Mais dois projetos do pacote de cortes de gastos do governo fluminense serão discutidos na tarde desta quarta-feira (23) no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Um deles é o que limita em R$ 150 o subsídio do governo do estado ao usuário do Bilhete Único intermunicipal. Atualmente, não há teto para o gasto.
Além disso, o projeto proíbe o uso do bilhete único em vans intermunicipais. Com a medida, o governo do Rio de Janeiro estima uma economia anual de R$ 258 milhões.
O segundo projeto a ser discutido nesta quarta prevê que os passageiros que utilizam as barcas da Ilha do Governador e da Ilha de Paquetá passem a pagar a tarifa do bilhete único, independentemente da integração intermunicipal. Os moradores dessas duas ilhas com direito à gratuidade no transporte também perderão o benefício. Eles pagarão metade do valor do bilhete.
Até o momento, já foram discutidos sete dos 21 projetos do pacote que entraram na pauta da Alerj. Mais sete foram retirados da pauta e um teve a tramitação suspensa pela Justiça.
As propostas retiradas de pauta são aquelas que previam a extinção de autarquias e fundações estaduais. A proposta suspensa pela Justiça prevê o fim dos triênios para os servidores.
Ocupação
No início do mês, o plenário da Alerj havia sido ocupado por servidores estaduais em protesto contra as medidas de austeridade, chamadas pelos manifestantes de “pacote de maldades”. A ocupação durou cerca de duas horas.
Além dos servidores na ativa, participaram do protesto aposentados e pensionistas do Estado. Mais cedo, os manifestantes haviam feito outra tentativa de invadir o prédio, mas foram impedidos por policiais do Batalhão de Choque. Segundo a direção da Alerj, o grupo destruiu o gabinete da vice-presidência.
“Afronta ao Estado”
Após o protesto, o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), emitiu nota à imprensa na qual considerava que a ocupação do plenário da Casa no Rio de Janeiro era um “crime e uma afronta ao Estado Democrático de Direito sem precedentes na história política brasileira e deve ser repudiado”. O deputado considera que a invasão foi “um caso de polícia e de justiça e não vai impedir o funcionamento do Parlamento”.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br – Com informações da Agência Brasil.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 23/11/2016