O texto que trago hoje aos leitores do blog do Florisvaldo, trata-se de um evento esportivo que acontece na minha cidade Juazeiro-BA, e vem a cada ano se afirmando no cenário nacional.
MÃE – Aquela que gerou, deu à luz e criou um ou mais filhos. Aquela que criou uma ou mais crianças, embora não tenha relação biológica com ela. Mulher em relação aos seus filhos: o amor da minha mãe por mim é o maior do mundo. Fêmea de animal que teve sua cria ou oferece proteção ao filhote que não é seu. Quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa.
MALVADA – Aquela que é capaz de praticar maldades…
Quando juntamos as palavras e levamos para a realidade que queremos para falar da MÃE MALVADA que existe aqui no Vale do São Francisco, a gente pode ver que o sentido muda, principalmente porque ela de malvada não tem nada…
Estamos falando de um evento grandioso e prestigiado que vem acontecendo em nossa região, levando aos grandes centros um olhar diferente daquilo que se fala ou as vezes como imaginam o sertão nordestino…
Estamos falando de um evento digno dos maiores aplausos pela estrutura, organização e paixão de quem o faz com entrega e total dedicação para que tudo seja CEM POR CENTO ORGANIZADO, CEM POR CENTO EXATO, CEM POR CENTO SUCESSO, pensado através de uma equipe de suporte incrível que sabe o que faz e entende do traçado: nadar, pedalar e correr, tudo na mesma hora, tudo para ver você se superar…
Assim tem sido o MÃE MALVADA, que tem se firmado cada vez mais crescente a cada ano, pela sua credibilidade junto à sociedade. Não precisa citar aqui sua protagonista porque todos já sabem. O bacana de tudo é sua coerência e humildade em dividir com sua equipe os resultados positivos a cada evento realizado…
Quando olhamos o dia a dia dessas pessoas e vemos as suas profissões, a gente fica admirado por tudo que fazem para o bem de tantas outras pessoas que participam do MÃE MALVADA, esse ano tendo batido recorde de inscritos. Não os conheço, mas, tenho pessoas próximas que participam, inclusive são ganhadoras, e todas são unânimes em afirmar que a organização beira a perfeição em todos os sentidos! E como é importante a gente ter esse testemunho de um evento privado, mas com objetivos tão salutares e benéficos para a população em geral, principalmente aqueles que amam o esporte…
Conforme entrevista que assisti, pelo que entendi, esse ano teve um importante diferencial decorrente do apoio de duas Federações, e que inclusive serviu de eliminatórias para algumas modalidades para competições futuras a nível nacional e internacional, numa prova inquestionável de que o público e o privado juntos, podem ter bons resultados…
Pois é, o bacana também de tudo isso – e esse é o motivo maior de ter escrito esse texto – é saber, ainda bem, que existem pessoas motivadoras, pessoas que se doam, pessoas que tem uma visão diferente e diferenciada, em favor de uma causa que é promover uma vida saudável. Pessoas que se lançam aos braços de outras pessoas, com o intuito de lhes proporcionar o melhor, incentivando-os indistintamente a todos até o final como fez a MÃE quase sem voz na reta de chegada…
Por isso, ao ver as fotos e vídeos do evento desse domingo passado 21.7, não resisti à vontade de juntar essas palavras e replicar aqui aquilo que li numa rede social, quando alguém disse: “Que energia!”, e outro mais, dissera: “Seguiremos cada vez mais unidos em fomentar o esporte em nossa região”. E eu lhes digo: MÃE MALVADA – SEU NOME É INSPIRAÇÃO!
Palavra final: “Como não amar ainda mais o esporte, um elo tão poderoso de pessoas com um objetivo em comum: SUPERAÇÃO! ” Parabéns a todos os envolvidos.
Fonte e texto: Acord@dinho – Um juntador das palavras.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
2 Comentários
Boa noite, Acord@dinho!
Sensibilizado com o seu entusiasmo, tive a curiosidade de pesquisar e saber o verdadeiro significado da Mãe Malvada.
Descobri que tudo começou em 2018 quando “Mãe Malvada” começa a jornada, dando nome à uma prova de Triathlon de Juazeiro no Estado da Bahia.
Trata-se de uma homenagem à triatleta Ana Augusta, que desempenha um papel importante de desenvolvimento do esporte na região e trata os atletas como filhos.
Mas por que esse apelido ruim para uma mulher que trabalha em prol da modalidade? Única mulher do grupo de ciclistas “Ranca Pulmão”, a própria Mãe Malvada, de 32 anos, tem uma explicação simples, segundo ela.
“Um belo dia, a gente foi fazer um percurso de 226 km. Saímos eu e mais 20 e poucos homens. No final, só eu e mais dois completaram o percurso”. E eles vieram o tempo todo na minha roda e tomando vento na cara (risos). Depois disso, o pessoal do Ranca Pulmão começou a falar: “Isso não é uma mãe nada, isso aí é uma mãe malvada! Deixou os filhos todos no meio do caminho. Todos eles subiram no carro. Aí ficou esse apelido feio”, contou ao Bahia Notícias. “Mas eu sou mãe boa, viu? Não sou nada de mãe malvada!”, contou Ana Augusta.
Tudo começou por causa de uma depressão pós-parto. Mãe do garoto João Lorenzo, agora com quatro anos, a advogada Ana Augusta Soares teve problemas após o nascimento da filha Clara, que hoje tem dois anos. Ao procurar ajuda para tratar a doença, ouviu do especialista que precisava ocupar a cabeça com algo que ela gostasse de fazer. “Esporte!”, respondeu Ana que antes não corria mais do que 10 km, fazia musculação e de vez em quando dava umas pedaladas de mountain bike.
Foi debaixo da ponte Presidente Dutra, que liga Juazeiro a Petrolina, que ela conheceu Patrick, de 22 anos. O jovem tinha o hábito de nadar no rio uma vez por semana com outros oito amigos, Abelardo, Alberto, Ueslei, Filipi, Jorginho, Jarlei, Tom e Gil Bala, e todos eram praticantes de triathlon. Só que ao conhecer os demais garotos, Ana Augusta percebeu a forte rivalidade entre eles.
“Eles resolveram disputar uma prova de triathlon em Salvador pela primeira vez. Fui também e percebi que eles brigavam muito, um discutiu com o outro. Eles competiam entre si e não se ajudavam. Um queria ganhar do outro. Eles só foram essa vez e depois se afastaram”, afirmou.
Através do grupo, Ana foi apresentada ao triatlon e começou a treinar com os garotos. Só que a relação não ficou apenas no esporte. O lado mãe de Ana Augusta falou mais alto e ela passou a educá-los.
“Comecei a uni-los, a dizer que eles precisavam ter cuidado um com o outro, a chamar de irmãos e que a gente tinha que competir contra os outros e não com os nossos daqui da cidade, e precisávamos ajudar um ao outro para que todos crescessem. Aí, nesse negócio de ficar preocupada com eles, de ajeitar, tratar como filhos e que eles fossem irmãos, foi quando apareceu o nome de ‘Mãe’. Eles diziam que eu era tipo uma mãe, que uniu todo mundo, que fazia tudo e se preocupava. Aí comecei a treinar de verdade com eles”, relembrou.
Ana Augusta começou a treinar triathlon em janeiro de 2018. E oito meses depois disputou o seu primeiro Ironman, em Maceió. “A primeira prova conclui em 5h6min, mas senti a pior dor da vida, nem se compara com as dos meus dois partos que foram naturais e em casa, sem nenhuma intervenção”, declarou. “Cheguei por ela, Clarinha. Ela não tinha nem um ano de vida. Treinei todos os dias sem saber o que era dormir uma noite inteira, mas eu precisava fechar esse ciclo. Deixei tudo nessa prova. Cruzei a linha de chegada e disse para mim mesma que nada é mais forte do que alguém que se reconstruiu”, relembrou.
Ana Augusta já foi campeã do Ironman de Bariloche, na Argentina. Com o resultado, ela conquistou uma vaga para o Mundial, que vai acontecer no próximo mês de setembro, em Nice, na França – (Fonte https://www.bahianoticias.com.br).
Essa é mais uma pérola da rica fonte de inspiração do cronista Acord@dinho, ao relatar com notável romantismo essa bela história, que reflete um exemplo extraordinário de amor e dedicação dessa “Mãe Malvada”. Aliás, de MALVADA ela só tem o folclore que gira em torno dela.
O seu texto, Acord@dinho, foi enriquecido pelo Editor Florisvaldo que, com eficiência pesquisou e trouxe no seu comentário amplas informações úteis e importantes sobre esse fato esportivo que, certamente, será parte integrante da história da região. Meus cumprimentos pela qualidade da sua crônica! (Agenor Santos Salvador/Ba)