. Ao compartilhar pessoalmente dos seus encantos e conhecer o seu poder de transformar os Municípios de Juazeiro e Petrolina, e outros mais ao longo do percurso, em economias potencialmente ricas, não resisto e aqui quero reproduzir um parágrafo da minha crônica publicada em 13/12/2015, sob o título “O RIO OPARÁ PEDE SOCORRO”, em que dizia:
“…vemos os raios solares refletindo sobre as águas todo o seu esplendor, enchendo de luz o leito soberbo e imenso daquele rio que teima em não chegar até a foz, porque entende que ao longo de sua trajetória há uma fauna e uma flora que dele se alimentam, uma economia produtiva e redentora que oferece milhares de empregos, e nas suas margens há uma população ribeirinha que contempla a sua rara beleza e grita emocionada: não vá, eu preciso de você!”.
Depois de muitos anos sem a honra de visitar Juazeiro e Petrolina, desta feita fui agraciado com o privilégio de aqui passar alguns dias numa fazenda “ÀS MARGENS DO VELHO CHICO”. Mas, não foi só isso: tive a oportunidade de testemunhar a energia de um povo que se dedica ao trabalho e contribui para uma economia vigorosa e fecunda na vida das duas cidades e dos Municípios circunvizinhos, resultante da moderna tecnologia utilizada na agroindústria regional.
Quando estava para deixar a cidade de Petrolina, entrei num Restaurante, e tal foi a minha surpresa ao ser abordado por um leitor assíduo do Blog e dos nossos Artigos, cuja família conheço de longas datas na cidade de Uauá. As suas palavras de educados elogios ao nosso trabalho, só nos estimula a continuar dando sempre o nosso melhor a tantos quantos nos dispensam as suas atenções.
Parabéns ao povo juazeirense e petrolinense pelo papel que desempenham nesse processo de desenvolvimento. Saúdo feliz os empresários locais e aqueles que para aqui vieram trazendo a determinação, a tecnologia e o espírito de empreendedorismo para essa extraordinária região, com impacto altamente positivo na economia nacional.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – de Salvador – BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 27/06/2021
16 Comentários
Caro Agenor, o editor agradece mais uma vez pelo editorial, confessando que ficou lisonjeado com o seu relato:
“Quando estava para deixar a cidade de Petrolina, entrei num Restaurante, e tal foi a minha surpresa ao ser abordado por um leitor assíduo do Blog e dos nossos Artigos, cuja família conheço de longas datas na cidade de Uauá. As suas palavras de educados elogios ao nosso trabalho, só nos estimula a continuar dando sempre o nosso melhor a tantos quantos nos dispensam as suas atenções”.
O Rio São Francisco é uma correnteza de prosa e poesia.
Tudo o que se relaciona ao Velho Chico, seu misticismo, sua trajetória histórica e sua importância econômica, social e cultural, inspira músicos, pintores e escritores, que vêm contando através da arte e da literatura a sua existência de 516 anos.
O mundo inteiro o conhece como uma das maiores riquezas naturais do país e da América do Sul. Um verdadeiro patrimônio hídrico que banha cinco Estados brasileiros, percorrendo uma extensão de 2.700 quilômetros, a partir da sua nascente, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até a foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, passando pela Bahia, por Pernambuco e Alagoas.
Nesse trajeto, o rio corta serras, matas e vales, irrigando a agricultura das famílias do Sertão, abrindo caminhos para a navegação e oferecendo o alimento da população.
Transcrevo um treco do que o músico Gereba escreveu sobre o Velho Chico:
“O Velho Chico vai abrir as suas asas, os seus braços d’água e as suas mãos pra Pernambuco, Paraíba, Rio Grande, pro Ceará, pro Piauí, pro Maranhão. O Velho Chico é a lágrima doce que desce brilhando pela face de Minas pra Pirapora, pra Petrolina, arco solar cruzando, flecha do mar banhando e assim vai fulorando os campos dos sertões”. (Fonte: http://foco.atarde.uol.com.br/saofrancisco/).
Agenor Santos, caro e perfumado amigo. Texto belíssimo com cheiro de terra molhada!!!
Parabéns! Ofereço-lhe um exemplar de minha xilogravura “O pranto do rio”.
Como sempre, admiro suas crônicas em função da alta qualidade dos conteúdos, assim como pela vasta diversidade de assuntos abordados. Essa sobre o VELHO CHICO, me Induz a comentar algo em particular.
Minha filha Livia (natural de Uauá-1985), casou-se com um rapaz de Piumhi-MG, 250km de BH, região da Serra da Canastra (nascente do Rio São Francisco) onde visitam com frequência, para rever familiares e contemplar as magníficas cachoeiras.
Por outro lado, minha outra filha, Giselle (natural de Aracaju-1988) casou-se com um Jovem de Lagoa da Prata-MG, há 110 km de Piumhi, por onde também passa o VELHO CHICO. Lá, onde o Rio tem pouco mais de 100 metros de largura, existe uma ponte detentora de uma história interessante.
A ponte que fica nas terras dos familiares do esposo de minha filha (300 mts da sede), foi fabricada na Alemanha em 1922, enviada para o Brasil e montada sobre o VELHO CHICO, em 1925.
Há menos de 20 anos, o Governo da Alemanha, enviou uma carta à Prefeitura da cidade, informando que o prazo de validade da estrutura da PONTE havia vencido e que ela deveria ser desativada caso ainda estivesse sendo utilizada. A orientação não foi levada a sério e, em
2016 a ponte quebrou, não suportando o grande fluxo dos caminhões pesados.
Atualmente, a rodovia foi asfaltada e no local, foi construída uma nova e moderna ponte. (Belo Horizonte-MG).
Mestre Agenor!!! Como sempre, supimpa!!!! (Maracás-BA).
Lindoooo! (Salvador-BA)
Mandou ver, uma aula de história do nosso Rio da Integração Nacional que desenvolveu a nossa região Nordeste, eu particularmente o conheço desde os seus afluentes, Rio Sapão que deságua no Rio Preto, que deságua no Rio Grande e por fim chega ao velho Chico. (Alagoinhas-BA).
Fico emocionada com a sua emoção em estar numa região que faz parte da nossa história de vida e em ler suas palavras sobre a história desse grande rio São Francisco que alimenta toda essa região. Seu conhecimento compartilhado com generosidade, enriquece nossa leitura semanal. (Salvador-BA).
Rio São Francisco. Nosso Velho Chico, maravilhoso, porém, tão desrespeitado, merece mais cuidados. Sou um dos seus filhos apaixonados. (Vitória da Conquista-BA).
Muito legal esta matéria (Morro do Chapéu-BA).
Que linda explanação, amigo Agenor, parabéns! (Maracás-BA).
Excelente!! Parabéns!!! Bravíssimo! (Salvador-BA).
Excelente texto! Parabéns pelo seu trabalho e reconhecimento da população, pois sua família já lhe reconhece como o “MELHOR”! (Salvador-BA).
Valeu! (Feira de Santana-BA).
Parabéns! Muito bom, amigo! Salve o Velho/Novo Chico! (Rio de Janeiro-RJ).
Mandou bem! (Maracás-BA).
Esta crônica já diz tudo… O que me chamou mais a atenção foi o trecho de outra crônica de 13/12/2015, cujo título diz: “O RIO OPARÁ PEDE SOCORRO”. Por que chamou a minha atenção? Porque, realmente, o Velho Chico pede socorro. (Maceió-AL).