Sob a sombra da justiça: Um conto de dois pesos e duas medidas. As instituições que levam o nome de justiça, ou seja, “Tribunal de Justiça” e “Supremo Tribunal Federal”, na maioria das vezes têm revelado que estão praticando mais injustiça. O que é mais grave é que a maior parte dos integrantes das instituições subestima a inteligência do povo. Para fazer justiça no Brasil hoje, há um rito a ser seguido à risca: “Diga o que tens e quem és tu“. A partir daí, surge o tratamento. O caso mais recente e vergonhoso é o do criminoso da Porsche que matou o motorista de aplicativo. Como ele foi identificado como empresário do ramo imobiliário, mais a lábia da mãe dizendo que iria socorrê-lo para o hospital, gerou um problema na corporação da Polícia Militar do estado de São Paulo com esta postura inadequada. Por isso, o criminoso pode se livrar do estado de embriaguez e do flagrante. Acompanhado de um advogado experiente e conceituado no meio jurídico, foi ouvido e liberado após 48 horas depois do acidente. Com o caso ganhando grande repercussão nos noticiários, a promotoria começou a pedir prisão preventiva, e de liminar em liminar, a justiça sempre negando. Finalmente, no dia 06, foi decretada a prisão preventiva e o criminoso da Porsche se apresentou em uma delegacia da zona leste onde a defesa exigia direito de escolher em qual presídio gostaria de ser recolhido. Na mesma semana, um comerciante bêbado atropelou um motociclista, que ao pular da moto, sofreu uma fratura no pé. O motorista foi preso em flagrante e a justiça não apreciou nenhum recurso que a defesa pleiteou. Na Constituição, há alguma reconsideração para diferenciar? Uma morte provocada por um empresário é menos grave do que uma fratura provocada por um comerciante, mesmo estando bêbado ao volante? Sendo assim, eu concluo: “diga-me quem tu és e o que tu tens, que em seguida decretarei sua sentença”.
Autor: Júlio Carvalho Sobrinho – Jornalista e Publicitário – MTB 23077
Colaboração: Fran Correa
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
1 comentário
Falar do Júlio é algo inusitado!
É umas das pessoas mais extrovertidas que já encontrei.
Jornalista (de profissão), músico (de coração), pronto para auxiliar o próximo naquilo que for solicitado.
Uma das características dele é a capacidade de mudança repentina, saindo do estágio de Irmã Dulce para o de Seu Lunga em questão de segundos e vice e versa.