Se no primeiro dia de desfiles em São Paulo as escolas deram um show de organização, no segundo aconteceram algumas confusões e imprevistos na avenida.
A Acadêmicos do Tatuapé estourou o tempo regulamentar em um minuto e deverá ser penalizada, enquanto a Vai-Vai teve problema em um de seus carros logo no começo da apresentação.
E teve beldade do carnaval mostrando mais do que devia. Na escola do Tatuapé, a musa da agremiação deixou os seios à mostra na concentração e a Miss Bumbum Portugal precisou colocar tapa-sexo às pressas, deixando aparecer um pouco mais. Já na Vai-Vai, um bombeiro quase caiu de um guindaste.
VEJAM COMO FOI O SEGUNDO E ÚLTIMO DIA DE DESFILES:
Unidos de Vila Maria faz os diamantes brilharem para o público de São Paulo.
Enredo da escola apresenta os diferentes sentimentos que a pedra preciosa causou na humanidade ao longo da história.
O segundo dia de desfiles do Grupo Especial de São Paulo começou com a Unidos de Vila Maria. A escola entrou no Sambódromo do Anhembi para apresentar ao público o samba-enredo “Só os diamantes são eternos, na química divina”.
A escolha do tema foi uma referência às bodas de diamante, comemoradas nos 60 anos de um casamento. Isso porque a escola celebra justamente seis décadas de existência em 2015.
A intenção da Unidos de Vila Maria foi apresentar no seu desfile os diferentes sentimentos que essa pedra preciosa causou na humanidade ao longo da história, como ódio, vaidade, luxúria e traições.
A comissão de frente, por exemplo, retratou uma briga entre gangsters pelos diamantes. Já o carro abre-alas apareceu na avenida representando o Taj Mahal, monumento na Índia construído com 500 kg da pedra preciosa.
Responsável por produzir os maiores diamantes do mundo, o continente africano também foi homenageado em um outro carro alegórico. O desfile ainda teve representações de Marilyn Monroe e de inspirações em filmes “Bonequinha de Luxo” e “Titanic”, ilustrando o glamour que a pedra simboliza.
Gaviões da Fiel dá as cartas na busca pelo quinto título. A sorte está lançada!
Escola tetracampeã do grupo especial usou o baralho como enredo de 2015, mostrando jogos e ilusionismo na avenida.
Com sua torcida dominando as arquibancadas do Sambódromo do Anhembi, a Gaviões da Fiel foi a segunda escola a desfilar na avenida, no segundo e último dia de carnaval em São Paulo. Buscando seu quinto título, a aposta da agremiação corintiana foi o baralho: “No jogo enigmático das cartas, desvendem seus mistérios e façam suas apostas, pois a sorte está lançada”.
O samba-enredo explorou com maestria e originalidade a popularidade das cartas, como adivinhação e jogos de azar, mas também a presença na literatura, no cinema e nos truques de mágica. Alguns componentes da Gaviões fizeram ilusionismos para impressionar o público.
Um dos destaques da apresentação foi o curinga, carta que é considerara um elemento surpresa do baralho – a bateria da escola, inclusive, se vestiu do personagem Coringa, inimigo do Batman. Além disso, ele remete a Coringão, um dos apelidos do Corinthians. “Quem dá as cartas é o Coringão”, dizia a letra do samba.
Como de costume, a madrinha de bateria Sabrina Sato deu um show à parte, bem como as irmãs Tati e Ana Paula Minerato, rainha e musa da bateria, respectivamente. E elas passaram por alguns apuros algumas horas antes do desfile, já que tiveram parte de suas fantasias roubadas e tiveram que improvisar para poder participar.
O desfile da Gaviões terminou no limite, em cima dos 65 minutos regulamentares.
Atual tricampeã, Mocidade Alegre aposta em Marília Pêra como trunfo para o tetra.
Principais trabalhos da carreira da atriz foram lembrados desde o início, quando ainda era criança, até a memorável interpretação de Carmen Miranda.
Os três últimos carnavais de São Paulo foram dominados pela Mocidade Alegre, campeã em 2012, 2013 e 2014. Para manter o embalo em 2015, a escola do bairro do Limão apostou no enredo “Nos Palcos da Vida, Uma vida no palco… Marília!”, que conta a história da atriz e cantora Marília Pêra.
A homenageada, claro, esteve presente, se mostrando bastante emocionada no quinto carro que passou pela avenida. “Não vou chorar porque estou muito feliz”, afirmou a atriz antes da apresentação. Ao lado de Marília Pêra estavam seus familiares e amigos, todos na mesma alegoria;
Os principais trabalhos de sua carreira foram lembrados desde o início, quando ainda era criança, até a memorável interpretação de Carmen Miranda. Sem qualquer problema com o tempo, o desfile foi bastante animado, harmonioso e colorido. Além de toda emoção vivida pela atriz de 72 anos de idade.
“Foi um desfile deslumbrante, espero que minha história tenha servido para essa escola maravilhosa que é Mocidade Alegre. Foi um presente de Deus”, disse Marília Pêra ao final.
Império de Casa Verde faz desfile sonhador e infantil na madrugada paulistana.
Escola da Zona Norte usou personagens da Disney e de Monteiro Lobato na comissão de frente, e citou também grandes sonhadores da humanidade: Bob Marley e Mandela.
“Sonhadores do mundo inteiro: uni-vos”. Foi com este samba-enredo que a Império de Casa Verde levantou o público no Sambódromo do Anhembi. A proposta foi levar para a avenida os sonhos de grandes pensadores, como Monteiro Lobato, Bob Marley, Walt Disney e Nelson Mandela.
A comissão de frente contou com muitos personagens infantis da Disney e de Monteiro Lobato, que se uniram no sonho de um menino. Branca de Neve, Sullivan, de Monstros SA, e Buzz Lightyear, do filme Toy Story, estavam presentes.
As alegorias da escola da Zona Norte foram inspiradas no cinema e no teatro, usando efeitos especiais para mostrar os sonhos das pessoas e os grandes sonhadores da humanidade.
Além disso, a agremiação homenageou o povo africano e o sonho de liberdade – foram lembrados Nelson Mandela e Martin Luther King. Por fim, a última ala citou o surrealista Salvador Dalí, famoso pintor espanhol.
Desfile dourado da Acadêmicos do Tatuapé é marcado por polêmica no final
Portões da dispersão foram fechados com 66 minutos, quando o permitido no regulamento é até 65 minutos.
O ouro foi a grande inspiração da Acadêmicos do Tatuapé, quinta escola de samba a desfilar no segundo dia do carnaval de São Paulo. O enredo chamado “Ouro, Símbolo da Riqueza e Ambição” levou o público no sambódromo ao tempo da descoberta, chegando até os dias de hoje, de ostentação.
E o final da apresentação foi polêmico, já que os portões da dispersão foram fechados com 66 minutos, um minuto a mais do que o permitido.
A diretoria da agremiação alega que o último integrante ultrapassou a linha final ainda aos 65 minutos, dentro do tempo regulamentar, e questiona uma possível penalização na apuração das notas. A decisão acontece neste domingo.
Dentro da avenida, uma das alegorias de grande destaque mostrou o mitológico Rei Midas, que transformava em ouro tudo o que tocava. Também foram abordados outros temas ligados ao metal brilhante, como ganhadores de medalhas douradas no esporte e o ciclo do ouro.
Os contos infantis também foram lembrados, como Tio Patinhas e a Galinha dos Ovos de Ouro. O cinema foi representado com o filme “A corrida do ouro”, de Charlie Chaplin.
Os 3 mil integrantes da Acadêmicos do Tatuapé cobriram de dourado a avenida. A escola da Zona Leste de São Paulo busca seu primeiro título no grupo especial do carnaval paulistano – a melhor colocação foi o 6º lugar do ano passado.
Com problema no carro abre-alas, Vai-Vai levanta o público cantando Elis Regina.
Desfile da escola começou com um pequeno problema no sistema de direção na primeira alegoria, que não conseguiu seguir em linha reta com facilidade até o fim da apresentação.
Maior campeã da história do carnaval de São Paulo, com 14 títulos, a Vai-Vai decidiu homenagear a cantora Elis Regina em seu enredo “Simplesmente Elis – A Fábula de Uma Voz na Transversal do Tempo”. A cantora Maria Rita, filha de Elis, abriu o desfile junto com os puxadores da escola. A enorme torcida presente no sambódromo foi ao delírio.
A apresentação da agremiação do Bixiga começou com um pequeno problema no sistema de direção no seu carro abre-alas, que não conseguiu seguir em linha reta com facilidade até o fim do desfile. Antes disso, um bombeiro quase caiu de um guindaste ao subir com destaques de carro.
A Vai-Vai contou a história da cantora, desde a sua primeira música do primeiro festival que participou até os grandes personagens e os grandes compositores que Elis Regina gravou.
Mesmo ignorando alguns jornalistas na sua chegada ao Anhembi, a modelo e apresentadora Ana Hickmann, musa da escola, voltou para a avenida depois de ter ficado afastada por conta do nascimento de seu primeiro filho.
Cadê a água em SP? X-9 encerra os desfiles levando a chuva ao sambódromo.
Última escola a se apresentar no carnaval paulistano abordou o tema usando orixás e um carro com 2 mil toneladas de lixo.
Em meio a maior crise hídrica da história da cidade de São Paulo, a X-9 Paulistana encerrou os desfiles do carnaval no Sambódromo do Anhembi falando, justamente, de chuva. A ideia do tema, porém, não tem a ver com a seca na capital paulista, mas sim pelo forte temporal que atingiu a quadra da escola em 2014.
“Sambando na chuva, num pé d’ água ou na garoa. Sou a X-9 numa boa” é o nome do samba-enredo, que falou da chuva usando orixás relacionados às águas, ao vento, aos trovões e ao arco-íris. Oxum, Xangô, Iansã e Oxumarê estiveram na avenida.
Um dos pontos altos da apresentação da X-9 foi o carro com a estátua de São José, muito solicitado no sertão. A imagem de 7 metros de altura estava rodeada por romeiros. A alegoria com 2 mil toneladas de lixo também chamou a atenção dos espectadores.
Gracyanne Barbosa, Rainha de Bateria, recebeu muitos elogios e disse que não se importa com as críticas a seu corpo. “Estou super feliz. É meu estilo de vida. Não malho pra ficar gostosa, sarada. Malho porque gosto. Então não me importo com as críticas. Eu sei bem o que eu quero”, afirmou .
A previsão era de chuva durante o desfile da X-9, mas a apresentação da escola da Zona Norte foi sem água e com sol nascendo.
Fonte: http://carnaval.ig.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação com imparcialidade – 15/02/2015
Florisvaldo Ferreira dos Santos