Gustavo Bebianno não faz mais parte do governo Bolsonaro. No início da noite desta segunda-feira (18), o ex-presidente do PSL foi exonerado pelo presidente do cargo de secretário-geral da Presidência. Assim, o advogado é o primeiro ministro a cair no novo governo que começou no dia 1º de janeiro deste ano. Para o seu lugar, já foi anunciado o general Floriano Peixoto de maneira efetiva.
O anúncio da exoneração foi feito pelo porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros. Na carta lida, Bolsonaro agradeceu o trabalho realizado pelo ministro e desejou sorte. Gustavo Bebianno era o presidente do PSL durante as eleições de 2018 e caiu sobre ele as denúncias de ‘candidaturas-laranjas’ pelo partido. Veja o vídeo em que Jair Bolsonaro explica a exoneração abaixo:
“O excelentíssimo senhor presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, decidiu exonerar nesta data, do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O senhor presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada”, diz o documento.
O porta-voz evitou comentar a razão pela qual houve demora para anunciar a exoneração do ministro, que tem sido discutida desde o início da semana passada. Segundo Rêgo Barros, trata-se de uma “decisão de foro íntimo do presidente”.
Rêgo Barros também negou que o termo de exoneração do ex-secretário-geral já estava assinado por Bolsonaro. “Não foi antecipadamente assinado. O presidente assinará hoje mesmo”, garantiu.
Entenda a crise que envolve Gustavo Bebianno:
Em denúncia no último dia 9 de fevereiro, o jornal Folha de S.Paulo informou que o PSL repassou verbas públicas para uma candidata a deputada federal em Pernambuco e quatro em Minas Gerais, suspeitas de serem candidatas laranjas, ou seja, candidatas que não fizeram campanha efetivamente.
Os repasses teriam sido autorizados pelo ex-secretário geral da Presidência que foi presidente do partido durante o período eleitoral. Depois de ser acusado, o advogado tentou afastar os boatos de que estava mal visto pelo presidente afirmando que ambos conversavam com frequência. “Só hoje falei com o presidente três vezes”, disse na última terça-feira (12).
Depois disso, na quarta-feira (13), o filho do presidente e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, divulgou um áudio do pai afirmando que era uma “mentira absoluta” que ele teria conversado com o então ministro. A publicação foi repostada pelo presidente. Desde então, começou a pressão no Palácio do Planalto pela demissão de Gustavo Bebianno, o que só aconteceu nesta segunda-feira (18).
Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 18/02/2019