Desde a tarde de ontem não se fala em outra coisa a não ser nos efeitos da rápida disseminação do coronavírus. O tema passo a chamar ainda mais atenção depois que a OMS (Organização Mundial de Saúde) mudou o status da infecção de epidemia para pandemia.
Em resumo, isso significa que a organização reconhece que os esforços para o controle da propagação do vírus não obtiveram efeitos. Então, o foco muda para adoção de medidas que evitem mais mortes.
Logo em seguida, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que participava de uma audiência na Câmara dos Deputados, tentou tranquilizar a população. Disse que não era hora de suspender aulas e que o foco é proteger os idosos.
Faz sentido, o mais completo levantamento divulgado até agora sobre o novo coronavírus foi feito pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças indica que a taxa de mortalidade da doença é de menos de 1% para pessoas com até 49 anos e de 14,8% para maiores de 80 anos. Entre os mais de 44 mil casos analisados, não foi registrada nenhuma morte de criança com até 9 anos.
Além disso, o estudo aponta que 80,9% das infecções foram classificadas como leves, 13,8% como severas e apenas 4,7% como graves.
As notícias do resto do dia, porém, são alarmantes. O presidente Donald Trump suspendeu viagens da Europa para os EUA, com objetivo de conter a disseminação do vírus. E o Distrito Federal cancelou aulas, shows, eventos e manifestações populares.
Bolsa entra em circuit breaker pela 3ª vez na semana após queda de 11,6%
Pela terceira vez em quatro dias, a Bolsa de Valores de São Paulo paralisou as operações devido a quedas expressivas. Na manhã desta quinta-feira, 12, o circuit breaker foi acionado por volta das 10h21, quando as ações do Ibovespa, principal índice da bolsa, caia 11,65%, aos 75.247 pontos. O motivo é o mesmo das sessões anteriores: aumento da preocupação com a disseminação e impactos econômicos do novo coronavírus (Covid-19).
Nesta quinta, entretanto, os mercados repercutem a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de restringir viagens entre o país e a Europa para tentar conter o avanço da doença. A decisão, entretanto, colocou mais fogo no já inflamado mercado financeiro, aumentando as preocupações sobre as consequências da pandemia na economia mundial. “Este é o esforço mais agressivo e abrangente para enfrentar um vírus estrangeiro na história moderna”, definiu Trump.
Após o retorno do circuit breaker, caso a bolsa caia mais 5%, uma nova parada é acionada por uma hora. Se no total a bolsa cair 20%, os negócios são parados em definitivo no dia. Na segunda-feira, o circuit breaker foi acionado na abertura dos negócios, assim como o caso atual. Na quarta-feira, a queda ocorreu no período da tarde, depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) mudar o status da doença para pandemia. “A situação piorou quando o Trump decidiu proibir os voos. É uma ação que pode quebrar as companhias aéreas do mundo inteiro”, diz Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset.
Fonte: HuffPost Brasil e https://veja.abril.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 12/03/2020