Esta crônica foi publicada pela primeira vez em 22/04/2011 pelo Blog do GERALDOJosé e pela semelhança do momento atual que estamos vivenciando, estou publicando agora no Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade com o Status de Editorial na seção vale a apena ler de novo.
Existe frase mais autêntica e verdadeira do que esta, pronunciada nos idos de 1983, portanto há 28 anos, pelo meu amigo Edinho da Farmácia, ex-prefeito de Uauá do período 1966/1970!
Tive a honra de ser o primeiro Gerente da Agência do Banco do Brasil da cidade entre 1982/1985, à época chamado de Gerente-Instalador e, por estilo, muito dado a ouvir os mais velhos e experientes do município, dentre eles a memória cultural viva desta terra, o Coronel Jerônimo Ribeiro e Edinho da Farmácia ou Edson Rodrigues Ribeiro, de grata memória.
As experiências de ambos contribuíram para sedimentar a experiência de um novel e imberbe gerente, apenas iniciando a caminhada de administrador principal de uma agência do Banco do Brasil. Vale registrar, para conhecimento dos mais jovens que, naquela época, era fato comum em todo o interior do Brasil que as autoridades maiores da cidade eram: o Juiz de Direito, o Prefeito, o Padre e o Gerente do Banco do Brasil!
Após esse intróito que apenas enriquece o meu ego por ter tido a honra de viver esse tempo, volto a fazer ilações sobre a frase sábia e histórica do velho Edinho da Farmácia. Não é que a sedução do poder transforma realmente as pessoas? São inúmeros os exemplos de que o poder afeta os comportamentos, para uns mudando o próprio caráter e para outros alimentando desejos de se eternizarem nos cargos, a exemplo dos governantes árabes (média de 32 anos no poder) e mais perto de nós o Hugo Chavez (já com 12 anos no cargo), filhote do ditador Fidel Castro (cujo poder deste já supera os 50 anos).
O Chavez, então, faz mil peripécias para simular eleições democráticas, de modo a transparecer para o mundo que é um estadista querido pelo seu povo. Ainda bem que a vacina do pensamento democrático fez efeito positivo e protetor no Presidente Lula, que chegou ao final dos dois mandatos sem que o seu sangue fosse contaminado pelas picadas do mosquito Chavez, que não foram poucas! Na avaliação histórica este mérito lhe será creditado, visto que com 81,7% de aceitação popular ao final do segundo mandato (Novembro-2010) e o pico de 84% (janeiro-2010), estava ele com a faca e o queijo para arrancar do Congresso um terceiro mandato, apenas utilizando-se da força atraente produzida pelas nefastas e corruptas Emendas Parlamentares, a moeda sempre acionada nas aprovações desejadas pelos Presidentes, em muitas oportunidades.
Bem oportuna a proposta que já está sendo discutida na Câmara dos Deputados de eliminação da reeleição para Prefeitos, Governadores e Presidentes e ampliação de quatro para cinco anos na duração desses mandatos. A rotatividade de comando nos Governos parece-me ser o melhor caminho e cabe ao povo o julgamento do mérito de retorno do Governante em futuras eleições, quando a sua gestão anterior será verdadeiramente avaliada nas urnas.
A reeleição, como vigente atualmente é o resultado sintomático da sedução pelo poder. Por mais eficientes e realizadores que sejam os gestores Municipais, do Estado ou do Governo Federal, os méritos de ações positivas podem ser obscurecidos e minimizados pelo natural desgaste de imagem causado pelo exercício do poder, a menos que tenha do seu lado dispositivos imbatíveis de políticas sociais populares, tipo Bolsa-Família, Bolsa-Alimentação, Bolsa-Renda, Bolsa-Escola, Auxílio-Gás, etc. que, não obstante os seus valores sociais inquestionáveis servem para compensar e superar crises, acobertar deficiências e até mesmo escândalos. À volta de tudo isso, ainda viceja a ambição de poder de quem está na oposição, sempre donos da verdade, mas, nem sempre, realizadores de tais ideias. Geralmente com “planos de poder, mas não de governo”.
Fonte: http://geraldojose.com.br – Agenor Santos – Bacharel em Administração de Empresas, Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Uauá – [email protected]
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 06/09/2017
4 Comentários
Uma cronica escrita há 6 anos e que traz uma situação política que se manteve inalterada. Sinal que nada evoluiu, e ainda piorou. E suas crônicas atuais tem demonstrado com muita clareza esta constatação. Infelizmente, continuamos em uma regressão política em nosso país. Muito bom reler o que você escreve, Agenor. Nos ajuda a refletir sobre o que aconteceu. Para nos preparar para o que virá. FOZ DO IGUAÇU-PR
Prezado Eden Lopes Feldman, bom dia!
Compartilho em gênero numero e grau com o que você disse, não só na qualidade de Editor do Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade, mais também como assíduo leitor de todos os artigos produzidos pelo Agenor.
Muito lhe agradeço pelo seu interesse nos artigos publicados neste Blog.
Abraço,
Florisvaldo F dos Santos
Amigos e amigas, bom dia!
Esta crônica foi editada em 22/04/2011 pelo Blog do GERALDOJosé, caso alguém leia neste momento e não se ater a data, pouca diferença vai notar se comparado ao momento em que estamos vivenciando.
Particularmente, eu já tinha feito esta observação e constatação escritor em outros artigos e neste caso, estou convicto que não estava exagerando ou querendo lhe agradar.
Se viva fosse, eu faria um alerta a Mãe Diná, para que ela ficasse de olho neste prospero concorrente em suas adivinhações.
Parabéns!
Florisvaldo F dos Santos
(Ao Eden Feldman, nosso leitor de Foz do Iguaçu-PR):
Rapaz, você foi buscar essa no arquivo do tempo! Abril de 2011!!! É interessante mesmo recordar, porque até eu, o autor, me surpreendo com um tema abordado seis anos atrás e que está tão atual…! Obrigado por ter aberto esse arquivo.
(Agenor Santos-Salvador-BA).