Nunca se pensou que um simples ditado popular pudesse retratar tantas verdades sobre o momento político de uma Nação, pela proporção de similaridade entre os acontecimentos da vida real e a mensagem contida nessa frase de grande significado e que hoje valorizo como título desta crônica. Para ser didático e facilitar a compreensão, o ditado pode ser traduzido como: “ser da mesma laia, da mesma estirpe. Normalmente utilizado em sentido de reprovação para pessoas de caráter duvidoso”. Esse tem sido o entendimento e a reação que tenho colhido dos nobres leitores que me prestigiam com a sua leitura, sempre de concordância com o sentido da frase e o sentimento de total revolta com o nivelamento por baixo de todos aqueles que são colocados no mesmo saco da falta de ética e caráter.
Para aqueles que acompanham os meus artigos, semanalmente, certamente que tem tido a percepção de uma coerência constante com uma linha de pensamento voltada não para o combate ou defesa sistemáticos deste ou daquele partido político, mas pelo retorno deste país aos princípios e valores perdidos, pela reconquista dos conceitos de dignidade e respeito sepultados nos últimos tempos, cujos efeitos deletérios primeiro se manifestaram em grande parte da classe política e agora já está se disseminando de maneira nefasta e crônica pela sociedade em geral.
Entendo que toda unanimidade é burra e que se impõe o respeito às divergências de ordem política e ideológica, sem as manifestações de agressividade peculiares a alguns. Mesmo que nos comentários alguns se identificam por tendências mais sectárias em defesa da esquerda socialista/comunista, posição que sugere a pergunta: à esquerda de quê? Acho até normal o apelido de “coxinha”, que atribuem àqueles que desprezam a cartilha esquerdista, apesar da expressão pobre e pejorativa!
Mas, gostaria de identificar nos poucos países de esquerda ou socialistas/comunistas que ainda existem no mundo, algo de exemplar, positivo e construtivo, sem que neles predominem a falta de liberdade, o exercício do poder autoritário, absoluto e violento com os seus cidadãos, defeitos que só enxergam nos outros países contrários… Que lá o cidadão tenha o Passaporte liberado para viajar livremente pelo mundo da esquerda ou da direita, sem o constrangimento de ter uma polícia do Estado aos seus pés, com medo da eventual e surpreendente deserção…
Um socialismo/comunismo que não imponha aos profissionais médicos cubanos do programa “Mais Médicos” a ridícula e desmoralizante condição de receberem apenas 20% do salário que o Brasil paga por cada médico, enquanto 80% fica com o Estado de Cuba… Se tanto se reclama e protesta contra a eventual violência que tenha natureza política como sendo uma prática inerente à direita, por que não explicam a razão porque o exercício do poder nesses países impõe o seu sistema político pelo exercício da força (Rússia, Cuba, Venezuela, etc.)?
Essas conjecturas servem para mostrar que melhor que o argumento da força é a força dos argumentos. Essa tese serve para as nações radicais ou para os partidos e os seus militantes, que buscam nos erros e pecados dos seus oponentes a forma de justificar as suas próprias faltas e mazelas, o que não me parece o caminho mais democrático e a solução alternativa para extirpar tanta sujeira à volta.
Se bem se lembra o leitor, a algum tempo atrás quando as acusações eram intensas e diárias contra o PT, PP e outros nanicos, antecipei em artigo que o silêncio quase sepulcral da parte dos oponentes PMDB e PSDB sinalizava que por serem “farinha do mesmo saco” havia um estopim oculto que não demoraria a explodir. E é o que agora vem acontecendo através de novas delações do presidente da Odebrecht. A peça acusatória usada por Cristo a mais de dois mil anos está atual e presente, quando disse aos escribas e fariseus, algozes de uma mulher acusada de adultério: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire a pedra…” (João 8: 7).
E para finalizar, veio à tona alguns dos sábios comentários quando falei aqui sobre Júpiter, e nossos atentos leitores desapontados, como disse acima, foram quase unânimes em dizer algo que assim se resume: junta tudo e joga fora! Está na hora de acabar com essa sangria ou metida de mão em nossos bolsos. Que o eleitorado nacional fique atento ao grande evento de outubro próximo – Eleições 2016 -, pois, salvo raríssimas exceções, todos os protagonistas fazem jus ao título desse artigo!
AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Salvador-BA).
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 14/08/2016