Todas as realizações que encheram de vida e alegria a existência humana ao longo de toda a história, tiveram a marca do ineditismo ou da inventividade de tantas inteligências pioneiras e privilegiadas. Creio ser inimaginável o grau de sacrifícios daqueles que dedicaram suas vidas a criar o novo. Foram tantas as experiências que atravessaram noites e dias, às vezes na solidão dos espaços estreitos dos porões, na luta angustiada para vencer o tempo e na quase descontrolada ansiedade de tornar real uma criação sonhada.
São muitas as invenções ao longo do tempo, mas, o telefone tem a sua importância especial. Inicialmente criado pelo italiano Antonio Meucci e depois com patente registrada em 1870 por Alexander Graham Bell – patrono de dezenas de invenções – inclusive como precursor da fibra ótica, atualmente de fundamental importância nas comunicações. Devido à grande controvérsia gerada sobre o verdadeiro inventor, o Congresso dos Estados Unidos, em junho de 2002, reconheceu que o telefone foi inventado não por Graham Bell, mas, sim, pelo italiano Antonio Meucci, correção que precisa ser feita nos relatos históricos. Porque, na verdade, o que podemos perceber é que, na realidade, um inventou e o outro levou a fama…
Independentemente de quem o inventou, o que importa é o que essa invenção veio representar na vida das pessoas nos dias atuais. De um aparelho equipado inicialmente com uma manivela acionada para conduzir o sinal a uma telefonista, hoje temos os mais sofisticados, minúsculos e modernos aparelhos. Do mais simples operário, ao gari que trabalha nas ruas, todos carregam o seu aparelho celular! O celular mexe tanto com a vida das pessoas, principalmente quando em família ou encontros sociais, que fiz uma crônica com o título “Um Conflito de Gerações”.
O sistema de defesa americano dispõe hoje de um avião espião que viaja a grandes distâncias e alturas, fotografa, filma tudo e passa as informações à central, sem qualquer piloto a conduzi-lo, e retornando à base por total controle remoto. Já há alguns anos a Inglaterra dispõe de um avião militar, o Jato Harrier, que decola e pousa na vertical, sem o uso de pista, e não é um helicóptero! Será que a sofisticação exagerada existe? E como existe…!
É tão vasto esse universo, e foram tantas as invenções que enriqueceram de criatividade a humanidade em todos os setores produtivos, que chegamos ao tempo, também, das cópias e imitações dos produtos industriais do Ocidente. Essa particularidade alavancou, principalmente, o parque industrial asiático, fato largamente comentado pela imprensa mundial. A expressiva disponibilidade da mão de obra, a produção em larga escala e o reduzido custo de produção, criaram uma competitividade que afetou, significativamente, a indústria dos países ocidentais.
As invenções recentes ou do passado vieram para o bem da humanidade, ou mesmo para fazer-lhe o mal. Mas toda essa explanação tem como escopo extrair algumas lições que possam influenciar no nosso desenvolvimento.
Por exemplo, todos os brasileiros que viajam ao exterior, em particular aos países europeus, Estados Unidos e até um país da América do Sul como o Chile, sempre retornam comentando com entusiasmo sobre uma quantidade expressiva de fatos ligados ao comportamento e estilo das pessoas, e exaltando os valores humanos e o modelo de organização das cidades.
No campo do comportamento humano, às vezes os bons exemplos estão bem perto da gente, aqui dentro do Brasil e desconhecemos ou não procuramos identificar e assimilar. A cidade de Gramado-RS nos oferece uma gama de atitudes de educação, civilidade e cidadania, tanto nas relações entre as pessoas, como na conduta dos motoristas no trânsito. Ou seja, um grau de civilidade altíssimo nos chama a atenção, todas as vezes que temos oportunidade de rever aquela bela cidade…
Nesse particular, estive recentemente na bela cidade de Maceió, Capital de Alagoas, participando de um evento esportivo das AABBs de todo o Brasil, e tive a oportunidade de testemunhar um comportamento elegante e respeitoso dos motoristas no trânsito, que não é comum nem aqui na Bahia, nem na maioria das cidades brasileiras. Então, aplausos para Maceió e o seu povo!
Sem a existência de Semáforos – ou Sinaleiras -, na maioria das faixas de pedestres, as pessoas passam despreocupadas, porque é de praxe os motoristas maceioenses acenderem o pisca alerta dos seus carros, alertando aos demais que estão atrás, quanto à presença de pessoas cruzando a faixa, e todos param! Parece simples, mas por que no resto do Brasil não agem assim, de maneira educada? Vamos APRENDER COM OS BONS EXEMPLOS?
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador – BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
6 Comentários
Grandes verdades bem ditas e todas as dicas e exemplos de boas maneiras estão nesse Artigo. Basta seguir e serás um exemplo!
Parabéns!
Realmente amigo. Tive a oportunidade de testemunhar esse belíssimo comportamento dos motoristas em Maceió, quando lá estive em 2022.
Ótimo domingo para você e toda família! (Rio de Janeiro-RJ).
Caro Agenor. Não há lição maior do que o exemplo. Aqui em Brasília os motoristas respeitam as faixas de pedestres, basta o pedestre fazer um sinal com a mão que vai atravessar, e isto é antigo. Há outras com semáforos onde o pedestre deve aguardar o sinal abrir para ele. A ética não é muito ensinada por aqui. No Japão, eu soube, nos primeiros três anos de escolaridade da criança ensina-se repetidamente ética, depois é que vem as demais disciplinas. Bem colocada a crônica, parabéns. (Brasília DF)
Bela crônica. Endosso suas palavras. (Salvador-BA).
Parabéns! Muito boa! Abraços. (Salvador-BA).
Um belo exemplo é este que voce relatou de Maceió.
Existe leis, regulamentações, normas a aprendizados.
Só falta serem cumpridos.