Incêndio na Califórnia-EUA e enchente na cidade de Itamarajú-BA
Na atualidade, são tantas as tragédias naturais pelo mundo a fora marcadas por variados níveis de intensidade e número de mortes, que é difícil de imaginar que tão profunda dor venha a ser esquecida com o tempo, ou as marcas das seqüelas sejam superadas pelas vítimas e familiares atingidos.
Conforme as condições geográficas de cada região do planeta, as catástrofes se caracterizam pela presença de Vulcões e Terremotos de grande impacto, que, além de trazerem destruição, provocam os Tsunamis com as suas ondas gigantes e que se formam no oceano por causas diversas, sendo a principal provocada pelo movimento das placas tectônicas. O Tsunami ocorrido no Oceano Índico em 2004 e que matou 227 mil pessoas, foi considerado pela ONU como um dos piores da história. Ainda temos os Tornados e o poder destruidor dos Furacões.
Sobre a sua localização, os Furacões, por sua vez, “se originam em regiões tropicais e subtropicais, diz a NASA. “Eles são conhecidos como Furacões quando se originam no mar do Atlântico Norte; ganham o nome de Tufões quando surge no Pacífico Noroeste; e em outras partes do mundo podem ser chamados de Ciclones, como ocorre no sul do Brasil, por exemplo. Tornados e Furacões têm em comum: seu potencial destrutivo para estruturas e vidas, sejam elas humanas ou de animais. Por onde passam podem deixar rastros de destruição”. Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente.
O Brasil, em tese, está imune a essas catástrofes mais freqüentes e comuns em outras regiões do Mundo por questões geográficas específicas. Contudo, nos últimos tempos vem acionando o seu sinal de alerta em várias regiões do País, tendo em vista o advento de tempestades de chuvas de grande intensidade, que aumentam os riscos de catástrofes em decorrência da falta de estruturas adequadas de proteção. Muitas cidades têm sido em parte destruídas e muitas vidas perdidas.
O que preocupa no Brasil é que as tragédias aqui oportunizam a ação dos corruptos, ao invés de estimular os sentimentos dos gestores, no sentido de amenizar o sofrimento da população atingida. Os Decretos de Emergência ou Calamidade Pública, assinados unilateralmente pelos governantes sem a prévia necessidade de aprovação do Legislativo, e com a dispensa das Licitações, são um estímulo aos desvios abusivos dos recursos públicos.
Embora a ação de urgência seja a prioridade para o socorro às vítimas ou recuperação das áreas urbanas destruídas, criminosamente desviam os recursos financeiros mobilizados para esse fim. E, na maioria das vezes, o máximo que vemos é a liberação de FGTS, PIS etc, tudo que já é de direito e posse do cidadão. Para esses atos de desumanidade nem sabemos qual seria a pena mais apropriada, sinceramente!
É chocante ver como as águas das enchentes ao longo da última semana, em centenas de cidades de 13 Estados brasileiros, destruíram residências, carregaram automóveis e motos, deixaram milhares de famílias inteiras sem uma peça de roupa ou móveis! Salvo raríssimas exceções, eles, os políticos, sem pudor algum, vestem um colorido uniforme da Defesa Civil, embarcam com rapidez num helicóptero e vão fazer cenas para sair nos noticiários televisivos. Na maioria das vezes, logo em seguida se esquecem das condições de penúria em que se encontram as pessoas visitadas.
Igualmente desesperador foi assistir como o fogo, estimulado por ventos fortíssimos, destruiu regiões inteiras de residências nas cidades do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, causando 26 mortes e deixando muitas famílias desabrigadas. Mesmo diante do poder reconhecido da nação americana, o fogo foi mais poderoso e destruiu sem piedade.
A triste conclusão é que as tragédias não escolhem idiomas e não distinguem os graus de poder dos Países onde produzem as catástrofes, seja com água ou com fogo!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
7 Comentários
Bom dia, caro Agenor!
Mais uma vez, você nos traz questões que nos convidam a refletir profundamente.
É verdade que as tragédias não escolhem idiomas, nem classes sociais, e podem ocorrer em qualquer parte do mundo, cada uma com suas particularidades.
Aqui no Brasil, é comum assistirmos a grandes incêndios em comunidades (não posso usar o termo “favela”) que, em questão de minutos, devastam um grande número de casas populares (não posso usar o termo “barracos”). Nessas situações, os moradores perdem, em instantes, tudo o que conquistaram com muito esforço e sacrifício, dentro de suas condições sociais.
Por outro lado, vemos tragédias semelhantes em outros contextos. Por exemplo, acompanhamos nos noticiários os casos de famosos milionários em Los Angeles que perderam suas mansões para incêndios florestais.
Mas é diferente?
Na comparação, a única semelhança que enxergo é a capacidade de cada indivíduo (cada um com sua especificidade) de aceitar a perda e encontrar forças para recomeçar.
Foi assertivo o autor deste texto. Realmente as tragédias existem e existirão. inclusive tem outros tipos que servem para novo artigo. O que deveria melhorar era a honestidade de quem lida com esses momentos com tanta desfaçatez que muitas vezes se tornam numa tragédia maior. Que esses tipos tomem vergonha na cara, e tenham pudor e acima de tudo HUMANIDADE para tratar com momentos tão cruéis na vida das pessoas.
A Natureza é perfeita amigo. (Rio de Janeiro-RJ).
Tudo perfeito, Agenor. Parabéns! (Salvador-BA).
Muito bom texto.
Realmente preocupantes esses episódios assustadores dos últimos tempos, amigo. E como você relatou, por outro lado no nosso país, principalmente, são oportunidades para os criminosos desvios de verba nesse quadro terrível de corrupção que estamos assistindo.
Agenor, passa muito pela nossa cabeça que são sinais marcantes do fim dos tempos
Parabéns por mais essa marcante página elaborada com sua costumeira maestria.
Vamos orar!!! (São João do Meriti-RJ).
Só agora li sua atual, bem oportuna e verdadeira crônica, sobre a qual me permito tecer meus simples comentários.
Ademais, as promessas feitas pelo Presidente não passam de engodo, pois tem a finalidade inescrupulosa de aparecer na mídia e usufruir dividendos políticos. Porquanto não cumpre o prometido.
A pena deveria ser CADEIA (sem descondenação), por estelionato e apropriação indébita, além de mentiras e má fé com o intuito de enganar o povo.
Este é o modus operandi desses bandidos de colarinho branco (ou uniforme amarelo) para ludibriar os miseráveis que estão sofrendo sob os efeitos de uma catástrofe. A única exceção que eu vejo (ou vi) foi a atitude da Primeira mulher dama do País, quando pediu para ser fotografada ao lado de um cavalo (não bastasse o que tem em casa).
A diferença é que os Governantes dos demais países se empenham para recuperar as perdas, dando o apoio necessário para os desabrigados recuperarem o que perderam,
no escopo de os devolver ao status quo ante.
Que Deus, nos proteja! (Maceió-AL).