Um dos critérios na hora de escolher um carro deve ser o nível de eficiência do motor. Atualmente, a maioria dos modelos à venda no Brasil conta com versões relativamente modernas, mas existem aqueles que ficam com rendimento abaixo do considerado ideal. Por isso, a reportagem de iG Carros mostra quais são os motores dos quais você deve fugir se esperar por uma boa relação entre desempenho e baixo consumo.
Para ser eficaz, um motor precisa ser feito de materiais leves e resistentes, além de contar com itens que o ajudem a render o máximo gastando o mínimo de combustível. Componentes feitos de materiais como alumínio e titânio, comandos de válvulas com variadores de fase tanto na admissão quanto no escape, injeção direta de combustível, módulos eletrônicos de controle bastante rápidos em processar informações, entre outros componentes. Confira abaixo 5 exemplos de motores que ficam abaixo do nível médio de eficiência hoje em dia.
1 – Fiat 1.0 Fire Evo
Equipa atualmente apenas as versões Easy, Like e Way do Mobi e a Attractive 1.0 do sedã Grand Siena. Funciona com comando simples no cabeçote e injeção multiponto. Gera 75 cv e 9,9 kgfm a 3.850 rpm, números apenas razoáveis. O problema maior é que tem sido alvo de críticas de uma série de consumidores em diversos forums na internet. Há relatos sobre falta de fôlego, nível de ruído em excesso, entre outras deficiências.
Conta com potência específica de plausíveis 75 cv/litro e alta taxa de compressão, de 13: 1, o que aumenta o risco de ter que atrasar o ponto de ignição para evitar a chamada “batida de pino”. Isso pode acontecer ao utilizar combustível com octanagem abaixo da recomendada pela fabricante.
2 – Lifan 1.5
Movido apenas a gasolina, gera 103 cv e nada empolgantes 13,6 kgfm de torque a 3.500 rpm. Sua concepção não é das mais modernas. Tem duplo comando, mas variador de fase apenas na admissão. Não é à toa que a potência específica fica em medianos 68,9 cv/litro. E o nível de ruído incomoda, mesmo com os vidros das portas fechados, sinal de que falta refinamento ao projeto, além de um bom isolamento acústico.
Com câmbio manual de cinco marchas e tração dianteira, o Lifan 530 fica um pouco abaixo da média de consumo entre os sedãs compactos. De acordo com os números do Inmetro, o modelo da marca chinesa faz 9,5 km/l na cidade e 12 km/h de gasolina na estrada, o que mostra que o estágio de desenvolvimento do motor 1.5 não é dos melhores.
3 – Fiat E.TorQ 1.8
A partir do antigo motor Tritec 1.6, que chegou a equipar o Mini Cooper no início da década passada, a Fiat fez o atual 1.8 que vai em modelos como a picape Toro, o SUV Renegade e o hatch Argo. Recebeu discretas melhorias no início do ano para aumentar seu nível de eficiência, mas os resultados foram pouco significativos. Ainda continua com funcionamento um tanto áspero, o que acaba gerando nível de ruído acima do ideal e um consumo de combustível nada animador.
No caso do Jeep Renegade 1.8, com câmbio manual de cinco marchas, conforme o Inmetro, faz 7,3 km/l na cidade e 7,6 km/l na estrada, com etanol, números que passam para 10,6 km/l e 11,2 km/l com gasolina, respectivamente. Assim como o Fire Evo 1.0, esse 1.8 também trabalha com alta taxa de compressão, desta vez de 12,5:1 na tentativa de aumentar sua eficiência, mas isso acaba tornando o motor mais sensível ao uso de combustível adulterado.
4 – Chery 1.0
Com 75 cavalos e 10 kgfm de torque a altos 4.500 rpm, o motor de três cilindros da chinesa Chery ainda precisa evoluir para chegar no mesmo nível dos melhores do gênero, entre os quais os das marcas Volkswagen, Ford e Peugeot, que tem 1.2 litro de cilindrada. Não tem variador de fase no comando de válvulas e a injeção de combustível é indireta.
O resultado de não ter um projeto refinado é um rendimento que deixa a desejar. Além da falta de força nas primeiras marcações do contagiros e do nível de ruído acima do ideal, o consumo poderia ser melhor, levando em conta que estamos falando de um carrinho de meros 3,56 metros de comprimento e que pesa 940 kg. Segundo o Inmetro, o QQ faz 8,9 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada, com apenas etanol no tanque. Se usar apenas gasolina, esses números melhoram, para 12,9 km/l e 14,4 km/l, respectivamente.
5 – Hyundai 2.0 do Tucson
Logo mais deverá deixar de ser produzido em Anápolis (GO), mas enquanto estiver oficialmente em produção continuará sendo um dos motores de quatro cilindros que mais consome combustível atualmente, além de pedir mais fôlego em baixas rotações. São razoáveis 19,6 kgfm a altos 4.600 rpm. E conforme os dados do Inmetro, o consumo urbano é de nada animadores 5 km/l e rodoviário de 5,9 km/l, com etanol. No caso de usar apenas gasolina, consegue-se fazer 7,1 km/l e 8,3 km/l.
O motor 2.0 Flex do primeiro Tucson tem duplo comando no cabeçote, mas variador de fase apenas na admissão, o que leva a uma potência específica de apenas 73,9 cv/litro. Para um motor flex, tem baixa taxa de compressão, de 10,3:1, o que não otimiza o desempenho quando o carro estiver rodando com apenas etanol.
Fonte: http://carros.ig.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 29/11/2017