De tempos em tempos o mundo passa por nova experiência de conviver com uma tragédia de grande impacto provocada pelos históricos e destruidores vírus, que sempre trazem a dor, o sofrimento e a morte. São tão expressivos os seus efeitos negativos, diretos e indiretos, que fica difícil de mensurar – em paralelo às vidas perdidas -, as consequências sociais e econômicas que atingem a população e as instituições públicas e privadas.
Para uma melhor reflexão da crise que se abate sobre centenas de países em todo o mundo atingidos pelo vírus da atualidade, chamado de “Novo Coronavírus”, e que já começa a evoluir em nosso país por centenas de cidades, nada mais conveniente do que lembrar alguns números trágicos do passado, que servem de registro informativo para os mais jovens ou para mexer com a memória dos mais antigos:
- a) Vírus da Tuberculose: Considerada uma das doenças infecciosas que mais matam no mundo. Os primeiros casos de tuberculose teriam sido registrados há mais de 20 mil anos e na epidemia entre 1850-1950 matou cerca de 1,0 bilhão de pessoas.
- b) Varíola: Entre 1896-1970 matou 300 milhões de pessoas no mundo. Foi erradicada em 1980.
- c) Tifo: Estudos revelam que cerca de 3 milhões de pessoas morreram em decorrência da doença entre 1918 e 1922.
- d) Febre Amarela: Foi causa de grandes epidemias nas Américas e na África. Na Etiópia, a febre amarela teria matado aproximadamente 30 mil pessoas entre 1960 e 1962.
- e) Gripe Espanhola: Foi uma pandemia do vírus influenza que de 1918 a 1920, infectou 500 milhões de pessoas. Estima-se o número de mortos em 75 milhões, à época, tornando-se numa das epidemias mais mortais da história da humanidade. A gripe espanhola foi a primeira de duas Pandemias causadas pelo Influenzavirus-H1N1, sendo a segunda ocorrida em 2009. Justamente agora, a campanha de vacinação contra esse vírus está em andamento em todo o país.
- f) Para não alongar muito, ainda teríamos o Sarampo, a SARS-Síndrome Respiratória Aguda, entre tantos outros vírus que, também, causaram muitos estragos.
Eis que chegamos à praga do dia – o Novo Coronavírus -, que causa angústia, ansiedade e preocupações a bilhões de pessoas em todo o mundo, MENOS AO NOSSO ATLETA E PRESIDENTE! No último sábado chegamos à marca de 600.000 pessoas infectadas e 28.000 mortes no mundo; no Brasil 3.417 e 92, e na Bahia 123 e sem nenhuma morte, respectivamente. Só entre a Itália, Espanha, Alemanha e EUA, já são 307.328 infectados e 15.538 mortos! Diante desse cenário, a afirmação do Presidente de que é uma “Gripezinha ou Resfriadinho”, demonstra uma lamentável falta de respeito às vítimas e aos seus familiares! Para uma Pandemia que se iniciou há 90 dias, fica a pergunta: até onde chegaremos?
Com dados sempre crescentes da tragédia e que no Brasil começa a se agigantar progressivamente, é estarrecedor ver o Presidente Bolsonaro na contramão da história, da razão e da realidade que aí está, desprezando todos os protocolos instituídos pelos especialistas de todo o mundo, coisa que só um míope não consegue enxergar! E, o pior, é desautorizar os membros da sua equipe de governo, principalmente o Ministro da Saúde, que é um médico e milhões de vezes mais conhecedor do assunto que o seu Chefe.
Em todo o mundo o afastamento social de todos foi a fórmula básica para conter o alastramento do vírus e no Brasil não pode ser diferente. Um discurso presidencial que enfatiza a prioridade econômica em detrimento das vidas humanas, ressalta uma grande insensibilidade e estimula indesejáveis conflitos entre autoridades. Isso pra não dizer do inevitável desgaste do líder maior da nação, que é o seu Presidente, embora a sua frase esteja coerente com o pensamento do Gov. Rui Costa (PT) que, em entrevista na Globo, também chamou o Coronavírus de uma “simples gripe”!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Aposentado do Banco do Brasil – Salvador – BA.
Blog do Florisvaldo – Informação com Imparcialidade – 29/03/2020
4 Comentários
Estarrecedor é ver sacrificar o Presidente que está preocupado com 40 milhões de empregados informais e que já começam a dar sinais de pandemia social com desemprego e fome. Quanto aos números afirmo que estão dentro da normalidade para uma gripe nem tão letal assim. Os números no mundo não correspondem ao nosso número de mortos e vem se movimentando em torno de 2,7% desde o início e diminuirá muito com os testes que chegarão. Mais grave foi governadores liberarem o Carnaval dando seu aval à falida Rede Globo com um médico renomado chamando essa de gripinha em janeiro 2020. Irresponsáveis são esses e não o Presidente que é para tomar atitudes em todos os setores do Brasil e não se resumir a um campo só. Estão se aproveitando com esse isolamento seletivo e extorquiram muita grana do governo federal que não seria louco de não liberar. (Salvador-BA).
Grande abraço meu querido amigo. (Salvador-BA).
Pedindo vênia e com todo respeito, acho, tenho certeza, que o Presidente ao falar que seria uma “gripezinha” ou “resfriadinho”, mas para a pessoa DELE, que atleta, não quis subestimar a gravidade do problema Corona, nem tampouco desmerecer seus auxiliares, de modo algum. Deslizes, quais sejam, todos cometemos, mas o esforço notório e bem intencionado do Presidente e sua equipe nessa situação caótica e a BEM do PAÍS e BRASILEIROS, negá-lo é ser inconsequente e politiqueiro. Imperdoável!!! A Imprensa (TV, jornais e etc.) em uma visão mesquinha, impatriota, ocupa-se mais em aumentar o pânico do que AJUDAR como possível. Por exemplo, por que não enfatizam a Quarentena VERTICAL, cobrando-a? Ontem mesmo quando o Datena da BAND (já manipulada também, basta ver os seus Editoriais agressivos e lidos pelo INCOMPETENTE quanto RAIVOSO e AGRESSIVO Eduardo Oinegue) teve sua transmissão sobre a CURA comentada por um médico obstruída por mais de uma hora. Por que a Imprensa não noticia, simultaneamente, as mortes tanto consequência do Corona quanto de outros vírus e doenças (Sarampo, Dengue, Tuberculose, Influenza etc.)? Só enfatizam as do Corona que é grave sim, admitamos, mas está sendo bem cuidado pelo governo Federal enquanto os Governados SAFADOS, em especial os da esquerda, politicamente agem. O Governador do Ceará acaba de prolongar por mais uma semana o fechamento do comércio. Isto na expectativa de que se alcance o CAOS e se possa atribuir culpa ao Presidente. NOTE-SE: Eu não sou da Direita, nem de Centro e muito menos da maldita Esquerda. EU SOU PATRIOTA e torço para que quem esteja no poder traga benefícios ao nosso povo TÃO EXPLORADO NESSE ÚLTIMOS ANOS POR LADRÕES CORRUPTOS que continuam livres. E que só não enxerga aquele que demente, esquizofrênico e comunista! QUANDO ACORDAREMOS///
Bom trabalho e com a tua competência AJUDE-NOS MUDARMOS O BRASIL!!! (Russas-CE).
Uma das tendências do ser humano é a autopreservação. E isto vale em todos níveis, seja na conservação da própria vida, das idéias e crenças, dos ideais e dos objetivos. E assim, quando manifestações são interpretadas de forma diferente ao nosso ponto de vista, podem gerar mal entendidos e reações emocionais. Por isto, sinto que no Brasil temos mais reações aflitas e estereotipadas do que a realidade apresenta. Reconheço que o Presidente Bolsonaro emitiu uma opinião de forma deselegante sem sintonia com a crise atual, mas o fez buscando um alerta sobre a sobrevivência e as condições do país após os eventos.Buscando união. E isto encontra um eco mais profundo em uma parte expressiva dos brasileiros que entendem que as consequências podem ser tão desestabilizadoras que não podem ser desprezadas mesmo com o drama atual da perda de vidas. Enfim, a grande imprensa provocou um clima de histerismo tentando dois objetivos: fazerem as pessoas esquecerem do chamado “day after” e aproveitarem o momento para desestabilizar um governo que busca a modernização da nação. Pela simples ideologia voltada a esquerda e até mesmo pelo fechamento da chamada conta governamental da propaganda institucional. Que irrigava a imprensa. Tanto que, conforme o cronista, o próprio Governador da Bahia, Rui Costa, chamou de uma “simples gripe”. Mas isto não teve importância na imprensa. E o drama continua, sem tréguas. E aviltado pelos ânimos exaltados de ambos os lados, potencializados pelos extremismos surgidos no Brasil das últimas décadas. Pois de uma lado, os que desejam uma quarentena rigorosa e extrema, capitaneados por políticos e a imprensa, terão que ser socorridos futuramente por aqueles que desejavam uma flexibilização e não obtiveram eco em seu pedido. Que serão os responsáveis e competentes para este renascer. Vidas são importantes mas a preservação da sociedade não pode ser desprezada.FOZ DO IGUAÇU.