Na proporção em que o tempo vai sinalizando a aproximação das Eleições de 2026, nos diversos segmentos – mas, principalmente, na disputa pela Presidência da República -, percebe-se de modo muito claro que o eleitor está acometido por um certo nível de desconfiança. Olhos atentos voltam-se para o cenário político, numa tentativa de identificar onde repousa a verdade – se é que ela ainda habita o mundo da política. Quem souber onde ela está pode informar no seu comentário, se assim desejar, e será muito bom saber que nem só de mentiras eles vivem!
Os capítulos recentes da nossa história foram escritos com nuances impensáveis e complexas, capazes de confundir a mente de qualquer cidadão brasileiro! Não sei como os historiadores passarão para os jovens e adultos do futuro, o perfil dos Presidentes das décadas atuais, onde tivemos de ex-presidiário a condenado à prisão – um libertado para ser presidente e outro condenado para não ser candidato, e ambos julgados pelo STF! -, e uma ex-presidente objeto do deboche popular pelo claro despreparo cultural. E aqui podemos lembrar de um dito popular: “tá bom ou quer mais?”
Em paralelo a esse universo, dominado fundamentalmente pelas ideologias de Esquerda e Direita, temos no Brasil a participação de um grupamento peculiar: o chamado “Centrão”. A ele cabe o acolhimento de políticos egressos de outros Partidos, seja por conflitos internos, seja pela atração dos encantos filosóficos do “toma lá dá cá”, que tanto inspira os discursos de seus novos anfitriões.
Esse “Centrão” não representa oficialmente um partido, mas a soma de vários outros agregados na propagação de uma nova “ideologia”: a de jamais assumir posições por completo, mas observar, calcular e preparar o salto para o lado mais inclinado a conquistar o poder. Nessa lógica, prevalecem os interesses pessoais de seus líderes sobre qualquer projeto nacional. Ou seja, primeiro eu, segundo eu, e terceiro eu também, e assim sucessivamente onde o interesse sempre sobressalta aos olhos.
A eleição de 2026 precisa colocar o brasileiro diante de um verdadeiro desafio: compreender que o futuro do Brasil não pode pertencer a uma única força política, mas à maturidade de um povo capaz de escolher – não entre lados ou correntes partidárias -, mas entre caminhos que conduzam a Nação à construção de um novo futuro. As tais ideologias não podem dominar as mentes das pessoas, ao ponto de viverem cativas de figuras manipuladoras que a vida moderna não mais permite.
Seria ingênuo desconhecer que aqueles que não se alinham às opções partidárias de Esquerda ou Direita estão, obviamente, no centro do contexto político, assumindo uma postura de livre manifestação contra os excessos de ambas as correntes ideológicas. Contudo, essa posição está bem distante dos maus exemplos passados pelo tal Centrão, que raramente se ocupa de debater soluções para os problemas nacionais. Em vez disso, utiliza o voto parlamentar como moeda de troca em transações interesseiras e convenientes.
Ao longo da história as eleições sempre se apresentaram como a grande oportunidade de o eleitor “descobrir” os salvadores da pátria – figuras messiânicas que, dos palanques ou dos debates televisivos, prometem resolver todos os males nacionais. E chegando ao poder o que mais podemos ver são mazelas das piores possíveis. E aí já é tarde demais, desculpem a sinceridade!
É chegada a hora de um despertar da consciência nacional voltada ao exercício do direito democrático de escolha dos seus governantes pelo voto livre, valorizando os projetos sérios e de interesse nacional, e desprezando o populismo exacerbado que humilha o cidadão.
A verdade concreta é que a retórica política continuará tentando seduzir o eleitor, mas o futuro do país dependerá menos das promessas e mais da consciência de quem vota. Se em 2026 o brasileiro usar seu voto não como um gesto de emoção, mas de razão e responsabilidade, talvez o Brasil consiga, enfim, atravessar a ponte que o separa das ilusões para o território das realizações. Assim sendo, as ideologias e os interesses serão excluídos da política para sempre…
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade

8 Comentários
Agenor, bom dia! parabéns pela lucidez e coragem ao retratar, com precisão, as contradições que marcam a política brasileira. Sua análise é contundente ao lembrar o contraste de tempos recentes – de ex-presidiário a condenado à prisão, um libertado para ser presidente e outro impedido de concorrer, ambos julgados pela mesma Corte – além de uma ex-presidente que se tornou símbolo de despreparo e alvo de deboche popular.
Também é certeira a crítica ao “Centrão”, agrupamento que se sustenta pela conveniência e pelo “toma lá dá cá”, onde o interesse pessoal se sobrepõe ao nacional. Longe de representar equilíbrio, tornou-se o retrato da velha política e da troca de favores.
Com notável clareza, voce aponta que as eleições de 2026 exigem maturidade do eleitor. O futuro do Brasil não deve pertencer a ideologias ou figuras messiânicas, mas à consciência de um povo capaz de votar com razão e responsabilidade.
Ideal é quando o eleitor compreender que o voto é um instrumento de transformação e não de emoção, talvez o país finalmente atravesse a ponte que o separa das ilusões para o território das realizações.
A GENTE PODE RESUMIR ESSE COMENTÁRIO POR TUDO MUITO BEM DITO NO ARTIGO, OLHANDO PARA A ILUSTRAÇÃO. LÁ TEM DIREITA, ESQUERDA, E EM FRENTE..
EU FAÇO A OPÇÃO DE SEGUIR EM FRENTE SEM OLHAR PARA OS LADOS, E VOCÊS?
A futura história do Brasil vai se resumir em tudo que não presta, com esse PT aí: ladroagem, corrupção; traficantes são vítimas dos usuários; soltar bandidos e prender inocentes; roubar eleição; dentre outros. (Miguel Calmon-BA
Amigo, respeito muito o seu ponto de vista e entendo que vivemos tempos difíceis, mas não posso deixar de reconhecer o quanto o ex-presidente Bolsonaro foi um exemplo de coragem, honestidade e amor pelo Brasil. Em meio a um cenário político tomado por interesses e escândalos, ele se manteve firme em seus valores, sem ceder à corrupção nem se deixar corromper pelo poder. Muitos podem discordar de suas decisões, mas ninguém pode negar que ele colocou o país acima de tudo e Deus acima de todos, enfrentando um sistema injusto e muitas vezes hostil, movido mais por vingança política do que por justiça verdadeira. Ele mostrou que é possível governar com integridade, transparência e fé, e que o bem do povo deve sempre vir antes de qualquer interesse pessoal ou partidário. Essa postura, para mim, é o que mais define um verdadeiro líder: agir com o coração limpo e a consciência tranquila, mesmo quando tudo parece conspirar contra. O tempo mostrará quem realmente lutou pelo Brasil — e tenho certeza de que a verdade sempre prevalecerá. (Salvador-BA).
O correto é sempre usar o bom senso. Um bom exemplo: a correção da tabela do IR, nos últimos 20 anos, que afeta toda a população brasileira. Aí, de forma categórica vislumbramos o caminho a seguir. Simplesmente quem governa !!! (Salvador-BA).O correto é sempre usar o bom senso. Um bom exemplo: a correção da tabela do IR, nos últimos 20 anos, que afeta toda a população brasileira. Aí, de forma categórica vislumbramos o caminho a seguir. Simplesmente quem governa !!! (Salvador-BA).
Bom dia, meu querido AGENOR,
Você, como sempre, dando show nos seus artigos! Parabéns! Show de bola! ” Primeiramente razão, responsabilidade e depois, emoção “. Parafraseando o beberrão nos últimos dias: Gosto demais de uma loira gelada, então, sou vítima da cerveja! (Maracás-BA).
Vamos deixar como está professor; pior não vai ficar, se tá dando certo, o povo vai escolher mais uma vez. O que não pode é o país regredir e o seu povo passar fome e miséria como no governo antecessor. (Uibaí-BA).
O correto é sempre usar o bom senso. Um bom exemplo: a correção da tabela do IR, nos últimos 20 anos, que afeta toda a população brasileira. Aí, de forma categórica vislumbramos o caminho a seguir. Simplesmente quem governa !!! (Salvador-BA).