Com produtos simples e acessíveis, a capitalização vem conquistando a preferência de consumidores que desejam guardar dinheiro para realizar projetos pessoais. Em janeiro, o segmento aumentou suas reservas em 11,6%, atingindo R$ 29,9 bilhões, e registrou receita de R$ 1,5 bilhão. Na avaliação da FenaCap, ainda há muito espaço para crescer.
Os 11,6% de crescimento nas reservas técnicas da capitalização, registrados em janeiro, indicam que, além do bom desempenho, o segmento tem aumentado sua aceitação entre os brasileiros. Para se ter uma ideia, no mesmo período, a caderneta de poupança apresentou seu pior desempenho em 20 anos, com os saques superando os depósitos e, desde então, vem repetindo o mau resultado.
Para o presidente da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), Marco Barros, o crescimento das reservas, que atingiram o montante de R$ 29.958 bilhões no primeiro mês do ano, mostra que o brasileiro está preocupado em guardar dinheiro e planejar melhor as finanças pessoais. “Esse é um dado bom também para o Brasil, já que contribui para o aumento da poupança interna, ampliando o volume de recursos para a realização de investimentos, condição importantíssima para um país que tem pela frente o desafio de continuar a crescer de forma sustentável”, diz.
De acordo com o levantamento, a região com melhor desempenho em janeiro foi a Norte, com receita de R$ 54.674 milhões, o que representa um crescimento de 5,6% em relação ao mesmo período de 2014. Barros diz que não existe uma razão pontual para esse crescimento. Mas, acredita que sejam as ações promocionais de vendas de associadas da FenaCap, com foco em nichos específicos de clientes com potencial de compra de títulos de capitalização. “Naturalmente, a concentração dos títulos sorteados naquela região, que teve um crescimento de 67,61%, com distribuição de R$ 4.239 bilhões, acaba influenciando positivamente os clientes a adquirirem novos títulos”, diz.
Segundo a FenaCap, hoje existem 33 milhões de portadores de títulos de capitalização. Uma pesquisa independente realizada pelo instituto Fractal, de São Paulo, em 2011, apontou a capitalização como segunda opção na preferência do consumidor, atrás apenas da caderneta de poupança. Barros atribui a boa aceitação à diversidade de produtos – “há modalidades para todos os perfis de comportamento e renda” -, e à simplicidade – “para adquirir um título não há burocracia e nem necessidade de comprovação de renda”, afirma.
Os títulos de capitalização são comercializados em quatro modalidades. A Tradicional é o carro-chefe do setor e responde hoje por cerca de 87% do mercado. De acordo com a FenaCap, a simplicidade dos produtos e o tíquete médio em torno dos R$ 28, estimulam a disciplina para guardar dinheiro e contribuem para a organização das finanças pessoais. “Também ajudam a realizar projetos pessoais, oferecendo a oportunidade adicional de ganhar prêmios em sorteios e, assim, antecipar sonhos”, diz Barros.
Para o presidente da FenaCap, os sorteios são outro atrativo da capitalização, que funcionam como um estímulo a mais para que as pessoas façam uma reserva e resistam aos apelos do consumo imediato e pouco consciente. “A chance de participação em sorteios de prêmios em dinheiro, acenam com a possibilidade de multiplicação da economia feita em proporções não oferecidas por qualquer outro produto de acumulação do mercado, no caso de ser sorteado”, diz.
Uma das inovações da capitalização é o produto Garantia de Aluguel, que substitui a figura do fiador nas transações de aluguel de imóveis residenciais e comerciais. “O produto traz enorme benefício, pois livra o consumidor do constrangimento de ter que pedir à família ou a amigos que sejam seus fiadores”, acrescenta Barros. Ele também aposta que a capitalização terá papel importante na “decolagem” do microsseguro. “Vinculada a qualquer produto, a capitalização constitui um benefício adicional claro, pois é concedido sem qualquer custo para o consumidor. No caso do seguro de vida, por exemplo, passa a ser um atrativo indiscutível, porque pode ser usufruído pelo cliente ainda “em vida”, pois oferece a possibilidade de participação em sorteios”, diz.
Barros afirma estar convicto que esse tipo de vinculação poderá alavancar não apenas o mercado dos microsseguros como qualquer outro segmento econômico que deseje desenvolver ações promocionais ou de fidelização de clientes. Segundo ele, os títulos que podem ser atrelados a outros produtos e permitem este tipo de iniciativa são os da modalidade Incentivo. “Funcionam assim: uma pessoa jurídica adquire uma série fechada inteira de títulos e transfere aos seus clientes o direito a participar de sorteios. É um nicho que tem crescido bastante”, diz.
Sobre as perspectivas do segmento para este ano, o presidente da FenaCap manifestou sua confiança na repetição do resultado alcançado no último, quando a capitalização registrou crescimento de 4,3%. Para ele, ainda há muito espaço para crescer, especialmente pelo avanço da educação financeira e das iniciativas que estimulam o consumo consciente.
O presidente do CVG-SP, Dilmo B. Moreira, classifica o segmento de capitalização como uma vigorosa instituição. “Mais do que uma forma de educação financeira ou investimento com sorteio, o título de capitalização faz parte da cultura popular, sendo um instrumento confiável tanto no sentido de introdução à formação de poupança quanto no de agregar valor a diversos tipos de negócios”, diz. Esta também é a visão do presidente da FenaCap. “Os títulos de capitalização são efetivamente instrumentos que contribuem para preservar conquistas, ajudar nos momentos de emergências financeiras e promover o bem estar das famílias”, conclui.
Fonte: http://www.cvg.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação com imparcialidade – 28/03/2015
Florisvaldo Ferreira dos Santos
Consultor de Seguros e Benefícios