Na semana passada, Petrobras anunciou segundo aumento do ano no preço da gasolina nas refinarias; diesel também aumentou. Bolsonaro vem buscando, junto com sua equipe, uma maneira de conter a disparada dos combustíveis.
O presidente Jair Bolsonaro abriu uma reuniu na manhã desta sexta-feira (5) no Palácio do Planalto com ministros e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para discutir o preço dos combustíveis no país.
Na semana passada, a Petrobras anunciou um novo aumento da gasolina (5%) e do diesel (4%) nas refinarias, com um preço médio de R$ 2,08 e R$ 2,12 por litro, respectivamente. Foi o segundo aumento da gasolina em 2021.
A disparada no preço dos combustíveis preocupa o Palácio do Planalto. Gasolina e diesel caros são considerados, politicamente, ruins para a popularidade do governo. Além disso, preços altos podem significar um entrave para setores que dependem de transporte, ainda mais neste momento em que a economia ainda sofre para retomar o crescimento.
O preço dos combustíveis é formado por uma série de componentes. As refinarias impõem um valor para as distribuidoras que, por sua vez, vendem para os postos. Em todas as etapas, incidem o preço de custo e o lucro. Também há incidência de tributos federais e estaduais. O consumidor final está na última ponta dessa cadeia.
Desde o primeiro ano do mandato, em 2019, quando aborda o tema, Bolsonaro costuma lançar um “desafio”. Ele diz que o governo federal estaria disposto a zerar os tributos federais sobre os combustíveis, desde que os governos estaduais fizessem o mesmo. Até hoje, nenhuma medida do governo federal foi tomada nesse sentido.
Petrobras
Quando a Petrobras anuncia aumento nas suas refinarias, praticamente determina o aumento do produto em todo o país, porque a empresa detém grande parte das refinarias no Brasil.
A Petrobras é uma empresa estatal e, por isso, o governo federal tem ingerência sobre a companhia. No entanto, se o governo interfere a ponto de fazer a Petrobras segurar os preços artificialmente, a empresa perde valor de mercado, o que gera prejuízo também para a União.
Fonte: https://g1.globo.com – Por Guilherme Mazui, G1 – Brasília
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 05/02/2021